Análise bioética do filme invasões barbaras
Por: Gabriella Oliveira • 3/5/2018 • Relatório de pesquisa • 372 Palavras (2 Páginas) • 541 Visualizações
Universidade Federal de Pernambuco – campus Recife
Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCFar)
Bioética – Danilo Bedor
João Carlos de Oliveira Pinto (2017.1)
Análise Bioética do Filme “As Invasões Bárbaras”
A percepção das relações humanas no filme “As Invasões Bárbaras” intercala-se com pontos da ciência bioética; A trama mostra, inicialmente, um conflite familiar intenso, que é bombardeado de enredos complementares que se interligam aos pontos e culmina no ato de maior destaque do fim do filme, a eutanásia/suicídio por overdose de heroína.
Percebe-se, de início, o senso de humanidade que vai sendo abordado durante a trama. A relação do paciente (Rémy) beira a duas vertentes, o egocentrismo e individualismo, aspectos que perpassam a trama e impedem o diálogo e entendimento entre as personagens. A partir do ponto que o filho passa a mudar a sua percepção da realidade (visto a condição de saúde debilitada pelo câncer do pai) e incorporar pensamentos de “se não há cura, pelo menos que ele não sofra”, ele absorve pensamentos mais altruístas e se põe, por meio da barreira etária, a humildade de compreender o outro lado, respeitando-se os conflitos individuais pela diferença de gerações e consequente estilos de vida.
Ampliando a trama, é possível identificar os princípios bioéticos entrelaçados e corrompidos entre si. Retoma-se constantemente a corrupção no sistema de saúde, mostrando as regalias que são ofertadas frente ao fornecimento monetário do filho bilionário, infringindo a todo o momento o sentido da equidade dos recursos. Em determinado momento, entram os métodos de tratamento, que tem seu início nos EUA (influenciado pelo poder do dinheiro) mesmo que ele seja contrário a tal acontecimento, havendo um conflito bastante comum, quando a autonomia passa a ser limitada, pela influência maior da beneficência/não maleficência. E ainda dentro do tratamento, entra a visão holística do indivíduo, avaliando todos os seus aspectos que são abordados através de diálogos e cenas que refletem as múltiplas influências sobre a doença.
A recomendação do uso de heroína não é abordada de modo informativo, havendo certa indução direta sem avaliar as falhas na biossegurança do hospital. O último ponto, a eutanásia/suicídio visa mostrar a relação entre escolhas individuais e o impacto social que elas acarretam, tratando de forma subjetiva o processo da doença e de como é enfrentada pelas pessoas.
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