Antônio Lopes De Sá
Exames: Antônio Lopes De Sá. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bualvesc • 23/6/2014 • 2.530 Palavras (11 Páginas) • 424 Visualizações
ANTÔNIO LOPES DE SÁ nasceu em Belo Horizonte, no dia 9 de abril de 1927, e faleceu
em 07 de junho de 2010. Filho de família pobre que residia em bairro de periferia,
Lopes de Sá ficou órfão de pai aos três anos de idade. Sua mãe, Professora Maria José
Taranto Lopes (1907 – 2004), de origem italiana, era professora de artes.
Aos seis anos de idade já lia correntemente, fazia as operações aritméticas básicas e
guardava de memória, todas as capitais, montanhas e rios de todos os países do
mundo.
Estudou no Grupo Escolar Olegário Maciel (1933 – 1936), diplomando-se com nota
máxima e cursou o ensino médio no Ginásio Mineiro (1938 – 1941), hoje, Colégio
Estadual de Minas Gerais.
Ainda nos primeiros anos escolares, com tenra idade, já trabalhava nas oficinas de
funilaria de seu tio Lourenço Taranto, como operário, onde, também ajudava seu avô
materno Giuseppe Taranto, um modesto, mas, qualificado artesão.
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Em 1940, passou a ser auxiliar de escritório da oficina onde entrou como operário, e
logo após, em uma fábrica de calçados, ao mesmo tempo em que estudava.
Freqüentava regularmente as bibliotecas públicas, e estudava em livros emprestados
de parentes e amigos.
Iniciou um curso de Engenharia Química Industrial, mas não o concluiu, devido à
escassez de recursos financeiros.
Trabalhou em importantes empresas como a Mesbla e a multinacional Standard Oil
Company (Esso).
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Em 1945, graças a sua vocação para as ciências empresariais venceu dois concursos na
empresa Standard, onde trabalhava, sugerindo modificações na organização.
Com este prêmio, Lopes de Sá conseguiu bolsa para pagar seus últimos anos do curso
que fazia (o concurso interno da empresa denominava-se “Capitalize a sua idéia”).
Lopes de Sá ingressou no curso de Contabilidade na Faculdade Brasileira de Comércio,
em Belo Horizonte no ano de 1943.
Iniciou sua carreira no magistério mesmo antes de se formar. A indicação para o
magistério foi do Prof. Silvio De Marco, em 1945, então Diretor da Faculdade. Tal
indicação foi devida à base sólida de cultura geral que este reconhecia no Mestre. A
primeira cadeira que lecionou foi a de Geografia Astronômica, mas, no ano seguinte, já
assumia as de Português, Matemática, Seminário Econômico e Prática de Escritório. Diplomou-se como Contador, em dezembro de 1946, pela Faculdade Brasileira de
Comércio, obtendo, em Contabilidade, as maiores médias.
Mas o primeiro artigo que o mestre publicou, em 1946, nada teve a ver com a
Contabilidade, mas, sim com uma cidade mineira, a de Governador Valadares, editado
em um jornal de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
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Em 1947, abriu seu escritório profissional em um bairro de periferia onde morava,
jamais deixando de exercer a profissão de contador.
Desde o início criou seus próprios sistemas de trabalho, dedicando-se, na fase inicial, a
assumir escritas de pequenas e médias empresas, porém, a qualidade do serviço que
prestava logo o levou a servir às grandes, inclusive algumas ligadas a pessoas de
influência como o Presidente Juscelino Kubitscheck.
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Em 1948 assumiu o cargo de Diretor Técnico da Faculdade Brasileira de Comércio e do
Ginásio Frei Eustáquio, ocupando a vaga então deixada pelo Prof. Silvio De Marco, que
também indicou Lopes de Sá como sucessor. Ansiava progredir culturalmente, mas,
naquela época, a literatura contábil no Brasil era escassa e as obras que existiam
tratavam mais de escrituração que de doutrina científica, exceção feita às de Francisco
D`Áuria e Frederico Herrmann Júnior e uma parte da de Carlos de Carvalho, cujos livros
adotados em sua Faculdade foram o marco inicial de seus estudos. A obra de Carvalho
seguia a escola italiana do personalismo de Cerboni, mas, tinha um enorme valor
prático.
A rara sensibilidade científica de Lopes de Sá levou-o a recusar a tese personalista
desde o início, e a estudar, logo depois de formado, nas obras de Frederico Herrmann
e Francisco D´Áuria. A influência dos dois referidos luminares na formação contábil de
Lopes de Sá e a profusão de citações que esses autores faziam de obras de Masi e
Zappa, principalmente Herrmann Júnior, fizeram com que o mestre mineiro tivesse a
inspiração de conhecer os livros originais. Com o objetivo de ampliar seus
conhecimentos começou, então, a ler obras estrangeiras, especialmente as européias,
e também outras de alguns doutrinadores norte-americanos de qualidade, como
William Paton e Roy B. Kester.
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