Aumento Do Pib

O nível de emprego industrial na região de Araçatuba se manteve com saldo positivo, no terceiro mês do ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). O resultado obtido colocou Araçatuba na terceira posição do ranking estadual de desempenho estabelecido pela entidade. Em março, o nível de emprego na diretoria regional em Araçatuba, região composta por 34 municípios, apresentou alta de 2,04%, o que significou um acréscimo de aproximadamente 1,2 mil postos de trabalho. Este foi o menor desempenho registrado para o mês de março desde 2009.

No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 7,54%. As diretorias que apresentaram os melhores resultados no Estado para o mês de março foram Jaú (3,7%) e Franca (3,36%). A regional que apresentou pior resultado foi São Carlos (-6,75%). No ano, o emprego na região tem um acumulado de 6,24%, representando um aumento de aproximadamente 3,5 mil postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -3,74%, representando uma perda de aproximadamente 2,3 mil postos.

Particularidades da Economia Local

A cidade de Araçatuba desenvolveu-se a partir de uma vila surgida no início do século XX. Inaugurada no dia 02 de dezembro de 1908 era apenas uma

parada de trem do Estado de Ferro Noroeste do Brasil. O surgimento de Araçatuba, assim como o de várias cidades da região noroeste paulista, é resultante de condições dadas pela expansão cafeeira, construção da estrada de ferro e a interiorização de migrantes. Durante o século XIX a expansão cafeeira, iniciada a partir do Rio de Janeiro, atingiu o estado de São Paulo e foi responsável pela sua integração na economia brasileira.

Este processo de ocupação das terras paulistas deu-se rapidamente porque os novos cafezais exigiam novos espaços, ocupados de forma desordenada, muitas vezes ilegal e até violenta. A produção cafeeira em expansão, pela demanda externa do produto e pela alta lucratividade que a plantação propiciava à oligarquia que investia no café, avançou sobre as terras paulistas, atingindo o oeste até as margens do rio Tietê. A região de Araçatuba foi alcançada num momento contraditório e de esgotamento da economia cafeeira, porque existia um excesso de produção e, consequentemente, de oferta do produto no exterior comprometendo o seu preço ao mesmo tempo em que ocorria a abertura de novas fazendas, pois o café continuava a ser o principal produto brasileiro estimulado pela política econômica da República Velha de valorização do café.

Ao longo dos trilhos, construídos em etapas, geralmente em clareiras deixava-se um vagão para abrigar os equipamentos e dar apoio aos trabalhadores. Em alguns destes pontos de parada implantaram-se estações, construíram-se pousadas e

armazéns atraindo aventureiros em busca de riqueza. Valorizadas, a posse destas terras será disputada por grileiros, muitas vezes registrada por vários supostos proprietários o que ocasionava conflitos armados. Os cartórios de registro de imóveis guardam a história. Os conflitos ocorreram também entre os que chegavam, atraídos pela perspectiva de enriquecimento e os indígenas que já ocupavam as terras. Estes, massacrados pela disputa, foram praticamente dizimados ou expulsos, e as matas derrubadas para dar