Avaliação Psicologica

Conclusão

A visão tradicional de avaliação psicológica referentes as queixas escolares é bastante limitada.

O problema da utilização indiscriminada dos testes psicológicos, a rotulação, o problema focado

no indivíduo e o não reconhecimento das limitações do ensino e da insuficiente formação de seus

professores, são questões que aparecem de maneira muito explícita e corriqueira.

Esquiva-se de uma análise mais pormenorizada das condições de vida do aluno e mais do que isso:

são poucos os profissionais que desenvolvem uma visão histórica e crítica da realidade material dos

sujeitos, assim, a escola não consegue ensinar e, ao contrário, adoece seus alunos. Nunca constatou-

se tanta queixa escolar como atualmente e, principalmente, tantos diagnósticos de “déficts de

aprendizagem” por problemas “biológicos”.

O desenvolvimento de uma visão crítica da avaliação psicológica necessita de uma análise muito

mais ampla, que envolva a vida do aluno em todos os seus aspectos, a sociedade em que ele está

inserido, quais comportamentos são valorizados pelo seu entorno social, sua comunidade, quais são

suas reais habilidades desenvolvidas. Além, é claro de revermos a maneira de ensinar: por que a

escola adoece tanto? Onde está o problema? Quem deve adequar-se a quem: a escola ao aluno ou o

aluno à escola?

Portanto, nos deparamos com a ação e o real papel do psicólogo neste contexto, até que ponto

podemos contribuir para a qualidade do processo educativo, em especial nas escolas públicas, e qual

o nossa contribuição no processo de adoecimento de tantos alunos.