Ainda não Possuo
Dissertações: Ainda não Possuo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RenataDena • 5/5/2014 • 557 Palavras (3 Páginas) • 265 Visualizações
Admirada e citada no mundo todo como um modelo de eficiência na gestão de estoques e na logística, nem a Zara escapou do “custo Brasil”.
A empresa teve que adaptar aqui seus processos que, no resto do planeta, atropelam a concorrência, renovando as prateleiras de 1.770 lojas duas vezes por semana.
Dentre os 86 países em que o grupo espanhol Inditex -o maior varejista têxtil do mundo- atua com a bandeira Zara, o Brasil é considerado o mais difícil. Pior até que a Argentina, conhecida por barreiras aos importados.
O desabafo foi feito por Mauro Friedrich, diretor de logística da Zara no Brasil, em uma reunião com cerca de 30 investidores qualificados num banco, em São Paulo, no início de junho.
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No Brasil, a Zara se tornou uma marca voltada para a classe A, o que reduz o número de clientes e de lojas. É o contrário do que acontece na Europa, onde atinge até as classes mais baixas.
Os impostos e a infraestrutura ruim elevam os custos no Brasil, onde a renda média é menor. Uma comparação entre os preços praticados aqui e na Espanha em peças básicas encontrou diferenças de 11% a 76%.
“O saldo da Zara no Brasil é positivo. A empresa roubou mercado das marcas premium, mas não se transformou numa marca de massa”, diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria GS&MD.
Nada como uma multinacional para dar seu parecer da loucura que é fazer negócios no Brasil. A espanhola Zara conhece cada canto do mundo, pois atua em dezenas de países. Quando diz que o Brasil é o pior deles, a crítica deve ser levada em conta, com muito carinho.
Quem costura viajar, sabe que a Zara é, de fato, loja voltada para o público de mais baixa renda. Menos por aqui. No Brasil virou grife de luxo! Como, aliás, outros casos, tais como GAP e Banana Republic. Até mesmo a Ralph Lauren, que nos Estados Unidos é de classe média, no Brasil vira marca de rico. Custo Brasil.
O jornal GLOBO fez uma grande matéria hoje sobre o assunto, mostrando como somos a sétima economia do mundo, mas muito distante das demais em indicadores per capita. Tudo por culpa do Custo Brasil, dessa enorme dificuldade de se fazer negócios por aqui. Diz a reportagem:
Pelo ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, o país recuou oito posições, para o 56º lugar, entre 148 países. Entre 2012 e 2013, o Brasil perdeu posições em diversos subíndices, como fatores básicos de competitividade, ambiente macroeconômico, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de trabalho, prontidão tecnológica e inovação. Economistas apontam que os indicadores do Brasil nos rankings de competitividade, IDH e “Doing Business” refletem a posição relativa do país no grupo das nações de renda intermediária. Áreas como educação, ambiente institucional e carga tributária são algumas das mais problemáticas no caso brasileiro.
Marcelo Moura, do Insper, coloca o dedo na ferida: “O alerta que os indicadores trazem é que o Brasil não tem uma estratégia clara de crescimento. A sensação é que a estratégia vai sendo definida a cada dia, ao sabor do vento”. Governos populistas só querem saber de estimular o consumo no curto prazo, de olho nas próximas
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