Análise de sobrevida: Uma revisão sistemática
Por: Lorena Baltazar • 3/10/2016 • Artigo • 3.693 Palavras (15 Páginas) • 380 Visualizações
Autores: Fernanda Ayres de Morais e Silva Cardoso
Lorena Baltazar Nunes Villa
Maria de Fátima Barbosa Emérito Ulisses
Orientador: Prof Dra Maria do Carmo de Carvalho Martins
TESTES ESTATÍTICOS MAIS UTILIZADOS PARA ANÁLISE DE SOBREVIDA:
Uma revisão Sistemática
Teresina - PI
Agosto/2013
Fernanda Ayres de Morais e Silva Cardoso
Lorena Baltazar Nunes Villa
Maria de Fátima Barbosa Emérito Ulisses
TESTES ESTATÍTICOS MAIS UTILIZADOS PARA ANÁLIESE DE SOBREVIDA: Uma revisão sistemática
Pesquisa apresentada à disciplina de Bioestatística do programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu”, nível Mestrado, modalidade profissional, com área de concentração em “Saúde da Família” para fins de avaliação e para submissão da Jornada Científica do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí – Centro Universitário UNINOVAFAPI.
Orientadora: Prof Dra Maria do Carmo de Carvalho Martins
Teresina-PI
Agosto/2013
SUMÁRIO
- ARTIGO DE REVISÃO......................................................................................4
TESTES ESTATÍSTICOS MAIS UTILIZADOS PARA ANÁLISE DE SOBREVIDA: Revisão sistemática
Cardoso, Fernanda Ayres de Morais e Silva[1]; Villa, Lorena Baltazar Nunes[2]; Ulisses, Maria de Fátima Barbosa Emérito[3]; Martins, Maria do Carmo de Carvalho Martins[4].
RESUMO
Introdução: A análise de sobrevida consiste em um conjunto de técnicas e modelos estatísticos muito utilizados na área de saúde para determinar o impacto de determinada doença sobre a vida dos pacientes. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo determinar, através de uma revisão sistemática, os testes estatísticos mais utilizados para análise de sobrevida. Metodologia: Foram pesquisados artigos de trabalhos originais na área de saúde que realizaram análise de sobrevida em seres humanos. Foram selecionados, através de uma pesquisa bibliográfica, nas bases de dados SciELO e LILACS artigos relacionados com o tema, publicados em inglês, português e espanhol, entre os anos de 2008 a 2013, utilizando como conjunto de intersecção os descritores sobrevida e análise de sobrevida. Foram excluídos os artigos fora do período de publicação definido, publicados em outras línguas, estudos qualitativos, estudos de casos e artigos de revisão. Resultados: Após critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados para análise de dados 40 artigos. Foi possível observar que 90% dos estudos utiliza o método de Kaplan-Meier como teste de análise de sobrevida. 5% se utilizam do Teste do Chi Quadrado e 5% da Regressão de Cox. Conclusão: O método de Kaplan-Meier foi o teste de análise de sobrevida mais utilizado nesta revisão.
Palavras-Chave: Sobrevida, Análise de Sobrevida, Estatística
INTRODUÇÃO
A análise de sobrevivência é um conjunto de técnicas e modelos estatísticos que analisa dados ao longo do tempo (a variável aleatória contínua ), buscando, entre outras informações, o tempo de ocorrência de um dado evento. Considera-se sobrevivência, o tempo desde a entrada do indivíduo no estudo até a ocorrência do evento de interesse (falha) ou até a censura (perda por tempo de observação incompleta) na observação (BUSTAMANTE-TEIXEIRA, 2002). [pic 1]
Este tipo de análise estatística tem como objetivo estimar e interpretar sobrevivência e/ou funções de risco de dados de sobrevivência, comparar funções de sobrevivência e/ou de risco, avaliar a relação das variáveis explicativas (exploratórias) com o tempo de sobrevivência (DAWSON, 2003).
Na utilização de dados que avaliem o tempo para um determinado evento (como morrer, recair, recuperar), esta análise auxilia na busca de novos produtos farmacêuticos e tratamento mais adequados de acordo com a situação, além de permitir o conhecimento da história natural de determinada doenças e assim estudar novas intervenções para reduzir o impactos destas na vida de um indivíduo (CESAR, 2005).
Na análise de sobrevivência, os parâmetros mais importantes são a probabilidade de sobrevivência no curso de cada um dos intervalos considerados e a probabilidade de sobrevivência acumulada (tratada correntemente como taxa de sobreviver), isto é, a probabilidade de sobreviver do tempo zero até o tempo final considerado. Esta última equivale à probabilidade de sobreviver em todos os intervalos anteriores ao momento considerado e, usualmente, é denominada s(t). Geralmente há uma variável de interesse, também chamada de variável dependente ou resposta, que algumas vezes é o tempo decorrido até o aparecimento de algum evento. Há, ainda, uma ou mais variáveis, denominadas independentes, preditoras ou covariáveis, cujo relacionamento com a variável dependente, em geral, é imprescindível, pois os modelos estatísticos expressam a variável dependente como uma função matemática conhecida das variáveis independentes (BUSTAMANTE-TEIXEIRA,2002; GOEL,2010).
Em estudos de sobrevida, as pessoas são acompanhadas por meio da ocorrência de um evento (diagnóstico da doença, realização de cirurgia, ou o nascimento). Geralmente, as pessoas são incluídas no estudo em diferentes tempos do ano calendário; porém, na análise, todos os indivíduos têm seu tempo de sobrevivência contado a partir da entrada no estudo (que é considerado como tempo zero). Segundo Cox (1984), os inícios são, portanto, truncados à esquerda, ou seja, a observação de cada indivíduo começa a partir de determinado momento, sem levar em conta o que aconteceu no passado. O evento final, denominado falha (failure) pode corresponder ao óbito, à variação de um parâmetro biológico, ou ainda a um determinado evento que indique a modificação do estado inicial (cura, recorrência, retorno ao trabalho) (BUSTAMANTE-TEIXEIRA,2002).
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