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CONSTRUTIVISMO E ALFABETIZAÇÃO: UMA NOVA VISÃO DE ENSINO NA PRÉ ESCOLA

Trabalho Escolar: CONSTRUTIVISMO E ALFABETIZAÇÃO: UMA NOVA VISÃO DE ENSINO NA PRÉ ESCOLA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/3/2015  •  6.052 Palavras (25 Páginas)  •  403 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista o que acompanhamos atualmente na Educação Nacional, uma educação muito voltada- ainda que no século XXI- para uma forma tradicional de ensino, iremos procurar mostrar neste trabalho a importância de o professor adotar em sua sala de aula a abordagem construtivista: onde a educação se baseia na construção da aprendizagem por parte do educando. Quando o professor se coloca como mediador do processo de aprendizagem, seu aluno desenvolve a consciência de que é o principal responsável pala construção do seu conhecimento ao longo da vida escolar. O educando tendo autonomia para desenvolver-se na vida escolar, terá autonomia também para desenvolver-se em estudos posteriores, flexibilizando-se para outras esferas da vida social.

Veremos ainda como educadores renomados como Piaget, Wallon, Vigotsk e outros viram a educação, quais suas ideias e teorias.

Faremos uma retrospectiva das mais variadas Leis que citaram a educação infantil ao longo dos anos e das décadas. Das leis que falaram pela primeira vez até as mais atuais, o que dizem, o que defendem, leis tais como: Constituição de 1988, as LDB’s 4.024 de 1961, 5.692 de 1971 e a atual Lei que rege a Educação nacional 9.394 de 1996, passaremos ainda dando uma pincelada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI).

Procuraremos por fim mostrar a importância do construtivismo na Educação Infantil, mostrar que a criança que inicia sua vida escolar numa abordagem construtivista terá autonomia para construir o seu conhecimento ao longo de sua vida.

2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ao longo da História da Educação podemos observar um grande número de pensadores que já viam no construtivismo (suas formas de pensar coincidiam com o pensamento construtivista) uma saída para a educação. Podemos fazer essa análise nos pensamentos a seguir:

2.1. Freinet

Celéstin Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896 no Sul da França e faleceu no ano de 1966. Iniciou seus estudos na escola normal e com o início da Primeira Guerra em 1914, teve seus estudos interrompidos.

Ao participar dos vários combates na Guerra, sofreu a ação de gases tóxicos que comprometeram seus pulmões, passando muitos anos em hospitais. Após passar tanto sofrimento, resolveu dedicar sua vida a uma causa nobre: a de educar crianças e, isto o fez em uma escola instalada em péssimas condições físicas.

Por não haver terminado seu curso normal faltava a Freinet a experiência pedagógica e, consciente de sua necessidade, baseou-se nos educadores de seu tempo, Russeau e Pestalozzi. De posse desses estudos, foi nomeado a exercer a função de professor, no Sul da França. Ele não mediu esforços no sentido de descobrir e inventar novas formas de ensino. Segundo ele, a escola deveria modernizar-se e melhorar as suas técnicas para as crianças se relacionarem melhor com a vida.

Ele acreditava que o conhecimento da realidade existencial da criança é a base e fundamento para a ação e o princípio pedagógico para o professor. Aos pais e à escola, em constante harmonia e integração, cabe acompanhar o desenvolvimento da criança; a aprendizagem acontece na relação “aprender fazendo”. Segundo ele, a educação objetiva a formação de crianças questionadoras do mundo, ou seja, das formas sociais do presente, para transformá-la; os jogos e as brincadeiras sejam adotados como forma de provocar o desenvolvimento, na criança, da responsabilidade, dos hábitos de participar, observar, fazer, criar, relatar, imaginar, ir à busca de algo, concluir e gostar do que faz; as propostas de aprendizagem se apoiem na segurança, na vontade, na humildade do professor, capaz de garantir a serenidade e a afetividade entre seus alunos e colegas; as experiências de aprendizagem sejam discutidas e documentadas: oficinas de trabalhos manuais e intelectuais; projetos e contrato de trabalho, fichários (de diferentes áreas e finalidades) e cooperativa escolar; as propostas pedagógicas orientem as atividades, segundo: comunicação- afetividade-coperação-documentação; as experiências de aprendizagem englobem e harmonizem preparação técnica e formação moral e social, possibilitando às crianças compreender, refletir e julgar a condição e a vida que as circunda.

2.2 Froebel

Friederich Froebel, alemão que viveu no período de 1782- 1852 é figura de destaque no cenário educacional dos tempos modernos. Sofreu grande e profunda influência de Pestalozzi, mas apesar dessas influências tornou-se crítico do próprio Pestalozzi e independente do mestre formalizou seu próprio princípio educacional (NICOLAU, 1986, p.31).

Em 1837, surgiu o Jardim de Infância Kindergarten, onde as crianças eram consideradas plantinhas de um jardim cujo jardineiro seria o professor ( NICOLAU, 1986, p.32).

O Kindergaten tinha como objetivo maior ajudar a criança expressar-se e desenvolver-se. Por esse motivo, valorizava o gesto, o canto e a linguagem.

Froebel defendia a ideia da evolução natural da criança e enfatizava a importância do simbolismo infantil. Considerava que o desenvolvimento verdadeiro provém de atividades espontâneas e construtivas.

Ele dizia que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, que as atividades infantis se tornam cada vez mais diferenciadas à medida que a criança evolui que o brinquedo é a mais elevada etapa do desenvolvimento humano nesse período: confere contentamento, liberdade, repouso interno e externo, paz com a humanidade. É preciso segundo ele que o aluno, em contato com natureza, seja o principal agente de seu desenvolvimento, que as experiências de aprendizagem envolvam auto-expressão no jogo, na educação física e na dramatização, como forma de estimular a espontaneidade, o exercício da atividade criadora e produtiva e como a preparação natural para o trabalho. Sejam privilegiados exercícios sensórios- motores ( pintura, desenho, recorte, colagem, bordado) através do uso do material pedagógico: “dons” e “ocupações”, utilizando sólidos geométricos, gravuras coloridas e trabalhos manuais. Neste caso compete ao professor ser estimulador do desenvolvimento infantil, de suas capacidades e atividades.

2.3. Wallon (1879-1962)

Henri Wallon nasceu na França em 1879. Viveu toda sua vida em Paris, onde morreu

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