Atps FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Artigo: Atps FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 18/3/2015 • 1.743 Palavras (7 Páginas) • 354 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar diferentes correntes filosóficas e sociológicas que tem influência sobre a educação brasileira.
A NATUREZA DA FILOSOFIA E O SEU ENSINO
Pensar em filosofia como disciplina aberta apenas, é sobretudo desvalorizar sua relevância educacional.
Em qualquer caso, as instituições de ensino — tanto universitário como pré-universitário — estão sobretudo preparadas para ensinar aos estudantes os resultados consensuais substanciais das diferentes disciplinas das humanidades, das ciências da natureza ou da matemática. As instituições de ensino procuram apresentar aos estudantes tais resultados de modo a que este possa compreendê-los e passe a dominá-los com proficiência. Ao estudante compete unicamente compreender os resultados fundamentais da sua disciplina, e eventualmente saber aplicá-los no desempenho de uma profissão associada.
Se tentarmos aplicar este modelo de ensino à filosofia, teremos de algum modo de ultrapassar a inconveniência de não podermos em boa-fé dizer aos estudantes que a teoria do conhecimento de Kant é consensual, ou que as ideias de Nietzsche sobre a ética são amplamente aceites entre os filósofos. A solução habitual procurar substituir a filosofia por outra coisa qualquer: pela história da filosofia, pelo ensaísmo literário ou pela especulação de caráter mais ou menos vagamente sociológico ou psicológico.
Qualquer uma destas estratégias visa evitar o escândalo de a filosofia não ser como as outras áreas disciplinares: não temos resultados substanciais amplamente consensuais para apresentar aos estudantes. A filosofia é uma disciplina especulativa, que lida com problemas que ninguém sabe resolver.
AS DESIGUALDADES DE UMA SOCIEDADE.
Para Moacir Gaotti, é preciso educar para um novo mundo possível, por meio de uma educação emancipadora e sustentável. Educar para conscientizar, disfetichizar, para as rupturas, para o futuro, para as justiças sociais. Uma educação de fato e efeito.
A educação para um novo mundo possível é sobretudo, a educação para o sonho, para a esperança.
Devemos pensar a educação não apenas de forma globalizada, mas sobretudo de forma planetizada. Sabendo que fazemos parte de um todo muito maior e mais amplo.
Segundo e entrevista de Jaqueline de Blasi, o sucesso das Escolas Públicas Técnicas no ENEM, se dá pelo fato de um ensino integrado e a sua transversalidade, a projetos-político-pedagógicos onde o aluno tem na pesquisa a construção de seu conhecimento. A pesquisa é fundamental por trazer para o aluno o espírito de investigação e a amplitude de deu olhar.
O ENEM , não é o fim, mas dá a resposta imediata para os níveis da educação.
A INDÚSTRIA CULTURAL INVADE A ESCOLA BRASILEIRA
A Educação no Brasil tem sido alvo de muitos estudos e pesquisas no sentido de não só descobrir seus problemas, mas, também, contribuir para a solução dos mesmos. Este trabalho procura revelar uma pequena parte da escola na sua imanência e levantar alguns pontos para reflexão dos educadores e interessados na educação brasileira.
Segundo Otaíza de O. Romanelli (1986, p. 23), a educação no Brasil é profundamente marcada por desníveis e, por isso, a ação educativa se processa de acordo com a compreensão que se tem da realidade social em que se está submerso. Nesse processo, dois aspectos se distinguem: o gesto criador ¾ que resulta do fato de o homem "estar-no-mundo e com ele relacionar-se" transformando-o e transformando-se; e o gesto comunicador ¾ que o homem executa e, assim, transmite a outros os resultados de sua experiência. Desta forma, na medida em que se transforma, pelo desafio que aceita e que lhe vem do meio para o qual volta sua ação, o homem se educa.
É, portanto, no campo das relações e transformações sociais, apontado pela autora, que caminharemos no desafio de descobrir o que acontece na escola, que permite ao nosso aluno este exercício de se educar.
Um primeiro aspecto a considerar, embora não seja novidade para quem já está inserido no meio educacional, é a existência das camadas dominantes que, com o objetivo de servir e alimentar seus próprios interesses e valores, organizam o ensino de forma fragmentada. A história da nossa Educação está marcada por momentos em que, por puro interesse da burguesia, sofremos transformações no nosso sistema escolar, com o único objetivo de atender a tais interesses capitalistas. No aforismo a ensino na esteira de Ford, Ramos-de-Oliveira (1998, p. 21-22) revela-nos uma fotografia deste fato, mostrando que se faz "moderno" automatizar vários campos e atividades:
Eis aí o ensino modernizado: grandes unidades para produção do conhecimento. Tudo segundo a ciência norte-americana pragmática e sistêmica: a escola é a grande caixa preta industrial, seu input são os alunos ignorantes, seus output são os alunos diplomados, ou melhor, alguns como produtos com o selo do controle de qualidade, outros destinados ao submercado ou simplesmente refugados. Estamos entrando no industrialismo moderno, na mecânica do fordismo.
Outra realidade que cerca a estrutura escolar é a política. Quem se aventura a entender a educação não poderá jamais ignorar as questões políticas envolvidas no processo educativo. Ela se apresenta como um jogo que procura mostrar uma realidade deformada, mais uma vez, pelos interesses dos poderosos, menosprezando o contexto social em que o homem está inserido.
Um dos instrumentos usados pela Indústria Cultural, de fácil acesso à população, é a televisão. Ela chega à escola, quer através de programas governamentais, quer através de informações veiculadas por professores, alunos, diretores e funcionários. Com isso, cria necessidades que muitas vezes não se tem, por meio dos mais diversos recursos visuais, com efeitos especiais e publicidade, com uma linguagem de sedução e convencimento, despertando o desejo de consumo. Reforçam estereótipos muitas vezes criticados por todos nós quanto a preconceitos, raças, classes sociais etc. Desta maneira, contribui para deformar a percepção da realidade, por meio da reprodução de situações que passam a fazer parte do cotidiano.
A TEORIA DE BOURDIEU COM O SITEMA EDUCACIONAL NO BRASIL.
De acordo com diversas análises feitas por Pierre Bourdieu, no recinto da sociologia da educação e cultura que deram influências a gerações de intelectuais, obtendo êxito. Seus conceitos analisados constituíram hoje moeda corrente da pesquisa educacional, repassando grande parte das análises brasileiras nas condições de produzir e distribuir bens culturais e simbólicos, incluindo produtos escolares.
Bourdieu sempre questionou a capacidade de certos grupos se apoderarem dos meios de dominação fazendo os outros aceitar suas conclusões. Para Bourdieu compreender o mundo é instrumento de libertação.
Cultura é questão de herança, passa de pai para filho. Sendo imposta pela sociedade, ou seja, classe dominante, com isso os subalternos ficam deficiente culturalmente.
No sistema de ensino fica visível o domínio cultural e linguístico, pelo fato da maioria pertencer à classe alta, obtendo um privilégio no destino escolar e profissional.
A escola é conservadora e mantém a dominação sobre as classes populares, sendo representada como um instrumento de reforço das desigualdades e como reprodutora cultural.
Bourdieu cria um trajeto analítico no domínio da sociologia da educação se opondo a ideia que reflexão é destituída de qualquer fundamento histórico.
As desigualdades frente à escola e a cultura rompem com as explicações fundadas em aptidões naturais e individuais, criticando o mito do “dom”.
Segundo Bourdieu, para que sejam desfavorecidos os mais favorecidos é necessário o suficiente que a escola ignore no âmbito de conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre crianças das diferentes classes sociais, tratando todos os educandos como iguais em direitos e deveres.
Suas análises da educação passam a pertencer ao campo da sociologia do conhecimento e do poder.
Bourdieu foi atribuído o papel de garantidor da ordem social. Já no campo educacional brasileiro ocorre de forma mais incisiva.
Bourdieu nos ensina que toda prática humana encontra-se imersa em ordem social, sobretudo essa categoria específica de práticas inerentes ao mundo acadêmico.
CONCLUSÃO
Concluímos que para compreender a natureza aberta e especulativa da filosofia é uma condição necessária para uma compreensão fecunda do seu ensino. E que para se ter uma compreensão fecunda do ensino da filosofia é necessário distinguir cuidadosamente as competências estritamente filosóficas da informação histórica, e a leitura filosófica ativa dos textos dos filósofos da sua mera compreensão.
Um dos grandes desafios da Educação do século XXI, é ter uma escola que seja igual para todos, que o ensino seja de qualidade e que o professor seja melhor remunerado, para que tenham condições de cada vez mais se capacitar e se aperfeiçoar e com isso poder prestar um serviço educacional de mais qualidade..
A proposta de uma educação para um novo mundo possível deve partir da práxis onde todo saber deve levar a transformação do indivíduo e dele a sociedade, sem discriminações e ou preconceitos.
É papel do professor, não só ensinar – como a palavra diz : indicar um caminho -,mas educar para um mundo mais justo, igual, produtivo e humano possível. Formando cidadãos críticos e não apenas mão-de-obra especializada para o mercado de trabalho para serem subjugados e hierarquia de mando e subordinação.
Seremos, então, “educadores do futuro”.
Queremos lembrar que na concepção de Adorno não temos o direito de modelar as pessoas a partir de seu exterior, nem tampouco lhes transmitir meramente conhecimentos. Já a concepção para Horkheimer delineia seus traços principais, tomando como ponto de partida o marxismo e opondo-se àquilo que ele designa pela expressão "teoria tradicional". Para Horkheimer, o típico da teoria marxista é, por um lado, não pretender qualquer visão concludente da totalidade e, por outro, preocupar-se com o desenvolvimento concreto do pensamento.
Para Bourdieu compreender o mundo é instrumento de libertação e cultura é uma questão de herança.
Ele desvenda a crueza da desigualdade social e, ao mesmo tempo ela é simulada no sistema escolar, mostrando que a instituição escolar desempenha uma grande função de produção no mundo social. Toda pratica humana encontra-se imersa em ordem social sobretudo essa categoria específica de praticas inerentes ao mundo acadêmico. Todo ser humano deve ser educado da mesma forma respeitando seus direitos e deveres.
FONTE DE PESQUISA
URL:< http://commons.wikimedia.org/wiki/File:RodinGates1252.jpg> Acesso em: setembro.2013.
URL:<http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/1968/1642> Acesso em: setembro. 2013.
<http://www.cifa.org.br/gestionale/upload/cms/elementi_portale/documentale/Novas_Perspectivas_para_a_educa%C3%A7%C3%A3o_no_S%C3%A9culo_XXI.pdf>. Acesso em: setembro. 2013.
<http://www.youtube.com/watch?v=cVPrd4WEsbA>. Acesso em: setembro. 2013.
<http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622001000200007>. Acesso em setembro. 2013.
< http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/bourdieu-e-a-educacao/>. Acesso em: setembro. 2013.
<http://www.youtube.com/watch?v=zO4QuCSMO0k>. Acesso em setembro. 2013.
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