Auxilio Reclusão

ACOMPANHAMENTO E ESCLARECIMENTO

Uma característica comum que afeta os familiares do recluso é a questão da não aceitação da condição que em virtude do cárcere lhe atribuída. E essa não aceitação tem relação com a maneira com que sociedade olha para essas pessoas com discriminação e exclusão. Sobre o assunto:

“Quando se fala em discriminação dos presos verifica-se que esta sempre esteve e continua infiltrada, enraizada nas mentes humanas e nas instituições sociais e políticas, ocasionando a separação que afasta e nega o outro pelo fato de ser diferente e excluindo-o, mais ainda, por estar privado da liberdade. Esta exclusão é justificada pela maneira que o ser humano tem de negar e eliminar o que é diferente, o que é desigual, mesmo na medida de suas desigualdades”. (VENERAL, 2012, p. 10)

E para haver uma maior aceitação é necessária a desmistificação de determinados fatores. É preciso entender e aceitar que quem comete um crime é privado da sua liberdade. E a sua sanção deve ser dada em virtude da sua ação, ou seja, do fato ocorrido e não da depreciação do responsável pelo ato. Dessa maneira entende-se que o recluso é um cidadão e dever ser entendido como tal e aceito perante a sociedade.

A partir do momento que a imagem do recluso é desmitificada pode-se perceber que o mesmo não deixou de ser pai, filho, marido para se tornar um criminoso. E aos seus familiares torna-se possível entender que não são inferiores. Diante deste tipo de conduta será possível garantir a inclusão.

É de extrema importância a atuação do Estado na assistência dos familiares dos reclusos como é o caso do auxílio-reclusão, mas também é fundamental o acompanhamento e esclarecimento para garantir a sobrevivência dos laços familiares.

Lembrando que os abalos que sofrem uma família muitas vezes não é apenas o efeito do cárcere, fatores como o alcoolismo podem atuar nessa questão. Porém quando o motivo é o cárcere este também pode até atuar como elemento de união, pois o sofrimento de estar preso pode ser amenizado com as relações familiares de modo que ocorra integração.

Com o reforçamento dos laços familiares há uma redução da reincidência. Um bom exemplo de acompanhamento a partir de programas educativos é o que ocorre em Oklahoma nos Estados Unidos que trabalham na conscientização da importância da família durante a privação da liberdade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no exposto entende-se que a privação de liberdade imposta a uma determinada pessoa provoca prejuízos psíquicos e emocionais. E ainda afetam os que estão próximos, ou seja, os familiares. Estes sofrem preconceitos por serem da mesma família que um recluso, pois a sociedade não consegue aceitar este tipo de situação.

A família por mais que não cumpra pena no sistema penitenciário também sofre os danos da reclusão, porém são poucos os investimentos sobre o assunto no que diz respeito a resolver os problemas e preconceitos enfrentados pelos familiares.

Dessa forma acaba ocorrendo um distanciamento e os laços afetivos continuam se rompendo e poucas medidas são tomadas para que isso não ocorra. Acontece que as famílias sofrem muito e quase não se faz nada para reverter esse quadro.

Diante