CONCEPÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1960 A 1980 E O SERVIÇO SOCIAL
Por: Cristtyan Arms • 26/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.953 Palavras (8 Páginas) • 292 Visualizações
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO ....................................................................................4
2.0 DESENVOLVIMENTO .......................................................................4
2.1 Características das políticas sociais brasileiras no período de 1960 a 1980 e posturas do serviço social frente às políticas sociais nesse período.................................................................................................... 4
2.2 O comportamento dos profissionais de Serviço Social no período de 1960 a 1980............................................................................................................. 6
2.3 Considerações da psicologia social ...................................................... 8
3.0 CONCLUSÃO ......................................................................................9
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 9
1.0 INTRODUÇÃO
A oficialização da função do profissional da área de Assistente Social é uma conquista recente, do século passado, se levar em conta a comparação com outras profissões. No final do século passado alguns acontecimentos marcaram essa atividade. Nessa perspectiva, O objetivo deste trabalho é meditar sobre alguns aspectos do desenvolvimento histórico social do Brasil entre os anos de 1960 a 1980, para isso, esse trabalho irá se deter sobre os desdobramentos das políticas sociais e aprimoramento do serviço social e a postura dos profissionais dessa área.
Está estruturado em quatro principais elementos que compõem esta análise, no primeiro momento será observado algumas características das políticas sociais brasileiras nesse período, e também as posturas do Serviço Social mediante as políticas sociais naquele período; ainda será analisado sobre o comportamento do grupo (Assistentes Sociais) no período de 1960 a 1980. Concluindo a parte do desenvolvimento, será apresentado o parecer da psicologia social
O trabalho se encerra com a conclusão, e para assim proceder, adota-se a forma crítica, abordando o posicionamento brasileiro do período acima mencionado.
2.0 DESENVOLVIMENTO
2.1 Características das políticas sociais brasileiras no período de 1960 a 1980 e posturas do serviço social frente às políticas sociais nesse período.
O Serviço Social teve o seu reconhecimento a partir do governo do presidente Juscelino Kubitscheck, todas as áreas, inclusive a social receberam desenvolvimento. O Plano de Metas, desse governo propunha desafios ousados “cinqüenta anos em cinco” foi um grande desafio que não se via há muito tempo. A teórica Pereira-Pereira (1987) afirma que Nesse governo, marcado por um ambicioso sonho nacional – desenvolvimentista de trazer para o país, em cinco anos, um progresso equivalente a cinquenta anos de crescimento industrial, a política social só teve vez como peça subsidiária a realização desse progresso. Não à toa, a educação contida no Plano de Metas do governo Kubitscheck visava quase tão somente preparar recursos humanos para empresas estrangeiras que aqui se estabeleceram, sobretudo as do ramo automobilístico.
Essa proposta de trabalho seria logo interrompida pois, ao término do seu governo em 1961, não durou muito tempo para aquilo que havia sido planejado ser congelado. Três anos após, com a Ditadura Militar, esse projeto é interrompido e o Brasil começa no acentuado declínio num processo de recessão. Oliveira (2010) apud Revista Serviço Social e Sociedade, explica que No período da ditadura militar, instituída com o golpe de 1964, a política social foi amplamente utilizada como compensação ao cerceamento dos direitos civis e políticos, praticado pelo Estado, que, graças à existência à época de um ciclo econômico expansivo internacional, deu continuidade à industrialização desenvolvimentista no país. E isso explica, de acordo com Oliveira (2010), a ocorrência de um avanço capitalista interno “em suas formas mais violentas”.
Sader (2008) apud Revista Serviço Social e Sociedade, número 112 (p.733) comenta que a frase contida na bandeira nacional (Ordem e Progresso) nunca foi tão cultuada, pois em nome dessa “Ordem e progresso” faziam absurdos. Essa atitude adquiriu uma forma tão específica que foi um aspecto que diferenciou as ditaduras militares do Brasil das de outros países da América Latina, e nesse processo, vê-se que o Estado ditatorial que se implantou nos anos 1970 conviveu com a recessão econômica, dada a coincidência de sua implantação com “o início do longo período recessivo do capitalismo internacional”.
Há um movimento de renovação na profissão, nesse período, 1960 a 1970, que se expressa em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo Serviço Social se laiciza e passa a incorporar nos seus quadros segmentos dos setores subalternizados da sociedade. E dessa forma estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo combativo e classista que se revigora nesse contexto. Profissionais ampliam sua atuação para as áreas de pesquisa, administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais, além das atividades de execução e desenvolvimento de ações de assessoria aos setores populares, segundo o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/7ª região – RJ).
O Serviço Social, somente a partir dessa data é que começa a se desenvolver, embora a criação da profissão tenha sido na década de 30 desse mesmo século. Nessa época o profissional da área pouco se podia fazer, pois a liberdade era represada pelo regime militar que nessa década (70 / 80) teve o seu ápice de crueldade. Quando surge o ato institucional (AI-5) que dava poderes sem limites para o Estado punir como bem lhe parecesse aqueles cujas suas atitudes fossem interpretadas como subversivas. E Bulla (2003, p.10) confirma essa teoria e afirma que
Com o golpe militar de 1964, esses Assistentes Sociais, como muitos brasileiros que lutaram pela transformação social, sofreram a repressão do regime. No Brasil pós-64, as alterações no modelo econômico haviam redefinido e reforçado seus laços de dependência em relação aos países industrializados. Os investimentos de capital estrangeiro no País permitiram, entretanto, uma grande dinamização de sua economia, com conseqüente reorganização administrativa, tecnológica e financeira.
Ainda Pereira-Pereira apud Revista Serviço Social e Sociedade, número 112 (p.733) aponta também outros indicadores, e diz que: com efeito, em meados dos anos 1970, ao findar o ciclo expansivo da economia internacional, iniciado no segundo pós-guerra, todo o mundo capitalista conheceu uma nova crise, que se revelou estrutural e se prolonga até os dias de hoje, crise esta causada por desequilíbrios entre sobre acumulação e consumo e pela transformação do excedente produzido pela economia real em capital financeiro. Sendo assim, percebe-se a dificuldade do profissional de área de Serviço Social desenvolver suas funções para qual ele foi designado.
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