Burocracia e estado
Resenha: Burocracia e estado. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tayanamarqes10 • 30/6/2014 • Resenha • 1.025 Palavras (5 Páginas) • 224 Visualizações
Trabalho de Ciência Política
A Burocracia e o Estado
Este artigo objetiva apresentar o fenômeno burocrático, como forma de
administração, proposto pelo cientista social Max Weber. Relaciona burocracia ao
Estado, vendo-o como entidade máxima que governa os homens na atualidade.
Para tal centra-se nas ideias de Weber sobre a burocracia, detém-se em Hegel
que analisa a burocracia no estado e conclui-se com Chauí que vê no Estado uma
nova ratio teológica.
BUROCRACIA
Para Weber (1998), a burocracia só se consuma quando recebe a
legitimidade dos subordinados e a partir daí passa a funcionar como
administração. Nesta perspectiva, Weber vê a burocracia como forma de
dominação. Na verdade, na vida cotidiana, dominação é, em primeiro lugar,
administração.
A presença do quadro administrativo é o instrumento da instalação do
poder, pois uma dominação de uma pluralidade de pessoas requer um quadro
administrativo, que garanta a execução de ordens gerais. Por sua vez, a
legitimidade de uma dominação implica obediência à ordem recebida, como se
tivesse feito do conteúdo da ordem, a máxima de sua conduta sem levar em conta
a opinião própria sobre o valor ou desvalor desta ordem. Afirma Weber (1998, p.
138) que: Todas as dominações procuram despertar e cultivar a crença em
sua legitimidade. Dependendo da natureza da legitimidade
pretendida difere o tipo de obediência e do quadro administrativo,
destinado a garanti-la, bem como o caráter do exercício da
dominação.
Entre os diferentes tipos de dominação estudados por Weber, a burocracia
se insere na dominação legal-burocrática. Essa dominação possui um caráter
racional, fundamentado na crença da validade dos regulamentos estabelecidos
racionalmente e na legalidade dos chefes designados nos termos da lei. Assim a
relação entre dominantes e dominados se estabelece, não por vontade própria, mas por estar previsto, em estatuto, que determina quem deve mandar e quem
deve obedecer. Quem manda, assim o faz para obedecer ao estatuído. O dominante, que está apenas exercendo uma função como dever objetivo do cargo
que ocupa, deve agir impessoalmente, sem interferência subjetiva, sem
consideração a pessoas, sem influência de qualquer espécie. Deve agir de
maneira estritamente formal, segundo regras racionais.
A burocracia não é um aparelho qualquer à disposição de dirigentes
políticos; é um aparelho centralizado. A centralização diz respeito tanto ao
recrutamento quanto a administração de um pessoal colocado sob a autoridade se
não das mesmas regras, pelo menos de regras que dependem dos mesmos
princípios. E por ser centralizada é que este tipo de administração tende a uma
codificação mais ou menos rigorosa que procura dar coerência a uma massa de
leis, decretos, regulamentos prolíficos e confusos.
A burocracia é um fenômeno básico da modernidade. Este instrumental
liga-se ao processo de racionalização que marca as estruturas capitalistas a partir
da constituição de empresas de caráter racional. Ainda no dizer de Weber (1998)
o que em definitivo criou o capitalismo foi uma concepção racional que invadiu a
empresa, a contabilidade, o direito, a economia, a vida enfim.
É a burocracia, enfim, o meio racional para se atingir os objetivos transcritos
de uma organização. Embora Weber reconhecesse que a burocracia favorece uma
administração realista, ele salientou que a burocracia acaba por se transformar
numa forma particularmente racional
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