Cana De açucar
Ensaios: Cana De açucar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucassrocha • 18/2/2014 • 7.205 Palavras (29 Páginas) • 373 Visualizações
Cana de açucar
1-introdução: ¬
Quase metade da produção mundial de cana-de-açúcar é assegurada atualmente por quatro nações das Américas: Brasil, Cuba, México e EUA. Açúcar e álcool são produtos estratégicos para a economia brasileira. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e açúcar e exportador de açúcar e álcool. A área cultivada com cana no país é de aproximadamente, 6,5 milhões de hectares. A Produção com tecnologia avançada e as características climáticas e de solo ideais para o plantio dessa cultura fazem com que o custo brasileiro de produção seja o menor (cerca de 50%) em relação aos concorrentes. Na produção mundial de álcool o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. O álcool produzido no Brasil obteve uma grande valorização nos últimos anos, por ser uma alternativa de energia renovável, limpa e não poluente. Vários países (USA e Japão) já mostraram interesse em promover a mistura de álcool na gasolina, como é feita atualmente no Brasil. Tradicionalmente, os Estados de Pernambuco e Alagoas, pela região Nordeste, e São Paulo e Rio de Janeiro pela região Leste, são os maiores produtores de cana-de-açúcar, com produtividades agrícolas médias variáveis de 45 a 70 toneladas de colmo por hectare, por ano, conforme o clima, o solo e o nível de tecnologia empregada em cada região ou propriedade rural. Minas Gerais possui 29 usinas de açúcar e de álcool em produção.Ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, atrás de São Paulo e Paraná, com uma previsão de produção para a safra de 2007/2008 de 38milhões de toneladas. Essa produção concentra-se, principalmente no Triângulo Mineiro, que responde por 70% da colheita de cana-de-açúcar, seguida do Sul de Minas Gerais e região Oeste do Estado.
2 – CLASSIFICAÇÃO BOTANICA DA CANA-DE-AÇÚCAR:
Pertence a família Gramíneae(poaceae) e gênero Saccharum sendo este gênero composto peles seguintes espécies:
Saccharum officinarum que é conhecida por cana-nobre, por apresentar elevado teor de açúcar ,colmos grossos (3,5cm de diâmetro), exigentes em clima e solos, é uma das espécies que mais contribui com genes para as cultivares atuais . S. spontaneum é uma espécie que é muito importante na rusticidade (resistência a clima, pragas e doenças da cana). S.robustum , é bastamte semelhante a S. oficinarum, diferindo principalmente no tamanho do colmo que pode chegar até 10m de altura e outras espécies (S.sinense e S.barberi) cultivadas no passado também contribuíram para a formação das variedades atuais.
3 - CRACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA PLANTA:
Como a maioria das gramíneas a cana-de-açúcar desenvolve formando touceira. A touceira é constituída por uma parte subterrânea (raízes e rizomas) e uma parte aérea (colmos, folhas e inflorescência).
a) SISTEMA RADICULAR: É do tipo fasciculado (cabeleira), muito bem desenvolvido. As primeiras raízes originam dos primórdios radiculares, localizado na zona radicular do entrenó (internódio), são chamadas de raízes de fixação e tem também a função de absorver água e nutrientes.O sistema radicular da cana-de-açúcar é bem distribuído ao longo do perfil do solo, mas com raízes de diferentes tipos. Nos primeiros 30 a 40cm do perfil do solo concentram-se as raízes superficiais ou fibrosas, que sãos bastante ramificados e extremamente absorventes. As raízes de fixação atingem profundidades maiores, ultrapassando facilmente 50cm de profundidade, mas sua função não é exclusivamente de fixação, pois pode perfeitamente absorver água e nutrientes, com menor eficiência que as superficiais. Finalmente, atingindo grandes profundidades, superior a 5m no perfil do solo, estão as raízes cordão. Estas raízes são muito importantes na absorção de água, e explicam a razão da cana exigir solos profundos para seu cultivo. Cada perfilha possui um sistema radicular próprio. Assim a medida que aumenta o perfilhamento, aumenta também o sistema radicular , renovando a cada corte da cana.
b) RIZOMAS:
É a parte subterrânea dos colmos. Os rizomas são divididos em nó e entrenó e possuem gemas. As gemas dos rizomas são responsáveis por uma nova brotação, após cada corte a que é dado no canavial.
c)CAULE: É tipo colmo, dividido em nó e entrenó. As folhas partem do nó. No nó encontramos a cicatriz foliar (resto da inserção da folha no colmo). A zona radicular (região cheia de pontos que dão origem às raízes), a gema que dá origem à planta e o anel de crescimento responsável pelo crescimento de cada entrenó. O entrenó pode ser cilíndrico, barril, carretel e cônico.
d) FOLHAS:
Dispostas alternadamente no colmo, uma para cada nó e se divide em duas partes: bainha e limbo foliar. Em algumas variedades a bainha está coberta por pelos curtos e rígidos chamados de joçal. A presença de joçal não é interessante em cana forrageira destinada a alimentação de animais.
e) INFLORESCÊNCIA:
A flor é hermafrodita, mas não há a formação de sementes, pois o pólen é inviável devido às condições climáticas adversas no período do florescimento (junho e julho). Condições favoráveis são encontradas no litoral, principalmente o litoral do nordeste. Do Ponto de vista agronômico, a ocorrência de florescimento implica em uma redução do teor de sacarose e aumento do teor de fibras.
4. A PLANTA E O CLIMA:
A cultura da cana-de-açúcar é propagada vegetativamente, isto é, através do plantio de colmos maduros, que são cortados em pedaços menores, con¬tendo 2 a 3 gemas, conhecidos como toletes,roletes ou rebolos.Plantando-se mudas de boa qualidade e as condições de clima e solo sendo favoráveis ,cada to¬lete poderá dar origem a uma touceira de cana.Após o plantio, inicialmente ocorre o cres¬cimento e desenvolvimento das primeiras raízes, as quais saem da região do nó, onde se encontra a ge¬ma. Quase que ao mesmo tempo inicia-se a fase de brotação da gema, isto é, a gema que é um caule ou colmo em miniatura, começa a crescer e a se desen¬volver numa estrutura conhecida como broto da ca¬na.Decorridos 20 a 30 dias do plantio, já se pode observar a brotação da cultura no campo, con¬siderada como boa quando se consegue algo em torno de 50% de brotação.Uma vez fora da terra, cada brota conti¬nua o seu crescimento formando o primeiro colmo da nova planta, sendo por isso chamado de colmo pri¬mário. Após um certo tempo de crescimento do colmo primário, algumas
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