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Atps Piscologia Social

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Por:   •  3/12/2013  •  2.572 Palavras (11 Páginas)  •  301 Visualizações

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Psicologia Social

ETAPA 1

A humilhação social é uma desigualdade de classes, trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo – em seu corpo e gestos, em sua imaginação e em sua voz – e também reconhecível em seu mundo – em seu trabalho e em seu bairro.

Neste artigo se destacaram alguns tipos de humilhação social entre eles onde fala dos moradores de bairros pobres, as pessoas que vivem nesses bairros não tendo condições de ter uma moradia melhor, e até mesmo a alimentação que sempre esta faltando alguma coisa cita o exemplo que a cozinheira, quando não está simplesmente sem comida, ressente-se da falta de panelas ou condimentos. A educação das crianças ressente-se da falta de cadernos e livros. O trabalhador impedido cita exemplo de pessoas que vão tentar a vida em outras cidades e lá se deparam com a difícil barreira de viver longe do apoio familiar, e senão trabalha não tem dinheiro para manter-se e para sua alimentação.

Os ambientes que fazem para diversão nunca pensam em comodidade da população. para os pobres, os ambientes urbanos, se não revelam suficientemente o seu desastre ecológico, revelam facilmente o seu caráter excludente, impulsivo. Para o que se beneficia de privilégios, pode não ser perceptível que os espaços citadinos, para o humilhado, carregam um sofrimento político corrosivo: são espaços imantados pelo poder de segregar, pelo poder de sempre atualizar a desigualdade de classes.

As desigualdades é uma humilhação presenciada a cada dia cita o exemplo de uma empregada domestica que quando chega em seu trabalho e tem que entrar pelas portas do fundos e essa esta em companhia de seu filho o constrangimento que ela passa diante dessa situação, mas isso é uma situação comum é o que presenciamos em nosso cotidiano.

A humilhação é uma angústia que se dispara a partir do enigma da desigualdade de classes. Angústia que os pobres conhecem bem e que, entre eles, inscreve-se no núcleo de sua submissão. Os pobres sofrem frequentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem estranha, misteriosa: "vocês são inferiores". E, o que é profundamente grave: a mensagem passa a ser esperada, mesmo nas circunstâncias em que, para nós outros, observadores externos, não pareceria razoável esperá-la. Para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar lhes, onde quer que estejam com quem quer que estejam. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes, tornas-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.

ETAPA 2

A invisibilidade social tem como principal fator de origem as crenças na menos valia, e de que o outro é uma ferramenta para ser usada, onde não é visto como um ser emocional, pensante e ativo, que exerce seu poder como fator decisivo em realidades menores e maiores no contexto pessoal, familiar, social, mundial, universal, ecológico e quântico. A invisibilidade social atende um propósito: mascarar as feridas de quem acha que não tem nada a ver com a história, “eu olho, mas não te vejo”. Ao longo dos anos, em parte por conta da pressa constante que temos, em parte por causa dos problemas que essa pressa gera em nossas mentes, ou ainda por conta dos medos reforçados pelos noticiários de constante violência, temos criado uma nova sociedade: a sociedade dos invisíveis. Não só não vemos realmente as pessoas ao nosso redor como, por muitas vezes, nos recobrimos com um falso manto de invisibilidade e torcemos para que passemos despercebidos em meio à multidão. Claro que nos desviamos de outras pessoas, como se nos desviássemos de um poste ou qualquer outro obstáculo.

Utilizamos os elevadores de nossos prédios os dos locais de trabalho e permanecemos mudos, no máximo balbuciando o andar para onde nos dirigimos.

Passamos dias, meses, anos, encontrando as mesmas pessoas nesses elevadores e sequer sabemos os seus nomes. Vamos a postos de gasolinas de nossa preferência e sequer prestamos atenção no rosto do frentista, nos limitamos a, assustadamente e apressadamente dizer: Coloca aí 20 reais, 50 reais... Completa o tanque. Pagamos em dinheiro e vamos embora, ou entregamos o cartão de crédito e ficamos dentro do carro ansiosos para sair logo dali. Saímos como entramos sequer um obrigado na maioria das vezes. Se andamos de ônibus, galgamos os degraus do mesmo e sequer olhamos para o rosto do motorista, a não ser que precisemos de alguma informação. Passamos pelo cobrador ( trocador ) como se ele fosse um robô sem vida própria.

É verdade que na maioria dos ônibus existe o aviso " Não converse com o motorista"

o que obviamente não significa " Não de Bom dia ao motorista"

Volta e meia vamos ao mercado, pegamos o que precisamos, dirigimo-nos aos caixas e nos limitamos apenas a tirar nosso dinheiro ou cartão das carteiras e pagar, como se aquela pessoa que esta ali a nos atender fosse indigna de um pequeno diálogo qualquer.

Salas de espera de médicos, dentistas, veterinários ou qualquer coisa semelhante, são hoje ambientes pra lá se sufocantes. As pessoas se ocupam de olhar para a TV quando ela existe, ou folhear velhas revistas deixadas sobre a mesa de centro. Agimos como se o fato de conversarmos com a pessoa ao lado fosse piorar a nossa situação.

Volta e meia, as pessoas, já tão acostumadas a esse manto de invisibilidade, parecem assustadas se alguém inicia um diálogo com elas. Posso lhes dizer que essa invisibilidade não é privilégio dos grandes centros, no interior isso está se tornando cada vez mais comum.

ETAPA 3

Esta obra traz à tona a exclusão dos indivíduos, o desaparecimento simbólico de indivíduos pobres com profissões que não exigem qualificação escolar ou técnica. Chamando a atenção que nem mesmo amigos o reconheceram vestido de gari. O psicólogo Fernando Braga da Costa veste uniforme e vai varrer ruas. Carrega esterco, limpa fossas, trabalha debaixo de chuva ou sol. Por causa disso, desenvolveu tendinite nos antebraços. A rotina começou há 10 anos, com um trabalho de Psicologia Social 2, disciplina que cursava na USP e que propunha aos alunos assumirem uma profissão reservada às classes pobres durante um dia. Fernando escolheu ser gari na própria universidade.

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