Calculo 2
Dissertações: Calculo 2. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: regy04 • 23/5/2014 • 9.614 Palavras (39 Páginas) • 278 Visualizações
Cálculo de Paredes de Contenção
Capítulo 33
Cálculo de Paredes de Contenção
Tricalc.18
Âmbito de aplicação
Este módulo permite o cálculo, comprovação e dimensionamento de Paredes Contínuas de Betão Armado ou de Estacas prancha metálicas e de Paredes descontínuas de Estacas de Betão Armado. Podem-se calcular de forma isolada ou formando parte de uma estrutura completa.
Introdução
O módulo Tricalc.18 de cálculo de paredes de contenção permite o cálculo deste tipo de elemento de contenção de forma integrada com os restantes elementos da estrutura. Contempla-se o cálculo global de todas as paredes de uma estrutura e, no caso mais simples de calcular, só uma parede de forma isolada do resto da estrutura, ainda que neste caso o processo de definição seja mais laboroso dada a necessidade de definir manualmente as cotas das lajes e as acções que a estrutura transmite à parede em estado de serviço.
Vantagens da definição integrada das paredes e da estrutura
O processo de trabalho recomendado quando se tem uma estrutura com paredes de contenção é a definição da estrutura, incluindo todas as lajes tanto abaixo da rasante como sobre a rasante, bem como todas as suas acções, quer sejam sobre barras ou em lajes. Com este sistema ter-se-ão as seguintes vantagens: As lajes em contacto com as paredes são consideradas para o cálculo das fases de execução das paredes. Não é necessário definir a sua cota, espessura ou rigidez, uma vez que na fase de definição da parede de contenção estes
dados são recuperados directamente da laje. É possível vincular estes dados de forma que, ao modificarem-se as lajes e ao recalcular as paredes de contenção, os dados das lajes se actualizem de forma automática.
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Manual de instruções Tricalc 6.4 As acções que as lajes transmitirão à parede de contenção na fase de construção e em serviço, calculam-se de forma automática. As acções dos pilares na cabeça da parede de contenção consideram-se de forma automática para o cálculo da parede e da viga de coroamento. A definição do apoio ou união dos elementos da estrutura com a parede de contenção é automática. Caso se realizem dois modelos independentes, o da estrutura e o da parede, será necessário definir manualmente todos os apoios das lajes e barras abaixo da rasante. Nas lajes em contacto com as paredes de contenção, modifica-se automaticamente a posição das vigas de laje de bordo, já que a execução da laje realiza-se após ter sido construída a parede de contenção. A medição da parede de contenção obtém-se de forma detalhada com a medição dos restantes elementos da estrutura. Nas folhas de composição de desenhos podem introduzir-se os desenhos da armadura das paredes de contenção com os dos outros elementos Nas folhas de composição de desenhos em que se seleccione a opção de desenhar os quadros de armaduras incluem-se num único quadro as armaduras de todos os elementos. Considerando o processo construtivo da parede de contenção, há que ter em conta que as paredes se
construirão em primeiro lugar e, uma vez terminadas, realizar-se-á a construção das lajes, barras ou muros abaixo da rasante. Ainda que se definam elementos em contacto com a parede, o programa suporá sempre que a execução da parede se realiza antes de qualquer outro elemento e portanto, considera-se a parede de contenção exclusivamente travada pelas lajes, pelos elementos auxiliares de travamento (por exemplo estruturas metálicas reticuladas provisórias que travam paredes opostas, etc;) e pelas ancoragens.
Relação entre as paredes e o resto da estrutura
Ainda que com o programa seja possível o cálculo de uma parede de contenção de forma isolada, o habitual será que as paredes sejam mais um elemento da fundação de toda a estrutura. Será importante então entender o que supõe esta união das paredes de contenção com o resto da estrutura, tanto face ao cálculo da própria parede como face ao cálculo de esforços da estrutura. Devido à sua especial tipologia, as paredes de estacas prancha metálicas não costumam utilizar-se como elemento de apoio de outros elementos estruturais. Carecem inclusive de uma viga de coroamento. Portanto não será de aplicação o indicado neste apartado.
Que implicações tem a estrutura no cálculo das paredes de contenção
Os únicos elementos da estrutura que podem afectar o cálculo (e dimensionamento) das paredes de contenção são as lajes (aligeiradas, fungiformes ou maciças) que se vinculam à parede e os pilares ou paredes resistentes que nascem da viga de coroamento
(será preciso activar a opção específica de vinculação das acções no coroamento). Quando se vincula uma laje à parede de contenção como elemento de apoio, é necessário que exista uma barra ou viga de laje em comum, mesmo que não seja necessariamente horizontal. Para o cálculo da parede de contenção o programa obtém os seguintes dados:
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Cálculo de Paredes de Contenção
Cota a que se situa a laje. Espessura da laje. Rigidez axial por metro linear. Para esse efeito avalia-se a expressão E · A / L, sendo:
E o módulo de Young correspondente ao betão da laje. A a área útil por metro de laje. Por exemplo, nas lajes aligeiradas de vigotas, só se considera a
parte da laje superior (capa de compressão).
L
a metade da distância ao bordo oposto da laje.
Acções e momentos na fase de construção. Para a sua correcta avaliação já deve estar calculada a estrutura. Obtêm-se como 70% da reacção média (por metro) calculada ao longo da linha de intersecção "laje – parede de contenção" correspondente às hipóteses do peso próprio e acção permanente. Como caso especial, quando a laje se situa no coroamento da parede de contenção, descontam-se as solicitações dos pilares que nascem na referida viga, uma vez que estas formam parte das acções do coroamento. Acções e momentos na fase de serviço. Semelhante às anteriores, porém calculadas como a envolvente
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