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O caso italiano: taylorismo na Itália fascista

No âmbito do debate sobre a natureza da organização do trabalho na indústria italiana o

aspecto mais tenso da análise e mais prioritário, é aquele que pretende examinar as estreitas

conexões existentes entre as relações sociais de produção e o estágio de maturação alcançado

pelas forças produtivas. Esta perspectiva nos coloca diante da necessidade de se entrever, na

trama frequentemente muito fechada da história industrial, a relação entretecida entre

desenvolvimento científico – tecnológico e produção material (ROMEO: 1961) No entanto, a

pretensão da reconstituição história da ciência mediante o resgate do desenvolvimento da

maquinaria industrial é um projeto fascinante, mas de notável risco. E quando essa remontagem

histórica é associada a um evento social ou as dinâmicas econômicas, com o adendo que a

ciência já seja potência intelectual da produção, os riscos se multiplicam. A solução para esse

impasse exigiria a paciente remontagem dialética, que objetive a apreensão do processo de

transformação do fator científico em força produtiva e, por sua vez, a sua reformulação

delineada pelas relações sociais chegando à fábrica sob a forma de máquina, que molda a

organização formal, o trabalho vivo arregimentado. A divisão social do trabalho encontra na

fábrica a sua realização e “animalidade”, diria Gramsci, mas sucumbe, enquanto as formas

organizativas emergentes propõem uma definição objetiva – cientifica à exploração

(GRAMSCI: 1971).

A história das máquinas, bem como a introdução de tecnologia, a experimentação,

pesquisa e aplicação científica no processo produtivo, revelam em que condições específicas se

deram as transformações e as novas estratificações de classe. Por isso, o exame da curva da