Análise Da Região Da Barra Funda

A região da Barra Funda, ocupada por imigrantes, foi consolidada em pequenos lotes e com características de casas italianas e comércios locais, em função da estrada de ferro construída a partir da década de 50.

Atualmente a região apresenta as mesmas características de ocupação do solo, por edificações antigas (restauradas ou em mal estado de conservação), comércio local e edificações de usos mistos (devido à questões culturais).

A ocupação por industrias e instituições é dispersa, ocorrendo em toda área, predominantemente acima da linha férrea. É uma característica positiva, uma vez que edifícios institucionais proporcionam melhorias socioeconômicas e socioculturais e os industriais oferecem melhoria de renda na região.

As edificações de ocupação residencial, em sua maioria utilizadas para serviços e comércio no térreo na maioria das quadras, não comportam a demanda de infraestrutura desses usos, pois a escala não foi feita para fluxos intensos ou específicos e não proporcionam experiências agradáveis, segundo teoria do livro “Cidade Para As Pessoas”. O gabarito dessas edificações variam entre 1 e 4 pavimentos, com predominância de 2 pavimentos.

Nas áreas predominantemente e exclusivamente residenciais, existe uma boa infraestrutura de serviços educativos, comércio e serviços gerais. No caso das áreas de edifícios residenciais, onde ocorre a disparidade na “paisagem”, a ocupação residencial é negativa e de alto gabarito.

Existe grande número de edifícios e terrenos vazios/desocupados e subutilizados. O número de edifícios utilizados como cortiços é grande, muitas vezes oferecendo risco de segurança aos moradores, pedestres e prejudicando a qualidade da região em geral.

A análise da área apresentou questionamentos referentes à distribuição de usos e parcelamento do solo, excesso de usos mistos e edificações antigas ou abandonadas e dificuldade de acesso dos pedestres em áreas que oferecem risco ou sensação de insegurança.

A princípio foram observadas tais características:

• Residências em áreas próximas à viadutos

• Terrenos e imóveis abandonados em áreas de maior movimento

• Excesso de edificações de uso misto

• Poluição visual devido ao estado das edificações e diferentes usos, adensados

• Industriais e institucionais dispersos, entre residências e demais usos

• Vias de acesso preferencialmente aos carros

• Não existem áreas de permanência na região (com exceção das duas praças)

• Excesso de cortiços e locais de moradia irregular ou em péssimas condições.