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CRM Cockpit Resource Managment

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Por:   •  23/3/2015  •  11.879 Palavras (48 Páginas)  •  352 Visualizações

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CRM

CREW RESOURCE MANAGEMENT.

Cop. FERNANDO COSTA - VASP

Sumário.

1.0 – Introdução

1.1 – Nasce o CRM

1.2 – A evolução do CRM

1.3 – Finalidades do CRM

1.4 – Não é finalidade do CRM

1.5 – Áreas de abrangência do CRM

1.6 – O que são recursos disponíveis

2.0 – Comunicação

2.1 – Briefar

2.2 – Ser claro e objetivo

2.3 – Perguntar

2.4 – Saber ouvir

2.5 – As críticas e as autocríticas

2.6 – Ser um tripulante assertivo

2.7 – Checklists e Callouts

3.0 – Relacionamento interpessoal

3.1 – Liderança

3.2 – Como consolidar a tripulação

3.3 – Pessoas são diferentes

3.4 – O conhecimento próprio e o controle de sí mesmo (autoconsciência)

3.5 – Administração de conflitos

4.0 – Consciência Situacional (CS)

4.1 – Alimentação

4.2 – Administração do estresse e da fadiga

4.3 – O fator distração

4.4 – Complacência

4.5 – O gerenciamento da carga de trabalho

5.0 - O processo decisório

5.1 – O modelo PROA

5.2 - O fator ERRO

5.3 – O fator violação

5.4 – Informando decisões

6.0 – Proeficiência técnica

6.1 – Manter a habilidade

6.2 – O conhecimento técnico

6.3 – Regulamentos e normas

6.4 – A padronização do tripulante

7.0 – Relatórios de acidentes

1.0–Introdução.

Voar sempre foi um sonho do homem que devido a sua persistência conseguiu realizá-lo, inserindo-se em meio às aves nos céus. As centenas de desenhos em pranchetas, projetos, muito estudo e tempo, fizeram com que o homem atingisse sua meta e construísse a máquina chamada de “aeronave”.

Em pouco menos de cem anos, as aeronaves passaram por um processo tecnológico muito grande e complexo, e dos rústicos, pequenos, e leves modelos entelados e impulsionados a hélice, passamos a admirar os fascinantes gigantes de metal, empurrados por turbinas a jato, que deslizam por sobre o tapete azul do céu com extrema sutileza e beleza.

Mas por trás deste cenário belo que nos é descrito, há muita tecnologia e trabalho humano que ficam ocultos neste instante de deslumbre, porém nunca se separam do vôo. Mas nem sempre, tanto na aviação como em qualquer outra área, tudo corre bem; devido à sua complexidade, a aviação exige um alto grau de proficiência técnica de quem se envolve com ela, e quando ouvimos nos noticiários que uma aeronave se acidentou, é muito difícil estabelecer de imediato uma causa ou causas para tal, mesmo porque, um acidente aeronáutico envolve centenas de fatores humanos, materiais e técnicos que se interagem simultaneamente no decorrer de um vôo, visando o mesmo objetivo. Voar com segurança!

Em fevereiro de 1989, uma aeronave Boeing 747 cargueiro, de bandeira koreana, procedente de Cingapura com destino à Kuala Lumpur (33´de vôo), iniciou sua descida para pouso. Após receber sua autorização para realizar a descida NDB para a pista 33, descer para a altitude de 2.400 ft e iniciar os procedimentos devidos, o Cmte. do vôo, o (primeiro oficial) F.O, e o (engenheiro de vôo) F.E, continuaram em voo suave e estabilizado até virem a colidir com o solo na fase de aproximação final para a pista, a poucas milhas da cabeceira. Os destroços da aeronave se espalharam por uma área de 1,5 milhas e todos os três ocupantes morreram.

O falecimento de todos os ocupantes e a perca total da aeronave também foi o saldo deixado por um outro acidente aéreo, mas neste, nós não precisaríamos ter ido tão longe, como o de Kuala Lumpur acima. Em novembro de 1991, um C-95 da Força Aérea Brasileira, pilotado por um oficial com mais de 8.000 horas de vôo e tendo como co-piloto outro oficial com mais de 4.000 horas, colidiu com elevações. Durante a descida para pouso em Guaratinguetá – SP.

O que há de comum nesses dois acidentes aéreos e em tantos outros que ocorrem todos os dias ao redor do mundo? Bom, estatísticas apontam para um problema que a cada dia, cresce de forma preocupante, a falha de “gerenciamento de tripulação – CRM”, ou seja, as tripulações não aplicaram os conceitos de gerenciamento dos recursos disponíveis na cabine, muito provavelmente por nunca terem sido orientadas a respeito. Em muitas ocasiões, o “interface” homem-máquina, sua dinâmica e as complicações derivadas do mesmo, caso não haja uma relação de gerenciamento entre os envolvidos com o vôo, os sistemas, e os recursos que podem ser utilizados para se manter padrões de um vôo seguro, nem mesmo é compreendido por uma tripulação em sua íntegra, fazendo com que partindo deste princípio da não compreensão, os acidentes estejam muito mais propensos a ocorrer.

1.1 - Nasce o CRM.

Desde os primórdios da aviação, os acidentes aéreos são uma preocupação mundial. Não só pelas perdas de vidas e equipamentos, mas também pela repercussão negativa dos mesmos para os operadores de aeronaves e o mercado mundial, tendo em vista que em alguns países a aviação é tida como até a segunda maior provedora de renda ao mesmo; mas não

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