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As Forças Armadas Mexicanas no Combate ao Narcotráfico no Século XXI

Por:   •  22/5/2021  •  Artigo  •  471 Palavras (2 Páginas)  •  88 Visualizações

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As forças armadas mexicanas no combate ao narcotráfico no século XXI

Segundo Mendoza Cortés, com o início da “Guerra ao Terror”, conduzida pelos EUA, organizações criminosas como os “Zetas” mexicanos passaram a ser vistos como uma ameaça potencial à segurança nacional norte-americana pela possibilidade de serem empregados por grupos terroristas. Ao mesmo tempo, Astorga e Shirk apontam um aumento da violência no México ligada ao narcotráfico. Nesse contexto, a Diretiva para o combate ao narcotráfico, elaborada no Governo de Felipe Calderón orientou as ações do Exército mexicano, aumentando exponencialmente seu efetivo que em 2007 já havia chegado em 45 mil militares. Para essa decisão, muito contribuiu a grande aprovação dos militares perante a opinião pública nacional em contraste com a imagem negativa das forças policiais. O objetivo era minar a base econômica dos traficantes, inibir o uso do território nacional para os ilícitos, bem como atuar com outras autoridades visando a desarticulação da delinquência organizada.

 Os anos seguintes prosseguiram nessa tendência de protagonismo das Forças Armadas no combate ao narcotráfico. Nesse período, também não se pode deixar de citar a ajuda financeira prestada pelos EUA, denominada “Iniciativa Mérida”, através da qual foram doados, entre 2008 e 2015, cerca de 1,5 bilhões de dólares, empregados, para fortalecer o Exército mexicano e a força policial Essa ação norte-americana demonstra o profundo receio daquele governo de que a violência praticada transborde para o seu território.

Enrique Peña Nieto (2013-2018) não alterou esse panorama de emprego maciço das Forças Armadas, O Primer Informe (MÉXICO, 2013a), infere que o país está imerso em um ambiente de violência, indica a luta entre as facções como a principal causa dessa situação, e aponta os efeitos da mesma como sequestros, extorsões, execuções e agressões às autoridades constituídas.

Além disso, a Meta Nacional “México em paz”, foi implementada e visava reduzir os índices de violência no país, composta pelas seguintes atividades: 1) Erradicação de enervantes; 2) Interceptação de carregamentos; 3) Estabelecimento de um Sistema Integral de Vigilância Aérea; e 4) Execução de operações para reduzir a violência. A erradicação de enervantes continuou sendo conduzida como no período anterior, a novidade foi o emprego cada vez maior de tecnologia, como o Sistema de Administração Geoespacial, o que facilitou a localização dos plantios ilícitos. Assim como a erradicação, as interceptações seguiram o padrão já utilizado, entretanto, houve uma otimização

dos postos de bloqueio, com a diminuição de postos fixos e a utilização de postos móveis, o que deu nova dinâmica para o decurso das ações no combate ao narcotráfico local.

        Portanto, fica evidenciada a consolidação do emprego do Exército Mexicano no combate ao narcotráfico. Não só em questão organizacional, mas, a logística de material foi adaptada para fazer frente ao problema. Mais do que manter, o Exército Mexicano se tornou condutor das ações na “Guerra contra as drogas”.

Conclusão

        

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