Atividade de Aprofundamento II Diversidade Étnico Cultural

Atividade de aprofundamento (AP) – Diversidade  Étnico Cultural

Trabalho AP_II

Agora que conhecemos a respeito das Teorias da Cultura, vamos praticar o que foi aprendido.

Nessa atividade irá refletir e discutir sobre a maneira como as teorias antropológicas servem de ferramentas para a aplicação do estudo em Antropologia, ciência social cujo objetivo é o estudo do Homem e de suas obras. Ao elaborar a sua atividade, é importante pensar, nas teorias antropológicas servindo diretamente à compreensão das diversas formas de manifestação cultural em distintas organizações sociais Humanas.

Disserte (no mínimo 20 linhas) a respeito do tema proposto.

As teorias antropológicas servem de ferramentas para o estudo do homem em seu meio cultural na medida em que favorecem a visão antropológica, para compreensão das diferenças culturais existentes e nas influências externas (meio) e internas (genéticas) dos seres humanos.

     Dentre as teorias culturais têm-se: evolucionismo, difusionismo, funcionalismo, relativismo e estruturalismo.

     Essas teorias passaram a serem reconhecidas com o advento do “conhecimento cientifico” surgido na Europa no período do Renascimento Cultural e Científico (século XVI e XVII).

     O avanço tecnológico imperialista colonial europeu levou o homem a pensar de maneira etnocêntrica e eurocêntrica, isto justificava o domínio do branco europeu sobre as diferentes culturas nativas encontradas. Marcados por este pensamento desenvolveu a teoria Evolucionista, que explicava as diferenças culturais através da interpretação monogeísta e politeísta.

     Dentro desta teoria destacam-se as idéias evolucionista de Charles Darwin (1809- 1822) – e seus principais teóricos foram Edward B. Tylon, Lewis Morgan e James Frazer (séc. XIX), que se baseavam, de forma predominante, na idéia de uma linearidade da cultura humana, na qual a mesma, de forma gradativa, iria evoluindo. Havia, portanto, uma hierarquia cultural.

     Já o Difusionismo desenvolveu-se como resposta ao evolucionismo, gerando grande conflito por conta dessas idéias. Seus representantes foram Fritz Graebner, Grafton Elliot Smith, Willian Halse Rivers Rivers, séc.XIX e tinham idéias diferentes, pois alegavam a influência de correntes migratórias, deslocamento populacional para a difusão cultural. Enfatizou o contato cultural e o intercâmbio entre as culturas. Um objeto inventado podia ser transferido a idéias para outra cultura. Portanto, o progresso cultural se produz através do contato entre as culturas.

     No Funcionalismo os antropólogos pregam a queda do Evolucionismo, focalizando as culturas diversas a partir da sua própria contextualização, colocando por terra a visão eurocentrista. Passa a olhar a cultura do homem primitivo com outro ponto de vista que consiste em compreender a cultura primitiva dentro de seu próprio contexto. Cada cultura tem seu estágio de desenvolvimento. O antropólogo Bronislaw Kasper Malinowski (1884-1942), foi o precursor do funcionalismo, sendo considerado um dos fundadores da Antropologia social. Franz Boas e Malinowski em 1930 definiram a cultura como sistema humano de hábitos ou costumes adquiridos e rompem com o Evolucionismo. O antropólogo Franz Boas (1858-1942), sendo um defensor da corrente denominada Histórica, esteve entre o Difusionismo e o Funcionalismo. Representou um marco de ruptura com o princípio do evolucionismo cultural, tanto nos aspectos teóricos quanto nos práticos. Acreditava e afirmava que era muito provável que as culturas (porque acreditava na diversidade) tivessem se desenvolvido de forma independente; até sobre a própria idéia do difusionismo, de acordo com ele, não explicava totalmente as culturas. Enfim, Boas defende uma antropologia que enxergue a cultura como um conjunto de diversos fatores, como uma totalidade, algo impossível de ser resumido em leis como ocorre nas ciências biológicas.