Antropologia Aplicada Ao Serviço Social

Por ser um país de proporções continentais, o Brasil apresenta desigualdades não apenas de forma geral, mas também em regiões específicas. Não que estejamos aqui defendendo, por exemplo que a questão da desigualdade se acentua no nordeste e não exista no sul.

O que acontece é que de forma geral, até por conta do trabalho da mídia, o nordeste tem sido tido como pobreza generalizada e o sul e sudeste como desenvolvida. De certa forma, o perfil populacional sofre mudanças por conta do excesso ou ausência populacional.

Ao ler e refletir sobre os problemas sociais e as afirmações que se fazem sobre a melhoria na área social nos últimos anos, algumas indagações surgem. É preciso lembrarmos que problemas sociais se refere à falta de moradia, desemprego, educação e saúde precárias, entre outros.

Segundo Yazbek (2010) a questão da pobreza está mais próximo do que imaginamos, em especial ao afirmar que

Convivemos muito de perto com a experiência trágica de pertencer às classes subalternizadas em nossa sociedade; conhecemos esse universo caracterizado por trajetórias de exploração, pobreza, opressão e resistência, observamos o crescimento da violência, da droga, e de outros códigos que sinalizam a condição subalterna: o desconforto da moradia precária e insalubre, as estratégias de sobrevivência frente ao desemprego, a debilidade da saúde, a ignorância, a fadiga, a resignação, a crença na felicidade das gerações futuras, o sofrimento expresso nas falas, nos silêncios, nas expressões corporais, nas linguagens além dos discursos.

O que podemos verificar é que a “simples” expressão pobreza está além do sentido de passar fome, inclui a opressão e a anulação do ser. Para isso, o assistente social ao realizar seu trabalho precisa estar atento às reais condições da pessoa ou do grupo ao qual ira acompanhar para poder tomar as medidas necessárias, considerando que muito necessitam de um atendimento mais completo, incluindo apoio psicológico.

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