Analise De Artigo Sobre Sobra E Restos - Desperdício

Resenha-crítica sobre o artigo

“ AVALIAÇÃO DO INDICE DE RESTOS INGESTÃO E SOBRAS EM UNIDA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (U.A.N) DO COLÉGIO AGRÍCOLA DE GUARAPUAVA (PR).”

segunda-feira, 09 de setembro de 2013

Resenha-crítica de Artigo

Tema: Avaliação, coleta de dados e análise sobre o desperdício em UAN escolar e comentários gerais sobre desperdício em demais situações. Sobras e restos. Introdução sobre necessidades de alunos a serem preenchidas, referentes a competência e responsabilidade técnica, por profissionais e auxiliares de UAN’s. Providências e soluções que visam resolver, ou ao menos, amenizar o desperdício dentro das situações abordadas.

“Resto-ingesta, Desperdício, Unidade de Alimentação e Nutrição.”

Resumo

A coleta de dados, realizada na escola agrícola de Guarapuava, utilizou a metodologia de pesagem dos restos descartados atravé de pesagem das lixeiras; retirando partes não comestiveis dos restos. O resultado demonstrou o desperdício de 10,41% de sobras (alimentos produzidos e não distribuidos) e 11, 17% de restos (alimentos descartados pelos consumidores). Conclui-se que atitudes devem ser tomadas, já que a porcentagem tanto de sobras como restos são consideradas inadequadas pela literatura.

Segundo a literatura em geral e devido à quantidade de artigos relacionada ao desperdício descontrolado e evitável, podemos denotar que a falta de conscientização, noção e intervenção sobre o assunto é uma realidade global.

É papel do nutricionista, não só promover a saúde, como sinalizar a instituições e consumidores sobre o revés econômico-social resultante da não racionalização de comida tanto como os efeitos positivos de aplicar medidas a fim de prover a eficácia no uso dos alimentos.

Introdução

O artigo conceitua desperdício como extravio que poderia ser aproveitado para o benefício de outrem, de uma empresa ou da própria natureza. O Brasil, de acordo com o montante de restos, aponta ser um dos países mais fracos da América Latina quando se trata de gerenciamento do controle de alimentos; o que repercute negativamente, já que tais recursos poderiam ter sido usados em prol da sociedade.

Baseando-se no fato de que o desperdício gera custo e poderia ser aproveitado por outros clientes, este artigo foi desenvolveu-se de maneira a estudar e divulgar os índices de desperdício da UAN, a fim de desenvolver soluções para este mesmo problema.

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada.

Segundo dados da Embrapa, 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002).

Motivando o fato acima, o empresário encara a doação de alimentos com certo receio por uma série de fatores, sendo alguns deles: a legislação, na qual exige um controle rigoroso de qualidade em relação às sobras do restaurante e os impostos, que continuam a incidir sobre os alimentos doados.

“O decreto lei nº 2.848, de 1940, impede que restaurantes dêem as sobras de comida para quem precisa, responsabilizando os restaurantes no caso de uma pessoa passar mal com o alimento doado (FERNANDES, 2001). “

“A quantidade de alimentos jogada no lixo poderia alimentar mais de 10 milhões de brasileiros diariamente (BORGES, 1991).”

Vale a analise de nossa constituição federal na qual a comparamos o direito à vida e à dignidade; já que ambos são absolutos, porém relativos. Pegando assim, o caso concreto para decisões. Porém projetos de lei, como por exemplo “o bom samaritano”, que visa regulamentar de maneira mais flexível as doações, estão engavetadas no congresso.

O desperdício deve ser encarado como um problema sistêmico da UAN, e combatido desde o planejamento de compras de matéria-prima ao treinamento do manipulador, inclusive com medidas educativas que atinjam os consumidores.

Metodologia

Durante o período de 31 de março à 17 de abril de 2009 (somente dias úteis), realizaram a pesquisa na UAN do Centro Estadual de Educação Profissional Arlindo Ribeiro; são distribuídas 280 refeições pelo período do almoço, horário em que foram realizadas as pesagens. O cardápio serve comida semelhante a comida caseira, com um tipo de carne, um acompanhamente, dois a quatro tipos de salada, além do prato base. Os alimentos são distribuídos em um balcão, utilizando bandejas divididas.

Cálculo: somou-se o peso das refeições, desprezando os recipientes; determinou-se um peso total. Desse total, diminuiu-se o peso das sobras.

O peso das sobras foi obtido através de pesagem dos alimentos que sobraram no balcão, alimentos esses que não poderiam ser reaproveitados.

Obteve-se o peso do resto através da pesagem do cesto de lixo, desprezando o cesto e utensílios, também retirando dos restos os ossos, cascas e alimentos impróprios ao consumo. Utilizaram