Apontamentos sobre o patrimônio e arquitetura da Quarta Colônia- um projeto de conscientização e preservação

A discussão sobre território vem ocupando cada vez mais espaço no cenário

acadêmico e político. Os estudos apontam para uma compreensão de que essas localidades

interligam-se a partir de dinâmicas sociais, políticas, econômicas, históricas, étnicas e

geográficas. Muito mais que simples base geográfica e física, o território se configura em uma

estrutura complexa potencializadora de fluxos diversos, resultando em ações heterogêneas em

nível micro ou macro político. O processo de consolidação de um território ocorre por meio da produção de sinergias

e construção de um pertencimento, formando um tecido social. Assim, por meio da formação

de redes de cooperação, muitos locais têm potencializado seus recursos naturais e culturais

valorizando comunidades tradicionais, sua história, seus saberes e fazeres, tradições e

costumes. Desta forma, a diversidade da agricultura familiar, aliada aos conhecimentos e

saberes reproduzidos ao longo dos anos possibilita a agregação de valor e a inserção de

produtos e serviços em tendências do mercado consumidor. A valorização e a possibilidade de

inserção no mercado de produtos e serviços antes estigmatizados revela um impacto

significativo, não apenas na sobrevivência das comunidades rurais, como também na autoestima

de famílias antes estigmatizadas pelo modo de vida e sua cultura.

Vislumbrando estas tendências, destaca-se a experiência de nove municípios

localizados na região central do Rio Grande do Sul de mobilização dos seus recursos naturais

e culturais, formando um novo território: A Quarta Colônia. A experiência envolveu a criação

de uma rede de cooperação entre os municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do

Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Seca, São João do Polêsine e Silveira

Martins, institucionalizada por meio de um Consórcio Inter-municipal de Desenvolvimento

Sustentável, o CONDESUS. Partindo desta experiência, o artigo analisa a construção deste

território como meio de potencializar o desenvolvimento da microrregião. Desta forma,

observamos os elementos potencializados para a agregação de valor, inserção dos produtos no

mercado e a visibilidade possibilitada pela promoção de sinergias, entorno de uma narrativa

de pertencimento.

Patrimônio cultural da Quarta Colônia: A natureza como um cenário de diversão.

Tema

O trabalho intitulado acima busca pesquisar a natureza como uma forma de divertimento, desenvolver métodos de trabalho com as pessoas do local e principalmente demonstrar a importância do patrimônio cultural.

Justificativa

A Quarta Colônia, Área Prioritária da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, está situada entre os campos e várzeas da Depressão Central, vales dos contrafortes da Serra Geral e os campos do Planalto. Com ambientes de rara beleza esta região preserva fragmentos de uma das florestas mais ameaçadas do Rio Grande do Sul. Na Quarta Colônia, a Floresta Estacional Decidual possui uma grande diversidade de espécies vegetais e animais. São nestas matas que cobrem as serras emoldurando campos, plantações e cidade, que está o grande patrimônio da Quarta Colônia.Uma região totalmente híbrida, que tem todas as culturas que fazem a historia dessa região. Foi criada em 1877 e recebeu o nome de Silveira Martins, em homenagem ao senador gaúcho Gaspar Silveira Martins, político que defendia a imigração. O local escolhido, distante dos demais núcleos de imigração italiana, era composto por terras devolutas situadas na região central, na Serra de São Martinho, que faz parte da Serra Geral.

Os relevos, as paisagens naturais e culturais devem ser preservados pois o descobrimento de fósseis  mostra as transformações geológicas e paleontológicas de animais e plantas que contam parte da história do planeta nos últimos 250 milhoes de anos,para isso foi criado o CONDESUS(Consórcio de Desenvolvimento Sustentavel) e o PRODESUS(Programa Nacional da Mata Atlantica).

 Formada por nove municípios : Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande ,Restinga Seca, São João do Polêsine e Silveira Martins.Entre as belezas da região estão as trilhas de Piruva em Ivorá e do Diácono em Vale Vêneto,inseridas numa grande extensão de mata nativa onde são preservados bugios e aves de varias espécies ; a trilha do Xaxim em Silveira Martins com deliciosos banhos de cachoeira; a trilha do Chuvisco em Agudo, que pode ser realizada também a cavalo.O Passeio de barco no Paga Peão no município de Pinhal Grande e o ducking pelo rio Soturno.

Esta região de encontro preserva traços das tradições indígenas e as culturas vivas de portugueses, afro-descendentes,imigrantes alemães e italianos. Marcas ,materiiais e imateriais, que constituem um patrimônio que na  sua diversidade da sentido as formas de ser e fazer de seu povo.

A Arquitetura colonial é fruto da herança cultural dos imigrantes, associada a condições materiais,tecnologicase econômicas do processo de reconstrução de um novo lugar na America.Os materiais utilizados são os que a natureza disponibiliza no lugar como a madeira ,basalto,arenito e o barro para construir, mais tarde, tijolos e telhas. O desenho era sobrioe seus espaços respondiam as necessidades funcionais e praticas, sem com isso deixar de ser harmônico com o ambiente

. A Quarta Colônia foi criada em 1877 e recebeu o nome de Silveira Martins, em homenagem ao senador gaúcho Gaspar Silveira Martins, político que defendia a imigração.

É importante  citar que essa região detem um patrimônio material tão fascinante.Um deles  seria um antigo casarão na comunidade de Felisberta em Nova Palma, o imóvel foi construído por imigrantes alemães em 1936. As pedras utilizadas teriam sido arrastadas por bois até o local. Por dentro, a casa continua igual  com quartos pequenos e cozinha grande. Mas na parte externa foram feitas modificações.Também o  Centro de Pesquisas Genealógicas criado pelo Pe. Luizinho Sponchiado, que ainda o dirige.

Em Vale Veneto, mais conhecida como o centro Espiritual da colônia, onde foram colocadas algumas famílias de imigrantes que construíram um moinho e uma `bodega´. Também a construção de uma capela, no qual o proprio povo do local construio .

Em Faxinal do Soturno foram construídas duas capelas pelo povo

Segundo RIGHI

A atual igreja de Faxinal do Soturno tem antecedentes em duas capelas, lideradas, ambas, por Joao Batista Zago, que reimigrou de Novo Treviso em 1996, liderando a construção da primeira capela , 1898. Tosca ,de madeiramuito redimentar, seu terreno  foi doado por Guilhermino do Amaral. A segunda capela teve inicio em 1910, tendo como construtor o  Pe. Frederico Schwinn. Num sistema de colaboração mutua, de todo o povo, foi concluída em 1912.