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Analise Do Filme A Testemunha

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Por:   •  22/9/2013  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  2.317 Visualizações

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Émile Durkheim

A Testemunha

O filme, A Testemunha, na visão de Durkheim da sociedade, mostra explicitamente toda a influência do fato social sobre os indivíduos e a estruturação dessa influência ao longo da vida dos destes – criança, adulto e idoso - a criança que se depara pela primeira vez com as regras e itens de outra cultura, os adultos que têm as normas de seu grupo de origem estruturado, mesmo durante os conflitos pessoais quando uma outra realidade social instiga a possibilidade de mudança de regras, mas que se mostra, neste caso, não possível devido a força do fato social sobre o indivíduo, e, por fim, os idosos com a influência do fato social já completamente estruturada, sedimentada e sobreposta a quase todos os posicionamento individuais dos cidadãos, impossibilitando qualquer rompimento da coesão dos indivíduos do grupo. Assim, podemos ver claramente o processo de criação do fato social, passando pela socialização primária e a explícita coerção das normas sociais, e a socialização secundária, onde os indivíduos não sentem mais a coação e agem, pensam e sentem de acordo com o grupo de referência, cujo as normas suplantam os arroubos individuais de quebra dessas normas que poderiam destruir a coesão social.

A quebra das regras sociais e consequente ruptura da coesão entre os indivíduos é discutida em ambos os grupos sociais confrontados no filme, exemplificada quando o.chefe do departamento de polícia diz ao parceiro do policial John que ele está quebrando as regras assim como seu parceiro quebrou, deixando claro que o resultado dessa ação será sua exclusão do grupo social, seja ela de que forma for, e no grupo dos amish, quando o pai da personagem Raquel alerta-a que deverá levar a questão aos anciãos e que eles decidirão o que fazer, tendo como base as normas e exigências da cultura amish. Todo esse processo demonstra a generalidade, externalidade e coercitividade do fato social, o qual, prevalece sobre a individualidade.

No contexto do filme, também podemos ver as questões de divisão do trabalho,tendo como exemplo principal, o momento em que o autor apresenta o personagem John como carpinteiro, arremetendo-nos ao pensamento de uma possível função deste indivíduo dentro da sociedade. Temos o viés da solidariedade social, passando pela solidariedade mecânica através das crenças e sentimentos comuns de todos os membros da comunidade amish, e da solidariedade orgânica, com a constante menção das atividades individuais dos membros da sociedade amish, como os anciãos, a cena da ordenha e, em instância máxima no filme, a construção do celeiro, onde cada membro do grupo exerce sua ação especifica, demonstrando a interdependência dos indivíduos e a força da sociedade quando da união de seus membros, reforçando a importância da coesão e do interesse geral, fonte de toda atividade moral, interesse este, que supera o indivíduo e seus interesses particulares.

A menção sobre a habilidade da carpintaria do personagem e o fato dele ser policial em outro grupo social, permiti-nos um pequeno exercício de análise da anomia social, onde um carpinteiro sem função em uma sociedade industrializada e moderna teria, através do trabalho, sua reinserção social, reforçando o conceito de que o trabalho e seus grupos profissionais, são viabilizadores da reconstrução

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