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Análise geomorfológica piscina Pararangaba

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Por:   •  17/11/2013  •  Tese  •  2.560 Palavras (11 Páginas)  •  344 Visualizações

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UNOPAR – SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

RIO PARARANGABA

2010

INTRODUÇÃO

São José dos Campos (SP) apresentou uma intensa urbanização nas últimas três décadas, principalmente em virtude da evolução de seu parque industrial. Esta alta taxa de urbanização e, sobretudo, a ocupação desordenada, os Planos Diretores deficientes e o descaso das autoridades locais no trato das questões hidrometeorológicas e geológicas, fizeram deste município palco freqüente de sérias calamidades que, além de causarem aos seus habitantes transtornos e perdas materiais, os submetem a riscos de doenças, acidentes e morte, particularmente durante o verão, quando é maior a incidência de chuvas intensas. Isto é corroborado por pesquisas recentes.

O rio Pararangaba, afluente da margem direita do rio Paraíba do Sul, corta o município de São José dos Campos no sentido sudeste / nordeste e tem sua nascente na vertente interior da Serra do Mar.

Geograficamente, a sub-bacia do rio Pararangaba encontra-se no extremo leste do município, próximo à divisa com o município de Caçapava. Possui área de 75,64 Km2, correspondendo a 6,8% da área total da cidade de São José dos Campos, e apresenta três afluentes principais: ribeirão do Cajuru, córrego do Bairrinho e córrego do Bueirinho. Entre a rodovia Presidente Dutra e a rodovia Governador Carvalho Pinto, onde domina o médio curso do rio Pararangaba, estão concentrados os maiores problemas da bacia.

. Figura 1 - Localização da área de estudo

DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO

A análise geomorfológica da bacia do Pararangaba indica a presença de aluviões argilosos que pertencem à área de drenagem do rio Paraíba do Sul. Há também terraços fluviais, aluviões arenosos (característicos das várzeas do rio Pararangaba e de dois de seus afluentes, Cajuru e Bairrinho). Nas nascentes desses corpos d’água há morros com substrato de rochas graníticas e declividades que variam entre 20 a 50% (IPT/PMSJC, 1996).

Visitas ao local, realizadas durante a realização do presente estudo, revelaram uma tendência de aumento da ocupação nas margens do Pararangaba e o descaso com o rio que em muitos trechos funciona como depósito de lixo e receptor direto de águas servidas.

Uma análise qualitativa dos parâmetros físicos indica que, apesar de alongada, a bacia do Rio Pararangaba, por ser muito ramificada (e, conseqüentemente, bem drenada) e por apresentar um valor relativamente alto para os índices de declividade média dos seus terrenos, é intrinsicamente sujeita a inundações. Além disto, seu regime hidrológico é particularmente afetado pelos sistemas meteorológicos de mesoescala, em virtude do tamanho de sua área de drenagem.

Tabela 1 – Resumo das principais características físicas da bacia do Rio Pararangaba

Bacia do Rio Pararangaba:

Área de drenagem total (A): 73,20 km2*

Área de drenagem até o posto fluviométrico do DAEE: 49,00 km2**

Coeficiente de compacidade (Kc ): 1,43

Fator de forma (Kf = ): 0,183

Ordem da bacia: 4a ordem

Densidade de drenagem (Dd = Lt1/A) = 3,95 km/km2

Extensão média do escoamento superficial ( l ): 0,063 km

Declividade média da bacia: 0,078 m/m

Rio principal (Pararangaba):

Elevação máxima: 820 m

Elevação mínima: 540 m

Comprimento total (L): 19,95 km

Comprimento até o posto fluviométrico do DAEE: 12,9 km**

Declividade S1: 0,01404 m/m

Declividade S2: 0,00479 m/m

Declividade S3: 0,00471 m/m

Fonte: *Serafim (1998); **DAEE (1998)

1Lt = comprimento total dos cursos d’água

MEDIDAS PROPOSTAS

1. Aplicação do modelo precipitação-vazão IPHS 1

A operação realizada com o programa IPHS1 incluiu etapas como inserção de pontos de controle na seção relativa ao exutório das bacias, e interligação dos pontos de controle ao módulo que realiza a transformação precipitação-vazão (módulo bacia).

Depois de executada a montagem da estrutura de funcionamento do modelo, ou seja, conexão das sub-bacias aos pontos de controle, definiram-se os parâmetros necessários para geração de um arquivo de saída que contivesse todos os resultados.

O emprego do modelo permitiu a análise da variação dos hidrogramas de projeto relativos ao exutório das bacias, em função do crescimento populacional e conseqüentemente da impermeabilização do solo. Foram analisados três cenários distintos: pré-urbanização, adensamento urbano atual e impermeabilização do solo através de ocupação futura.

A análise das bacias para o cenário de pré-urbanização considerou suas respectivas áreas sem ocupação e 99% permeáveis. Para o cenário atual, foram analisados dados digitalizados relativos ao uso e ocupação do solo, mapa pedológico e carta geotécnica na escala de 1:50.000. O cenário futuro foi elaborado com base no plano diretor e na lei de Zoneamento, do município de São José dos Campos, (Lei Complementar nº 165/97).

A operação do programa IPHS1 necessita de alguns parâmetros de entrada relacionados às características físicas da bacia analisada, bem como dados de precipitação sobre a região de estudo e características dos solos pertencentes à área da bacia. Pode-se gerar inicialmente um arquivo com extensão.txt com os dados de chuva previamente determinados para o local, através dos gráficos ou equações que relacionam intensidade, duração, freqüência. Um problema encontrado na aplicação do método foi o fato que a equação das chuvas desenvolvida para o município de São José dos Campos, foi determinada para um tempo de concentração menor que vinte e cinco minutos. Assim, optou-se por aplicar a equação das chuvas do município de Taubaté, em função da similaridade, ou seja, proximidade da região de estudo, e não ocorrência marcante de variação espacial de

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