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Arquitetura E Sustentabilidade

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Por:   •  10/3/2015  •  519 Palavras (3 Páginas)  •  356 Visualizações

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Arquitetura e Sustentabilidade

Vivemos em uma sociedade que preza e busca por avanços de uma maneira altamente consumista e tão ágil que não temos tempo de pensar na forma como nosso modo de vida tem afetado o ecossistema e como isso tem também, afetado a nossa qualidade de vida.

E isso se aplica a Arquitetura. Apreciamos um período de desenvolvimento tecnológico, industrial e populacional que torna crescente o aumento de resíduos gerados nos centros urbanos. Ou seja, qual o real peso de um projeto de arquitetura para a saúde do homem e do meio ambiente?

Começar pelos resíduos seria ver a explanação de maneira superficial. Antes de tudo, devem ser extraídas da natureza as matérias primas. De acordo com o professor Vahan Agopyan da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a construção civil é responsável pelo consumo de 40% a 75% da matéria-prima produzida no planeta. Levemos o cimento – cujo consumo é maior que o de alimentos - como exemplo: o primeiro passo de sua produção é extrair o calcário das pedreiras, com o uso de explosivos. Passando por todo um processo de fabricação que ocasiona em uma poeira toxica que pode levar a irritação de pele e ao câncer pulmonar. E, após o uso, acabará se tornando parte dos 3,5 milhões de toneladas de entulho que são produzidos todos os anos. O que faz da construção civil a indústria mais poluente do planeta.

São dados alarmantes. Mas não poderíamos simplesmente deixar de arquitetar. Precisamos de casas, escolas e hospitais. A solução é que os arquitetos passem a atuar em prol de um desenvolvimento sustentável na construção civil. A Agenda 21¹ busca consolidar a ideia de que o desenvolvimento e a conservação do meio ambiente devem constituir um binômio indissolúvel que promova a compatibilidade entre duas grandes aspirações da atualidade: o direito ao desenvolvimento, sobretudo para países emergentes como o Brasil onde há um cenário e expansão na área, e o direito de usufruir a vida em um ambiente saudável pelas futuras gerações (Assembléia Geral das Nações Unidas, 1992).

Planejar o destino de todo esse lixo já é de grande avanço. O próprio Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) classifica os resíduos produzidos de forma que possam ser reutilizados, armazenados ou reciclados. Mas o ideal ainda é reduzir o consumo. Podendo os arquitetos desenhar paredes e pilares mais finos, de maneira a exigir menos matéria-prima.

Existem ainda outros impactos ao meio ambiente que devem ser lembrados no processo arquitetônico, como o uso de água e energia. Segundo o United States Green Building Council², o desempenho ambiental de um projeto deve ser avaliado sobre cinco enfoques: planejamento sustentável da área construída; economia de água e eficiência de sua utilização; eficiência energética e emprego de energia renovável; conservação de materiais e fontes de recursos; e qualidade do ambiente interior.

Ou seja, é preciso pensar na arquitetura não somente como a obra que o ser humano irá vivenciar, mas como esta obra afetará em logo ou curto prazo o seu modo de vida e o meio ambiente. Criando maneiras de manter sua qualidade de vida, sem obstruir a busca pelo desenvolvimento.

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