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Análise De Demonstrativos Financeira

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Por:   •  22/9/2013  •  2.380 Palavras (10 Páginas)  •  436 Visualizações

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A análise de demonstrativos financeiros como ferramenta para tomada de decisão nas

micro e pequenas empresas

Heitor Monteiro Barbosa1

RESUMO: O presente estudo parte da importância da análise de demonstrativos financeiros como instrumento

de gerenciamento financeiro. Propõe-se contribuir para a gestão das micro e pequenas empresas oferecendo uma

ferramenta que permite executar simulações e auxiliar o gestor a planejar seu negócio.

Palavras-chave: Finanças; Fluxo de caixa; Pequena empresa.

1. Introdução

O objetivo que norteou o desenvolvimento deste estudo foi ampliar conhecimentos,

com relação às diversas formas de análise financeira, para levar à decisão necessária de uma

maneira bastante eficaz.

Assim, este artigo propõe-se desenvolver um trabalho que vise esclarecer os métodos

de análise, para micro e pequenas empresas, para que se possam tomar decisões com o

mínimo de risco e o máximo de eficiência.

2. Conceitos e princípios da análise financeira na micro e pequena empresa

A análise de demonstrativos surgiu e se desenvolveu dentro do sistema bancário norte

americano, desde o final do séc. XIX, quando instituições financeiras (bancos) utilizavam-se

desta ferramenta para analisar concessão de empréstimos para empresas. Desde então,

desenvolveu-se cada vez mais demonstrativos a fim de se analisar todos os aspectos

financeiros de todos os níveis de organizações.

As empresas, por sua vez, passaram a enxergar os demonstrativos como instrumentos

de grande utilidade, uma vez que os dados extraídos podem se transformar em informações

extremamente valiosas ao desenvolvimento financeiro das organizações.

Porém, no Brasil, a análise de demonstrativos era um instrumento pouco utilizado até

o ano de 1968, quando foi criada a SERASA2

, que inicialmente operava como uma central de

análise de balanços de bancos comerciais.

O atraso do Brasil em relação a outros países é explícito no que se refere à “cultura”

de análise de demonstrativos, uma vez que ela se tornou praticamente obrigatória nos Estados

Unidos no ano de 1915. Todavia, atualmente, as grandes empresas brasileiras já passaram a

reconhecer a importância de uma análise bem formulada, e aos poucos tal importância é

verificada também por pequenos empresários, afinal, toda decisão tomada na gestão de uma

empresa (independentemente do seu porte) implica custos, perdas, ganhos e gastos. Portanto,

pode-se dizer que toda decisão tomada com relação a uma empresa é, na realidade, uma

decisão financeira.

Sendo assim, é possível afirmar que o uso de demonstrativos na análise financeira das

pequenas empresas estabelece informações sólidas e de relevante importância para a

sobrevivência de tais empresas em meio a um mercado cada vez mais competitivo, onde a

eficiência e a eficácia das decisões tomadas são fatores que determinam o sucesso ou o

fracasso das empresas.

2.1 O contexto da micro e pequena empresa

É indiscutível que as micro e pequenas empresas são os “pilares” da economia

brasileira; pelos milhares de empregos que gera, pela movimentação financeira no país por

meio do varejo, pelos tributos pagos à União, aos Estados e aos Municípios. Isso sem falar no

mercado informal, que possui movimentação considerável.

Devido à sua importância para o sistema econômico brasileiro, torna-se extremamente

preocupante o fato de que o índice de mortalidade das pequenas empresas brasileiras seja tão

alto.

De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas), 49,9% das pequenas empresas brasileiras encerram suas atividades antes

de completar dois anos de existência; 56,4% conseguem se manter no mercado por até três

anos, enquanto 59,9% fecham suas portas em quatro anos de atividades. Os principais motivos

são falta de capital de giro, elevada carga tributária e falta de clientes. No entanto, especialistas

também culpam a burocracia. (CHEMIN apud MARION, 2009, p. 5).

O mercado vivenciado hoje por essas empresas é extremamente competitivo e

dinâmico, isso quer dizer que a todo momento surgem oportunidades, novos produtos, novas

tendências, e tecnologias; e de forma alguma as pequenas empresas estão alheias a estes

fatores. Seguir ou não essas tendências e oportunidades é uma decisão que cabe

exclusivamente a cada organização. Porém, a realidade brasileira nos mostra que, na maioria

das vezes, as decisões são tomadas por impulso, de forma precipitada, sem levar em

consideração fatores vitais para qualquer atividade empresarial, e o destino inevitável das

empresas,

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