Arquitetura Sustentavel

A RESIDÊNCIA SUSTENTÁVEL

RESUMO

Visto como responsável por fortes impactos ambientais, a construção civil ocupa na contemporaneidade um lugar de destaque na agenda de discussões que envolvem, principalmente à operação de edifícios. Em meio a crises no setor de energia e a um crescente debate acerca de formas sustentáveis de desenvolvimento, a arquitetura se apresenta como uma alternativa capaz viabilizar medidas para reduzir o consumo de energia e de propor soluções para minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente. O objetivo deste artigo é demonstrar como a arquitetura possibilita a criação de estratégias capazes de contribuir para a redução de consumo de energia, gerando economia e impactos positivos no meio ambiente.

Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Arquitetura Bioclimática; Eficiência Energética.

ABSTRACT

Thought to have strong environmental impacts, construction occupies nowadays a prominent place in the discussions involving mainly the operation of buildings agenda. Amid the crisis in the energy sector and a growing debate about sustainable forms of development, the architecture is presented as a viable alternative capable measures to reduce energy consumption and propose solutions to minimize harmful effects on the environment. The purpose of this article is to demonstrate how the architecture enables the creation of strategies to help reduce energy consumption, saving energy and positive impacts on the environment.

Keywords: Sustainable Development; Bioclimatic Architecture; Energy Efficiency.

1. INTRODUÇÃO

A discussão acerca da arquitetura sustentável configura-se como um tema que vem se tornando cada vez mais frequente na realidade contemporânea. A partir da década de 1990, observa-se que houve um crescente avanço no desenvolvimento e na aplicação de formas renováveis de água, esgoto e energia na construção civil, fator que pode ser atribuído ao aumento da população e a consequente busca por soluções para problemas derivados do aquecimento global e degradação ambiental.

Desde então, o apelo para o reequilíbrio ecológico na relação entre os seres humanos e seu entorno artificial tem sido alvo de constantes debates, por parte de arquitetos que defendem a sustentabilidade e as tecnologias verdes como “um desafio que consiste em demonstrar que a arquitetura ecológica, além de ser necessária globalmente e correta socialmente pode ser muito atraente do ponto de vista estético, conceitual e cultural” (MONTANER, 2001: 195).

No entanto, para que tais medidas se concretizem, faz-se necessária a verificação de mudanças profundas nos mecanismos de construção de projetos, o que está diretamente relacionado com o ensino da arquitetura. Colocar a discussão no âmbito acadêmico – meio preparador do fazer arquitetônico – é a maneira de estabelecer novos parâmetros para a prática da arquitetura, voltada tanto para a humanização dos espaços construídos quanto para o equilíbrio ambiental.

Neste contexto,