Análise crítica do filme: O Grande Ditador

Análise crítica do filme: O grande ditador

“O grande ditador” talvez tenha sido um dos primeiros filmes a abordar o nazismo e a primeira guerra mundial como temas centrais. A ousadia de Charlie Chaplin ao mostrar o humor no meio do caos logo nas primeiras cenas garante que as próximas duas horas de filme valerão a pena.

A comédia dramática também conta com a presença de uma forte figura feminina: a lavadeira Hannah, interpretada por Paulette Goddard, que não hesita em enfrentar os guardas da milícia e ao decorrer da trama se apaixona por Adenoid Hynkel (Charlie Chaplin), desenvolvendo um romance e tornando a história cada vez mais interessante.

Estreado em 1940 e produzido em preto e branco (o que acaba, sem querer, coincidindo com a situação tensa e muitas vezes triste que se estava vivendo no momento), o filme possui uma cenografia muito agradável para a época e consegue repassar ao telespectador o sentimento dos personagens.

A história pode parecer confusa durante determinadas cenas, mas todas as dúvidas são sanadas, mais precisamente, nos minutos finais, que são marcados pelo último discurso do ditador Hynkel, onde o mesmo destaca a frase “Look up, Hannah”, se referindo ao seu amor pela moça.

No fim da história, depois de anos de um regime nazista, com obsessão por territórios e o desejo de um mundo melhor, o próprio ditador reconhece que não devemos perseguir, odiar ou excluir o outro da nossa sociedade. E que tanto soldados como cidadãos, devem espalhar a paz e não a guerra, independente de Estado, cor ou religião. Tais aspectos, juntamente com os temas centrais, tornam o filme essencial a ser assistido por alunos do curso de Relações Internacionais, por estarem ligados as matérias estudadas.

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