Aglomerantes: Cal E Gesso
Trabalho Universitário: Aglomerantes: Cal E Gesso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: denise66 • 9/10/2013 • 984 Palavras (4 Páginas) • 1.438 Visualizações
SUMÁRIO
CAL
Definição
Matérias-primas
Processo de fabricação – Etapas
Classificação
Propriedades físicas e mecânicas
Tipos
Aplicação na construção civil
GESSO
Definição
Matérias-primas
Processo de fabricação – Etapas
Classificação
Propriedades físicas e mecânicas
Tipos
Aplicação na construção civil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GESSO
Definição
É um aglomerante aéreo , obtido pela calcinação da gipsita natural, resultando em sulfatos de cálcio hemi-hidratados (hemidratos) de formula química CaSO4 . ½ H2O.
Matérias-primas
Gipsita
A matéria-prima do gesso é a gipsita. A gipsita é um mineral geralmente branco ou incolor, micáceo, lamelar, brilho nacarado, tato untoso, ou fibroso, dureza baixa (2,0), constituído de sulfatos biidratados de cálcio, geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas que pode chegar a 6%.
Sua fórmula química é CaSO4.2H2O e suas impurezas são a sílica (SiO2), a alumina (Al2O3), o óxido de ferro (Fe2O3), o carbonato de cálcio (CaCo3), a cal (CaO), o anidrito sulfúrico (SO3) e o anidrito carbônico (CO2).
É o sulfato mais comum, ocorrendo em evaporitos ou como camadas interestratificada com folhelhos, calcário e argila. Presente também em meteoritos.
Reservas e Produção da Gipsita:
Os Estados Unidos da América são os maiores produtores e consumidores mundiais de gipsita; enquanto a sua produção, em 2001, foi da ordem de 19 milhões de toneladas, a de outros países grandes produtores foi a metade, ou um terço.
Cerca de 93% das reservas brasileiras (1.271 milhões de toneladas) estão concentradas na Bahia (44%), Pará (31%) e Pernambuco (18%), ficando o restante distribuído, em ordem decrescente, entre o Maranhão, Ceará, Piauí, Tocantins e Amazonas A porção das reservas que apresenta melhores condições de aproveitamento econômico está situada na Bacia do Araripe, região de fronteira dos Estados do Piauí, Ceará e Pernambuco com destaque para as deste último. O aproveitamento das reservas do Pará tem como fatores impeditivos a grande distância dos centros consumidores e deficiências de infra-estrutura.
Fontes: Dicionário de Mineralogia - Pérsio de Moraes Branco
A gipsita é utilizada, além da produção do gesso, também na fabricação de cimento, de ácido sulfúrico, cerveja, moldes para fundição, giz, vidros, esmaltes, como desidratante, aglutinante, corretivo de solo e na metalurgia.
Processo de fabricação – Etapas
O gesso pode ser fabricado em fornos chamados de marmita ou em fornos rotativos.
Nos fornos marmita a gipsita pulverizada é aquecida dentro de um grande recipiente com capacidade de 10 a 20 toneladas. O material é aquecido e agitado por fogo indireto à temperatura de 130 a 160°C. Nesse processo a umidade superficial é eliminada na forma semelhante a uma fervura, e ocorre a desidratação ou calcinação da gipsita. No final deste ciclo, chamado de 1ª cozedura, obtem-se o hemidrato (CaSO4. ½H2O) e necessita de repouso. O produto deste processo também é conhecido gesso rápido ou gesso estuque.
Continuando com o processo, eleva-se a temperatura até 190 a 220°C, há novamente uma fervura eliminando-se o restante da água de hidratação. Este é o 2º cozimento e o material resultante deste processo é constituído quase que exclusivamente de sulfato anidro solúvel, um gesso que possui pega mais rápida.
O gesso produzido na primeira cozedura pode adquirir qualidades semelhantes ao da segunda cozedura por meio de processo de envelhecimento ao ar atmosférico.
O processo para calcinação da gipsita em forno rotativo é mais moderno e é semelhante ao da produção de cal em forno rotativo. A gipsita não é pulverizada mas apenas britada em fragmentos de 1 a 2”, aquecidos a uma temperatura de 200 a 300° e, devido ao tamanhos dos fragmentos, mesmo após ser submetida às altas temperaturas do forno, ainda permanecem com sua parte central não totalmente desidratada. Por causa disto é necessário que sejam colocados em silos durante um período de 36 horas, para que aconteça um equilíbrio térmico e a calcinação se complete.
Em temperaturas acima de 300°C é produzido o sulfato-anidro insolúvel, ou gesso anidro insolúvel, material praticamente inerte utilizado apenas como material de preenchimento como a areia na argamassa.
Propriedades físicas e mecânicas
Para determinar as propriedades físicas do pó do gesso para construção, existe a norma MB-3468, da ABNT.
O gesso, normalmente encontrado no mercado, é um pó branco, de elevada finura, com densidade aparente de 0,70 a 1,00, diminuindo com o grau da finura. Sua densidade absoluta é de cerca de 2,7.
Pega – Ao entrar em contato com a água, o gesso começa a endurecer devido à formação de uma malha de cristais de sulfato hidratado, este é o início da pega. Depois ele continua a endurecer, ganhando resistência num processo que pode durar semanas e a velocidade deste processo depende de alguns fatores como: temperatura e tempo de calcinação, finura, quantidade de água de amassamento e presença de impurezas ou aditivos.
Resistência mecânica – A pasta de gesso (gesso + água) depois de endurecida, atinge resistência à tração entre 0,7 e 3,5 Mpa e à compressão entre 5 e 15 Mpa.
Aderência – As pastas e argamassas de gesso aderem bem ao tijolo, pedra e ferro e não aderem bem às superfícies de madeira. A aderência ferro-gesso é boa porém há o problema da corrosão do metal, sendo assim, é aconselhável a utilização de ferro galvanizado.
Isolamento
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