Ambulatorio Ocupacional
Pesquisas Acadêmicas: Ambulatorio Ocupacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joelma.juan • 17/7/2013 • 930 Palavras (4 Páginas) • 1.031 Visualizações
Segundo Mendes e Dias (1991), na legislação brasileira regulamentou-se o Capítulo V da
CLT, no que tange principalmente às normas de obrigatoriedade de equipes técnicas
multidisciplinares nos locais de trabalho, dadas posteriormente pela NR4 da Portaria 3214/78.
As NRs regulamentam as ações em segurança e saúde dos trabalhadores no Brasil,
contemplando vários aspectos. A NR4 estabelece as diretrizes para a implantação dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). O
dimensionamento do SESMT (Quadro 1, NR 4, BRASIL, 2009a) vincula-se à gradação de risco
(com respectiva Classificação Nacional de Atividade Econômica) e ao número de empregados da
empresa, e, portanto, muitas empresas estão desobrigadas de constituir um SESMT próprio no
ambiente de trabalho. O atendimento do trabalhador se faz por meio de convênios com empresas
privadas de medicina ocupacional.
Além de estabelecer as diretrizes sobre os SESMTs, a NR4 (BRASIL, 2009a) explicita a
fiscalização destes pelas Delegacias Regionais do Trabalho. No entanto, a maioria dos SESMTs
além de exercer as atividades características de prevenção e de promoção à saúde do trabalhador
executa também atividades de assistência à saúde de seus usuários dentro do ambiente de
trabalho, nestes casos, no ambulatório de SO.
A Saúde Ocupacional, também considerada como um ramo da Saúde Ambiental, surge,
sobretudo dentro das grandes empresas, com o traço da multi e interdisciplinaridade, com a
organização de equipes progressivamente multiprofissionais e a ênfase na higiene “industrial”,
refletindo a origem histórica dos serviços médicos e o lugar de destaque da indústria nos países
“industrializados” (MENDES; DIAS, 1991, p.343).
Entretanto, há escassa literatura cientifica brasileira sobre planejamento e implantação de
serviços de SO em empresas, conforme disposto na NR4, e sobre ambulatórios de SO.
DIRETRIZES PARA PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE AMBULATÓRIO DE SAÚDE OCUPACIONAL: REFLEXÃO E PROPOSTA
Maria Cristina Cescatto Bobroff ; Júlia Trevisan INTERFACEHS
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©INTERFACEHS – Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente - v.4, n.2, Artigo 4, maio/ ago. 2009
www.interfacehs.sp.senac.br
Vilasbôas e Paim (2008, p.2) em estudo sobre o planejamento e implementação de
políticas de saúde em um contexto municipal definem o planejamento como “um processo social,
um método, uma técnica, uma ferramenta ou tecnologia de gestão, um cálculo que precede e
preside a ação, um trabalho de gestão...”. Ainda, para os mesmos autores “as práticas de
planejamento agiriam sobre a organização das práticas de saúde ... contribuindo para a
implementação das políticas de saúde...”; assim, a “transformação desse objeto seria operada pela
tecnologia” mediante saberes em técnicas e conhecimentos para organizar as práticas de saúde.
A Resolução da RDC nº 50 1 (BRASIL, 2002) dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde – construções novas, áreas a serem ampliadas em estabelecimentos já
existentes e reformas.
Considerando também que a própria RDC 50 não é estanque e proporciona liberdade de
seleção das atribuições de cada estabelecimento, de acordo com as suas necessidades, baseadas
na proposta assistencial a ser adotada, é de suma importância propor um modelo básico para
planejamento e implantação de ambulatório de SO.
Dessa maneira, estabeleceram-se como objetivos elaborar e propor diretrizes para o
planejamento e implantação de um ambulatório de SO de uma empresa tomando-se como
parâmetro as disposições da Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, publicada pela
Anvisa (BRASIL, 2002a) incluindo as alterações dadas à referida resolução pela RDC nº 307 em
2002 (BRASIL, 2002b) e pela RDC nº 189, em 2003 (BRASIL, 2003).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e analítico que constou das etapas:
1ª etapa: revisão bibliográfica de artigos científicos sobre o tema.
a. Identificação dos descritores em Ciências da Saúde, no sítio eletrônico da
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