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Ainda segundo as autoras

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Por:   •  10/10/2013  •  Artigo  •  1.680 Palavras (7 Páginas)  •  349 Visualizações

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Resumo:

O Brasil é um país cheio de diversidades culturais devido os vários povos que formaram sua população. Devido a isso, as escolas brasileiras como difusoras do conhecimento, tem a missão de trabalhar a educação na óptica das diversas culturas presentes na sociedade. Fazer as crianças aprenderem a lidar com o diferente, com alguém que tem costumes diferentes do dele, ajuda a criar uma consciência mais tolerante e um cidadão capaz de respeitar o próximo, este sendo igual ou diferente a ele.

Palavras-chave: multicultural, consciência, educação, diferenças

Introdução

Nos dias de hoje, a maioria da população se preocupa com o respeito ao próximo. Ultimamente os debates que levam em consideração o respeito a diversidade cultural tem norteado as discussões nos mais variados setores da sociedade. Procurar meios que possibilitem um melhor esclarecimento sobre a igualdade dos membros de uma comunidade pode ser de fundamental importância na hora de elaborar planos de ensino e projetos políticos pedagógicos.

Um instrumento para reverter esse quadro é a educação, pois esta possibilita a interação do ser humano com diversas formas de sociedade e permite que o mesmo seja capaz de apreender muitos conhecimentos e mudar sua visão da realidade onde esteja inserido. Pensando nisso, esse trabalho foi desenvolvido com o intuito de esclarecer algumas questões referentes a prática da diversidade cultural nas escolas, dando enfoque principalmente nas ações da escola, como essa deve agir, no professor e na sociedade em geral, o que cada um desses elementos podem fazer para melhorar a visão que os alunos tem diante de uma sociedade que se apresenta cada vez mais com partes diferente.

Portanto, diante do desafio que o multiculturismo representa hoje em dia, pensar em uma educação voltada para o rompimento das barreiras étnicas pode ser uma grande etapa vencida no propósito de uma educação de qualidade, e esse trabalho vem tentar mostrar alguns desses desafios, alem de tentar mostrar o que realmente a expressão educação multicultural representa.

Desenvolvimento

O Brasil é marcado por ter uma história onde sua formação teve como participantes inúmeros indivíduos, como negros, brancos, índios, orientais, entre outro, que de alguma forma contribuíram para a formação do que hoje representa nossa herança cultural. Em virtude disso, nosso país é considerado o país da diversidade cultural e, portanto, esse tema deve ter total relevância nas questões do cotidiano e, sobretudo no ambiente escolar.

Cabe as unidades escolares serem difusoras dos conceitos de diversidade, agregando as diversas culturas existentes e promovendo o conhecimento mútuo, o que pode gerar uma consciência mais igualitária dos direitos e deveres de cada cidadão. O objetivo de cada escola é oferecer uma educação de qualidade, pois é um direito de todos. Sendo assim, ela precisa dar uma nova ênfase aos seus conteúdos curriculares, com o objetivo de criar novas mentalidades, o que ocasiona um melhor entendimento da realidade por gerar pessoas com a visão reflexiva da realidade.

Durante muitos anos, a educação brasileira esteve pautada na valorização da cultura europeia, baseada na superioridade dos brancos em relação as demais classes. Como diz Gonçalves e Silva (2009):

Durante vários anos, os educadores (as) foram formados através de uma visão homogeneizadora e linear. Essa neutralidade imposta através de sua formação fez com que valores básicos da composição pluriétnica da sociedade brasileira fossem ignorados. A valorização de um currículo eurocêntrico, que privilegiou a cultura branca, masculina e cristã, menosprezou as demais culturas dentro de sua composição do currículo e das atividades do cotidiano escolar. As culturas não brancas foram relegadas a uma inferioridade imposta no interior da escola; concomitantemente, a esses povos foram determinadas as classes sociais inferiores da sociedade.

Ainda segundo as autoras

“A valorização da cultura européia fez com que as outras etnias, como a indígena e a africana, ficassem relegadas à inferioridade, ou até mesmo, em certos casos, ao abandono total e à exclusão. A aculturação de um povo significa tirar-lhe a representação e deixar-lhe sem alma. Tal fato repercute com gravidade na sua auto-estima e na sua valorização como raça.

Nessa direção, pode-se afirmar que a educação escolar, historicamente, tem sido uma das aliadas para que essa classe minoritária assuma posições sociais inferiores.Assim, a identidade étnica e racial é também uma questão de saber e poder. De acordo com Silva, “a própria história do termo mais fortemente polêmico, o de ‘raça’, está estreitamente ligado às relações de poder que opõem o homem branco europeu às populações dos países por eles colonizados”. (2001:100).

Nos dias atuais, esse cenário tem provocado inúmeras discussões, principalmente no ambiente escolar que contem várias etnias. Para muitos autores, a liberdade de expressão tem ganhado muito espaço no meio social brasileiro e a educação tem que cumprir seu papel de formadora de opiniões. Segundo Ambrósio (2010):

A necessidade de uma educação democrática está sendo reinvidicada internacionalmente, nos dias de hoje, a educação multicultural corresponde ä idéia de uma educação liberta de preconceitos racial e promotora da diversidade cultural e de tolerância, respeitadora da diferença de grupos sociais étnicos e sexuais, bem como de cada indivíduo, e dita mudanças estruturais e institucionais, nas atitudes dos professores, nas políticas escolares e nas relações entre alunos. Somente uma educação que fortalece a diversidade cultural pode ser entendida como democrática.

A mesma autora também lembra que “para os defensores do multiculturalismo, ele inclui a voz e o poder das minorias oprimidas, das culturas periféricas, de reavaliações culturais de narrativas que foram marginalizadas e que persistem as margens da sociedade”.

A formação docente é, atualmente, prioritária para a mudança desse contexto. Grande parte dos educadores ainda não reconhece a diversidade e a diferença, por conseguinte não possui a capacidade de análise para transformar a sua prática. Diante das transformações mundiais, que impõem novos olhares frente ao conhecimento, observa-se, nas últimas décadas do Século XX, uma série de reformas educacionais, elaborando-se novos marcos legais para educação junto ao desenho de Políticas Públicas, que objetivam o desenvolvimento de novas capacidades técnicas administrativas, incluindo, entre outras

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