Análise De Demonstrativos Financeira
Exames: Análise De Demonstrativos Financeira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabianarr • 22/9/2013 • 2.380 Palavras (10 Páginas) • 444 Visualizações
A análise de demonstrativos financeiros como ferramenta para tomada de decisão nas
micro e pequenas empresas
Heitor Monteiro Barbosa1
RESUMO: O presente estudo parte da importância da análise de demonstrativos financeiros como instrumento
de gerenciamento financeiro. Propõe-se contribuir para a gestão das micro e pequenas empresas oferecendo uma
ferramenta que permite executar simulações e auxiliar o gestor a planejar seu negócio.
Palavras-chave: Finanças; Fluxo de caixa; Pequena empresa.
1. Introdução
O objetivo que norteou o desenvolvimento deste estudo foi ampliar conhecimentos,
com relação às diversas formas de análise financeira, para levar à decisão necessária de uma
maneira bastante eficaz.
Assim, este artigo propõe-se desenvolver um trabalho que vise esclarecer os métodos
de análise, para micro e pequenas empresas, para que se possam tomar decisões com o
mínimo de risco e o máximo de eficiência.
2. Conceitos e princípios da análise financeira na micro e pequena empresa
A análise de demonstrativos surgiu e se desenvolveu dentro do sistema bancário norte
americano, desde o final do séc. XIX, quando instituições financeiras (bancos) utilizavam-se
desta ferramenta para analisar concessão de empréstimos para empresas. Desde então,
desenvolveu-se cada vez mais demonstrativos a fim de se analisar todos os aspectos
financeiros de todos os níveis de organizações.
As empresas, por sua vez, passaram a enxergar os demonstrativos como instrumentos
de grande utilidade, uma vez que os dados extraídos podem se transformar em informações
extremamente valiosas ao desenvolvimento financeiro das organizações.
Porém, no Brasil, a análise de demonstrativos era um instrumento pouco utilizado até
o ano de 1968, quando foi criada a SERASA2
, que inicialmente operava como uma central de
análise de balanços de bancos comerciais.
O atraso do Brasil em relação a outros países é explícito no que se refere à “cultura”
de análise de demonstrativos, uma vez que ela se tornou praticamente obrigatória nos Estados
Unidos no ano de 1915. Todavia, atualmente, as grandes empresas brasileiras já passaram a
reconhecer a importância de uma análise bem formulada, e aos poucos tal importância é
verificada também por pequenos empresários, afinal, toda decisão tomada na gestão de uma
empresa (independentemente do seu porte) implica custos, perdas, ganhos e gastos. Portanto,
pode-se dizer que toda decisão tomada com relação a uma empresa é, na realidade, uma
decisão financeira.
Sendo assim, é possível afirmar que o uso de demonstrativos na análise financeira das
pequenas empresas estabelece informações sólidas e de relevante importância para a
sobrevivência de tais empresas em meio a um mercado cada vez mais competitivo, onde a
eficiência e a eficácia das decisões tomadas são fatores que determinam o sucesso ou o
fracasso das empresas.
2.1 O contexto da micro e pequena empresa
É indiscutível que as micro e pequenas empresas são os “pilares” da economia
brasileira; pelos milhares de empregos que gera, pela movimentação financeira no país por
meio do varejo, pelos tributos pagos à União, aos Estados e aos Municípios. Isso sem falar no
mercado informal, que possui movimentação considerável.
Devido à sua importância para o sistema econômico brasileiro, torna-se extremamente
preocupante o fato de que o índice de mortalidade das pequenas empresas brasileiras seja tão
alto.
De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), 49,9% das pequenas empresas brasileiras encerram suas atividades antes
de completar dois anos de existência; 56,4% conseguem se manter no mercado por até três
anos, enquanto 59,9% fecham suas portas em quatro anos de atividades. Os principais motivos
são falta de capital de giro, elevada carga tributária e falta de clientes. No entanto, especialistas
também culpam a burocracia. (CHEMIN apud MARION, 2009, p. 5).
O mercado vivenciado hoje por essas empresas é extremamente competitivo e
dinâmico, isso quer dizer que a todo momento surgem oportunidades, novos produtos, novas
tendências, e tecnologias; e de forma alguma as pequenas empresas estão alheias a estes
fatores. Seguir ou não essas tendências e oportunidades é uma decisão que cabe
exclusivamente a cada organização. Porém, a realidade brasileira nos mostra que, na maioria
das vezes, as decisões são tomadas por impulso, de forma precipitada, sem levar em
consideração fatores vitais para qualquer atividade empresarial, e o destino inevitável das
empresas,
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