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Analises Perfil de exames Laboratoriais

Por:   •  19/2/2016  •  Projeto de pesquisa  •  7.407 Palavras (30 Páginas)  •  523 Visualizações

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Universidade Anhembi Morumbi

Paula Danielle Rodrigues Costa

Perfil de exames Laboratoriais

São Paulo

 2015

Universidade Anhembi Morumbi

Paula Danielle Rodrigues Costa

Perfil de exames Laboratoriais

Trabalho para obtenção parcial de nota da disciplina de Análises Clinica II, do curso de Biomedicina, ministrada pelos Professores Tangará Mutran e Lucia Helena Bessa.

São Paulo

2015

Introdução

 

A interpretação de exames laboratoriais é uma atividade de grande importância no exercício clínico, uma vez que é comum a conclusão diagnóstica após a leitura e correta interpretação de exames laboratoriais.

O exercício clínico de décadas atrás era baseado na anamnese do paciente, envolvendo todo um histórico da situação do paciente naquele momento. Caso o médico não fechasse seu diagnóstico no momento, formulava uma ou mais hipóteses de diagnóstico e solicitava exames para confirmar uma dessas hipóteses. Assim, a correta interpretação desses exames laboratoriais já ocupava uma posição de destaque no diagnóstico correto.

 O exame laboratorial, que até então servia somente para confirmar um diagnóstico, tornou-se o meio principal para encontrar hipóteses de diagnóstico.

Desta forma, na maneira que está disposta atualmente a prática médica, a correta interpretação de exames laboratoriais elevou-se a um patamar de importância a ser dividido com a própria anamnese.

Também é importante ao profissional que realiza as análises, farmacêutico ou biomédico, efetuar uma correta interpretação de exames laboratoriais e correlacionar o resultado com o estado clínico informado, repetindo testes duvidosos, até mesmo para um controle de qualidade mais efetiva.

  • Hepático

Introdução

A síntese hepática é avaliada pela dosagem de albumina e de protrombina, duas importantes proteínas produzidas exclusivamente no fígado. A atividade da protrombina reduzida e a hipoalbuminemia confirmam a disfunção hepatocelular. Se a função hepatocelular estiver comprometida devido à perda da integridade dos hepatócitos, a     2 síntese normal dessas proteínas fica comprometida, indicando presença de doença hepática. A maior intensidade da redução da síntese de albumina e atividade da protrombina evidencia lesão hepatocelular importante, traduzindo doença grave do fígado (Mazza, RPJ et al, 2009) (2).

Exames

Há um grande número de exames laboratoriais disponíveis comercialmente que têm utilidade na avaliação do paciente com suspeita de doença hepática ou na investigação da sua causa. Os exames podem ser classificados de modo didático em: Testes para avaliação de lesão hepatocelular (destruição de hepatócitos); Testes para avaliação do fluxo biliar e lesão de vias biliares; Testes para avaliação da função de síntese do fígado; Testes para avaliação de complicações e estágio da cirrose; Testes para investigação da etiologia (causa) da doença hepática (abordados em outros textos).

 O termo "função hepática" geralmente é utilizado erroneamente na prática clínica para descrever um conjunto de exames laboratoriais que não investigam apenas a função do fígado, mas também a presença de lesão hepatocelular e de vias biliares. Costuma incluir AST, ALT, fosfatase alcalina, GGT, albumina, bilirrubinas total e frações e atividade da protrombina.

Avaliação de lesão hepatocelular

  • Aminotransferases

Apartato aminotransferase (AST), também pode ser chamada de transaminase glutâmica oxaloacética (TGO) é uma enzima que catalisa a reação: aspartato + alfa-queroglutarato = oxaloacetato + glutamato que pode ser  encontrada em altas concentrações no citoplasma e nas mitocôndrias do fígado, músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos (glóbulos vermelhos do sangue); quando qualquer um desses tecidos é danificado, a AST é liberada no sangue. Como não há um método laboratorial para saber qual a origem da AST encontrada no sangue, o diagnóstico da causa do seu aumento deve levar em consideração a possibilidade de lesão em qualquer um dos órgãos onde é encontrada. Valores normais: até 31 U/L (mulheres) e 37 U/L (homens).

Alanina aminotransferase (ALT), também pode ser chamada de transaminase glutâmico pirúvica (TGP) é uma enzima que catalisa a reação: alanina + alfa-queroglutarato = piruvato + glutamato pode ser encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do fígado, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática; no entanto, pode estar aumentada em conjunto com a AST em miopatias (doenças musculares) severas.  Valores normais: até 31 U/L (mulheres) e 41 U/L (homens).

As Relação entre AST e ALT, além das características individuais o aumento das enzimas tem valor diagnóstico, tanto a AST quanto a ALT costumam subir e descer mais ou menos na mesma proporção em doenças hepáticas e á elevações pequenas de ambas, ou apenas de ALT em pequena proporção, são encontradas na hepatite crônica (especialmente hepatite C e esteato-hepatite não alcoólica), como na hepatite alcoólica há maior lesão mitocondrial, proporcionalmente, do que nas outras hepatopatias, observa-se tipicamente elevação mais acentuada (o dobro ou mais) de AST (que é encontrada nas mitocôndrias) do que de ALT, ambas geralmente abaixo de 300 U/L as elevações de ambas acima de 1.000 U/L são observadas em hepatites agudas virais ou por drogas.

Desidrogenase lática (DHL) é observado em lesões hepatocelulares de modo geral, pode ser útil na diferenciação entre hepatite aguda viral e lesão causada por isquemia ou paracetamol; sugere-se que, em elevações de aminotransferases acima de 5 vezes o limite superior, uma relação ALT/DHL maior que 1,5 sugere hepatite viral. Valores normais: 24-480 U/L.

Avaliação do fluxo biliar e lesão de vias biliares

  • Fosfatase alcalina

A fosfatase alcalina trata-se não de uma enzima, mas de uma família de enzimas, presente em praticamente todos os tecidos; no fígado, é encontrado principalmente  nos microvilos dos canalículos biliares e na superfície sinusoidal dos hepatócitos. O aumento da fosfatase alcalina hepática é mais evidente na obstrução biliar, aonde o acúmulo de sais biliares a solubilizam e a obstrução promove a sua regurgitação entre as células hepáticas até o sangue, em casos de elevação da fosfatase alcalina aonde não observa-se sinais clínicos ou laboratoriais de doença hepatobiliar, é possível a diferenciação entre as principais isoenzimas (hepática, óssea e intestinal) para localizar a fonte da alteração. Valores normais variam de acordo com a idade:  1 dia de idade: até 250 U/L; 2 - 5 dias: até 231 U/L; 6 dias - 6 meses: até 449 U/L; 7 meses - 1 ano: até 462 U/L; 2 - 3 anos: até 281 U/L; 4 - 6 anos: até 269 U/L; 7 - 12 anos: até 300 U/L; 13 - 17 anos: até 187 U/L (mulheres) e 390 U/L (homens); adultos: 35 a 104 U/L (mulheres) e 40 a 129 U/L (homens).

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