Célula tronco

Introdução.

Com o decorrer dos anos, diversas doenças, ou até mesmo o processo normal de envelhecimento fazem com que órgãos e tecidos percam as suas atividades funcionais e estruturais. Para isso, o organismo necessita repor essas áreas que foram afetadas. Um dos principais meios para isso é a utilização de transplantes, entretanto, este processo é delimitado não atendendo a grande porcentagem da população no Brasil. A partir disso, começou a serem utilizadas pesquisas envolvendo células-tronco, que tem um poder ilimitado de diferenciação celular, ajudando a repor os órgãos que foram afetados.

As principais células-troncos (CT) estudadas são as células-tronco adultas que se originam na medula óssea, consideradas multipotentes por dar origem a vários tipos de célula de uma linhagem.  Além das células-tronco adultas, temos as células-tronco embrionárias, que tem a capacidade de originar as três camadas embrionárias (ectoderma, mesoderma e endoderma) e a mais estudada até então.

Embora, seja nítida a restrição do uso de algumas pesquisas envolvendo células-tronco em nosso país, este cenário vem se modificando. “De 2005 a 2008, antes da liberação das pesquisas, as investigações realizadas aqui faziam uso de CT embrionárias (CTE) humanas advindas de laboratórios norte-americanos.” (Revista da biologia, Brasil e as pesquisas com células-tronco: visão geral). Isto se modificou com a criação da Lei de Biossegurança em 2005, que autorizou esta utilização, antes proibida.

A partir disso, o trabalho relata as principais pesquisas de células-tronco e os avanços que o Brasil vem realizando, assim como também as implicações com o cenário jurídico.

Principais pesquisas do Brasil com célula-tronco.

O tema célula-tronco no Brasil começou a ter andamento a partir da Lei de Biossegurança em 2005, que autorizou o uso de células-tronco embrionárias, abrindo novas áreas de conhecimento incluindo, por exemplo, biotecnologia envolvendo produtos geneticamente modificados, que utiliza embriões congelados.

Embora a autorização para a utilização de CT’s só foi em 2005, importantes pesquisas aconteceram antes desta data. Em 2001 com a inauguração do Primeiro Banco de Células de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário foi possível investigações de bioengenharia tecidual e o desenvolvimento de pesquisas pré-clínicas, voltado para o tratamento de doenças degenerativas.

Em 2005, as pesquisas tiveram um avanço significativo que fortaleceu os grupos de pesquisas que promoveram de técnicas terapêuticas utilizando CT’s.

“Recentemente, em Curitiba, foi inaugurado o centro de pesquisas em células-tronco, na área de Cardiologia do Hospital de Clínicas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).” (Hemo em revista, Como o Brasil avançou nos estudos de céulas-tronco). O mesmo realizou o primeiro implante em um paciente com cardiopatia dilatada, assim como o Hospital de Clinicas da Faculdade de Medicina em Ribeirão Preto, SP, realizou um estudo que obteve êxito em tratamentos de pacientes com diabetes tipo I, com a infusão de células-tronco hematopoiéticas, após uma quimioterapia.