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Administração Financeira E Orçamentária

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Por:   •  19/8/2014  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  196 Visualizações

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GESTÃO DO CONHECIMENTO

A gestão do conhecimento é uma importante ferramenta de estratégia organizacional, por meio de um processo pelo qual a organização cria riqueza a partir do seu conhecimento, explícito ou tácito, que norteia o seu capital intelectual. Esse conceito está caminhando rapidamente para ser prioridade nas organizações para o desenvolvimento de inovação e manutenção da competitividade. No entanto, gerenciar o conhecimento vai além de investimentos em tecnologia da informação. Fundamenta se em uma cultura de criação e compartilhamento do conhecimento, baseada na aprendizagem organizacional. Transformar o conhecimento em valor nas organizações tem sido um dos maiores desafios.

Uma abordagem importante é diferenciação entre os tipos de conhecimento, com destaque para o trabalho de Polanyi (1966), que distingue o conhecimento entre tácito e explícito. Segundo o autor, o conhecimento tácito é subjetivo, específico ao contexto e, por tais características, de difícil formulação e comunicação. Já o explícito é objetivo, expresso por meio de linguagem formal e sistemática.

Em outras palavras:

- Conhecimento tácito: são os conhecimentos inerentes às pessoas, isto é, as habilidades que estas possuem. Trata-se da parcela não estruturada do conhecimento, a qual não pode ser registrada e/ou facilmente transmitida a outra pessoa. Exemplo: para andar de bicicleta é preciso experimentar, tentar, cair e sentir.

- Conhecimento explícito: são os conhecimentos estruturados e capazes de serem verbalizados. É a parte estruturada e objetiva do conhecimento, que pode ser transportada, armazenada e compartilhada em documentos e sistemas computacionais. Fazem parte do conhecimento explícito: normas, registros de bibliográficas, livros, procedimentos de trabalho, documentos internos, sistemas corporativos e as bases de dados espalhadas pela empresa, entre outros.

Embora a gestão do conhecimento não seja considerada uma prática nova - pois como acreditam Davenport e Prusak (1998), mesmo antes da explosão do assunto, bons gerentes já valorizavam a experiência e o know-how de seus colaboradores -, foi somente nos anos 90 que se começou a tratá-la como uma estratégia organizacional (Hansen, Nohria e Tierney, 1999).

Dentre os fatores considerados pela vasta literatura para esta nova postura das empresas, podemos destacar:

- o aprofundamento do processo de globalização, que caracteriza-se pela internacionalização das economias, a queda das barreiras alfandegárias e o surgimento de grandes blocos econômicos regionais.

- o advento da inovação e das tecnologias de informação e comunicação (TICs), que passaram por um processo acelerado de aperfeiçoamento técnico e trouxeram uma maior facilidade de ordenar, armazenar, recuperar e disseminar informações. O desenvolvimento de redes de computadores e softwares de gerenciamento permitiu que isto ocorresse com custos relativamente baixos.

- a emergência de novos formatos de organização do trabalho e da produção, com a adoção de

estruturas mais flexíveis e horizontais no lugar dos ícones da era industrial, como a especialização,

produção em escala e padronização, comando baseado na hierarquia e verticalização da produção.

- a incorporação de inteligência a um conjunto crescente de produtos e serviços, o que por sua

vez provoca um declínio relativo na importância dos ativos convencionais (capitais físicos) como geradores de riqueza e atribui maior peso aos ativos intangíveis (softwares, patentes, royalties, marcas, relacionamento, talentos, habilidades, experiência, etc).

Cada vez menos vista como um modismo, a Gestão do Conhecimento nas organizações tem demonstrado suas vantagens. Basta vislumbrar a forma como podem reutilizar soluções, registrar quem sabe o quê na organização, preservar sua memória, aumentar o grau de colaboração, melhorar o processo de obtenção de informações sobre a concorrência e o mercado em geral, entre tantas outras ações.

A partir de uma breve revisão da literatura relacionada à ciência administrativa, verifica-se que o futuro da Gestão do Conhecimento depende muito do tipo de mudança comportamental e das pessoas que os gerentes e executivos das empresas venha a desenvolver nos anos vindouros. A Gestão do Conhecimento nas organizações não pode estar circunscrita a uma visão estreita e facilmente solucionável com a adoção de tecnologias de comunicação e informação.

Ainda que guarde uma relação próxima com o desenvolvimento tecnológico, este processo passa, necessariamente, pela compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e, também, pelo entendimento das necessidades individuais e coletivas associadas aos processos de criação e aprendizado:

Portanto, gerenciar conhecimento é um processo longo e laborioso de mudanças, com resultados em médio e longo prazo. Envolve importantes ações de compartilhamento e utilização de conhecimento entre pessoas integradas em novos processos de negócio, utilizando tecnologias de informação e comunicação como apoio.

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