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Antropologia: A Linguagem como Produto e Condição da Cultura

Por:   •  27/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.271 Palavras (18 Páginas)  •  1.395 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho enquadra – se na Cadeira de Antropológica linguística e tem como tema “A Linguagem como Produto e Condição da Cultura” na visão Boas, Sapir e Whorf.

Antropologia linguística como ramo da antropologia geral dedica – se ao estudo da linguagem como um sistema ou uma prática cultural. Ela assume a faculdade da linguagem humana é cognitiva e uma realização social que fornece as ferramentas intelectuais para pensar e agir no mundo.

Na visão de Boas, a língua é uma importante ferramenta para o estudo da cultura, especialmente porque as categorias e regras de linguagem são largamente inconsciente e, portanto, não sujeito a racionalizações secundárias.

Sapir dá ênfase e sua preferência assenta no método histórico e descritivo da linguística e defendeu separar da nova linguística da década de 1960, para linguistas antropológicas, porque para ele parecia mais comprometidos com a teoria linguística do que a línguas, e de facto desvalorizando a descrição gramatical.

Enquanto Whorf desenvolveu no seu quadro conceptual próprio, que incluía a distinção entre o categorias, gramaticais e uma importante ferramenta analítica para compreender que tipos de distinções categóricas alto-falantes são sensíveis a questão.

O objectivo deste trabalho é trazer átona, o conhecimento sobre a linguagem como Produto e Condição da Cultura e tem como metodologia a consulta bibliográfica das várias obras da Antropologia Linguística recomendadas e encontradas nas diversas bibliotecas da cidade.

A Linguagem como Produto e Condição da Cultura

Antropologia

Etimologicamente a antropologia vem do termo: Antrophos, palavra grega que significa “Homem” e lógia outro vocábulo helénico que significa estudo ou ciência. Logo, antropologia é ciência do Homem.

Segundo Haviland apud BATALHA (2004:13) “Antropologia é o estudo da humanidade em toda a parte e através do tempo, feito com a intenção de produzir conhecimento fiável sobre as populações humanas e o seu comportamento, tendo em conta o que as torna simultaneamente iguais e diferentes”.

A antropologia é definida como estudo do homem e de seus trabalhos que inclui o estudo das origens do homem a classificacao das suas variedades e investigacao da vida dod chamados povos primitivos.

Idem (2004:20) “a Antropologia é uma ciência que estuda as sociedades como sistemas morais e não como sistemas naturais, isto é, está mais interessada no desenho do que no processo, procurando padrões e não leis científicas, interpretando mais do que explicando”.

O que caracteriza antropologia como disciplina cientifica não é apenas objecto material mas objecto formal. No entanto o que a distingue das demais ciencias sociais e humanas é o objectivo que nutre de estudar o Homem como um todo (um ser biologico e cultural).

Antropologia linguística

Segundo Batalha (2004:31, “Antropologia Linguística é um ramo da antropologia geral que estuda a língua como meio de codificação e transmissão da cultura, na sua diversidade, origem e evolução”.

Esta Antropologia linguística dedica-se ao estudo da origem e evolução da língua, o qual pode fornecer elementos importantes quanto à evolução e transformação de outros elementos culturais, assim como das estruturas e relações sociais.

O grupo vê a Antropologia linguística como sendo um ramo interdisciplinar dedicado ao estudo da linguagem como um sistema ou uma prática cultural. Ele assume a faculdade da linguagem humana é cognitiva e uma realização social que fornece as ferramentas intelectuais para pensar e agir no mundo.

Objecto de estudo

O objecto de estudo da antropologia linguística é a própria língua, sua origem, evolução e sua diversidade.

Segundo KOENKER (2000:56), “o estudo da antropologia linguística deve ser feito por documentação detalhada sobre o que se diz e como eles se envolvem em actividades sociais diárias. Esta documentação se baseia em observação participante através da gravação audiovisual, anotadas, transcrição, e entrevistas com os participantes”.

Método da antropologia linguística

DURANTI apud FOLEY (1997), “As suas principais áreas de interesse têm mudado ao longo dos anos, a partir de um interesse quase exclusivo na documentação das gramáticas de línguas indígenas para a análise dos usos da conversa em interacção quotidiana e ao longo do tempo de vida”.

Franz Boas estabelece uma tradição holística nos EUA, no início do século XX, nessa altura a antropologia era concebida em quatro vertentes:

 Arqueologia,

 Física ou biológico

 Antropologia linguística ou linguística antropologia, e

 Etnologia ou antropologia sociocultural.

O processo de investigação antropológica obedece a um modo de abordagem de problemas sócio – culturais e as suas respostas, assim a antropologia linguística usa o método etnográfico ou o trabalho de campo através da técnica de investigação – a observação participante.

Segundo VELASCO & DIAS apud MARTINEZ (2009:29), “trabalho de campo é um método de investigação sócio cultural, um conjunto de procedimentos e regras para produzir e organizar conhecimentos”.

Neste aspecto, Antropologia linguística vai ao terreno observar, analisar, verificar como realmente a língua é falada. A observação participante é co-participação consciente e sistemática, tanto quanto as circunstancias permitirem, nas actividades comuns de um grupo de pessoas e, se necessário nos seus interesses, sentimentos e emoções. O propósito deste método é obter dados sobre o comportamento através de contacto direito e em situações específicas.

Origem e desenvolvimento da Antropologia Linguística segundo os postulados de Boas, Sapir e Whorf.

Antropologia linguística surgiu, inicialmente, da necessidade que os antropólogos tiveram de aprender as línguas dos povos que estudavam. Foi realmente importante o estudo da linguística empreendido pelos antropólogos, pois trouxeram a superfície muitas línguas ainda desconhecidas pelos filólogos.

Batalha analisa antropologia linguística

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