Avaliação Dos Impactos Ambientais
Relatório de pesquisa: Avaliação Dos Impactos Ambientais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: susana.rocha_suc • 9/12/2014 • Relatório de pesquisa • 9.580 Palavras (39 Páginas) • 230 Visualizações
A avaliação e análise dos impactos ambientais busca identificar, os impactos das diversas ações decorrentes do empreendimento potencialmente causadoras de modificações ambientais, bem como qualificar e quantificar – quando passíveis de mensuração – estes impactos.
A metodologia do relatório foi estruturada em três etapas, compreendendo:
• Fatores geradores de impactos – consiste, na identificação dos impactos com base nas características do empreendimento, na experiência vivenciada no setor, bem como na discriminação das ações inerentes aos mesmos.
• Matriz de Identificação de Impactos - consiste, em uma listagem com a discriminação das ações correspondentes aos fatores geradores de impactos, sendo as linhas, os principais aspectos ambientais susceptíveis do empreendimento, e as colunas, a análise da possibilidade de ocorrência.
• Avaliação dos impactos – consiste, na ampliação da caracterização dos impactos e está associada a implementação dos programas e medidas mitigadoras, bem como a eficácia de sua implantação, garantindo sua prevenção, correção e compensação, como também, a potencialização dos efeitos positivos, resguardando a qualidade ambiental da área.
9.2. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
9.2.1. Emissão de Gases e Material Particulado para a Atmosfera - durante a fase de implantação do empreendimento a qualidade do ar será afetada por causa do aumento de material particulado proveniente da poeira suspensa e liberada, pelas escavações e movimento de máquinas e caminhões no local.
O aumento da poluição do ar tem como componente predominante, nestas condições, é o material particulado, essencialmente a terra, que é inerte, portanto não tóxica à população que eventualmente receba essa carga de pó, exceção feita a pessoas alérgicas. Além disso, o diâmetro médio dessas partículas é predominantemente grande, o que reduz bastante a sua agressividade à saúde. A poeira suspensa durante a obra tem um alcance bastante limitado, tendendo a se depositar rapidamente no solo, dependendo das condições climáticas. Considerando a distância entre o local do aterro e as residências mais próximas, bem como as condições topográficas que
favorecem o isolamento da área, não se verifica a possibilidade da poeira gerada nas escavações atingir a população vizinha.
Neste sentido, o efeito da emissão do tráfego de veículos de serviço nas imediações da obra e a construção da via de acesso à mesma constituem os principais componentes de potencial poluidor na fase de implantação.
O acesso à área do empreendimento deverá ser feito pelas Estradas da Roseira e do Taboão, pelo lado oeste do empreendimento, em área de ocupação bastante rarefeita. As obras de adequação viária previstas para estas vias compreenderão a regularização do greide, alargamento, drenagem e pavimentação da via rural já existente, não sendo esperado um impacto ambiental significativo na qualidade do ar, visto que as fontes poluidoras limitar-se-ão à movimentação de máquinas e equipamentos, resultando em um pequeno levantamento de poeira. Esta emissão de particulado não representa incômodos à população já que não há receptores nas imediações destas obras.
O tráfego de veículos de serviço não deverá ser de grande intensidade nas áreas urbanas mais densamente ocupadas, entre o empreendimento e a Rodovia Tancredo Neves, restringindo-se ao transporte de mão-de-obra e à chegada de materiais e equipamentos. Como as características da obra não exigem o transporte de terra para/de áreas externas ao empreendimento, pode-se concluir que o impacto do tráfego dos veículos de serviço será de pequena importância, não trazendo alterações significativas para a qualidade do ar.
Finalmente, os gases emitidos pelo escapamento dos veículos e máquinas de serviço operando dentro dos limites da gleba do CTR, dada a magnitude das obras de implantação, não serão de monta suficiente para provocar qualquer alteração mensurável nos parâmetros de qualidade do ar na região vizinha ao empreendimento.
Este impacto negativo, além de muito pequena magnitude e significância, é minimizado pelo fato desta condição ser temporária e localizado, havendo rapidamente um retorno às condições anteriores, tão logo cessem as atividades de escavação e movimento de máquinas. Deve-se lembrar, no entanto, que no interior do aterro, durante sua operação, ainda deverá seguir a operação de máquinas de escavação porém o efeito de levantamento de partículas será de intensidade bem menor.
9.2.2. Emissão de Efluentes Gasosos Gerados na Operação
A principal fonte de poluição do ar na operação do CTR é constituída pelo aterro sanitário, com suas emanações decorrentes do processo de digestão anaeróbia dos resíduos sendo, portanto, o principal objeto desta análise. No entanto, os resíduos industriais não inertes também contribuem neste sentido sendo, por isso, considerados neste estudo em conjunto com os resíduos domésticos.
No processo bioquímico de decomposição de resíduos sólidos, são produzidos basicamente 3 gases: CH4 (metano), na proporção aproximada de 60%; CO2 (gás carbônico), na proporção de cerca de 35%; e H2S (gás sulfídrico), com cerca de 0,2%, além de mais 4,8% de outros contribuintes de menor importância.
A principal importância ecológica destes dois elementos está na sua contribuição para o efeito estufa, que será tratado adiante.
Destes, o gás carbônico e o metano são substâncias que não apresentam toxicidade, enquanto o gás sulfídrico (H2S), entre os gases produzidos no aterro, é o que merece maior atenção, não tanto pela sua toxicidade (que não é significativa nas concentrações esperadas no empreendimento) mas pela geração de odor.
O efeito das emissões de gás carbônico e metano é um fenômeno de magnitude global, não se dando diretamente nas proximidades do onde é gerando. Trata-se do efeito estufa, responsável pelo aquecimento do globo terrestre em conseqüência do aumento da concentração destes elementos na atmosfera.
Para minimizar este efeito, o projeto do CTR-Caieiras previu um sistema de recolhimento e queima dos gases gerados no aterro, retirando cerca de 80% do biogás produzido nos aterros e convertendo-o em CO2, que tem um potencial de atuação no efeito estufa bem inferior ao metano.
O gás sulfídrico trata-se de uma das substâncias de odor mais acentuado e desagradável em mínimas concentrações. Níveis
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