Capital de risco no Brasil
Seminário: Capital de risco no Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: alves.s • 19/9/2014 • Seminário • 5.676 Palavras (23 Páginas) • 309 Visualizações
II Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT’2005
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Capital de Risco no Brasil – Atritos e Convergências
Palavras-chave: Capital de risco, Finep, Fórum Brasil Capital de Risco, empresas de base
tecnológica, inovação, investidores, fundos de investimento, atritos e convergências.
Resumo: este artigo tem base em estudo sobre a indústria de capital de risco no Brasil – a
partir da visão de empreendedores e investidores -, do qual participaram dez empresários,
quatro gestores de fundos de capital de risco, além de especialistas de mercado. O capital de
risco (ou venture capital) é prática recente no país, e se caracteriza pelos seguintes aspectos: o
investidor aplica o dinheiro num fundo de investimento, que o destina, por sua vez, a uma
empresa, mediante participação acionária. O gestor do fundo de investimento pode participar
diretamente na gestão das empresas, agregando-lhe seu conhecimento e expertise, ampliando
a rede de contatos e colaborando na revisão e reestruturação do plano de negócios da empresa,
além de participar do conselho. Para que o investimento aconteça, depende do acordo entre as
partes envolvidas, depois de negociações de valoração da empresa, constituição do grupo
diretor e outros aspectos que dependem de cada caso. Chega-se, então, ao acordo que decidirá
qual será a divisão acionária da empresa. O objetivo deste artigo é detectar os pontos de
atritos e de convergências nas negociações entre os empresários e os gestores dos fundos.
Introdução
O capital de risco (também conhecido como venture capital) se caracteriza, em geral,
pelo investimento em micros, pequenas e médias empresas (tanto quanto pelo número de
funcionários, quanto pelo faturamento), com a peculiaridade de, além do capital aplicado, o
investidor também participa da gestão das empresas. Isto acontece quando ele agrega seu
conhecimento e experiência (expertise), amplia a rede de contatos, e colabora na revisão e
reestruturação do plano de negócios da empresa.
Esta indústria ainda está em desenvolvimento no Brasil, pois é um segmento ainda
novo no nosso país. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, ele se apresenta em um
estado maduro, e com um alto volume de capital investido.
O objetivo deste estudo foi o de identificar os entraves que este mercado sofre no
Brasil, pela ótica das empresas e dos fundos de investimento; e também identificar possíveis
soluções para o seu desenvolvimento. Para isto, foram entrevistadas 10 empresas atuantes
neste segmento, bem como 4 gestores de fundos de investimento em capital de risco. O
universo das entrevistas foi focado em empresas de base tecnológica, que participaram de
alguma edição do Fórum Brasil Capital de Risco (antigo Venture Forum) realizado pela
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Finep
A FINEP, tem como missão promover e financiar a inovação e a pesquisa científica e
tecnológica em empresas, universidades, institutos tecnológicos, centros de pesquisa e outras
instituições públicas ou privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos
para o desenvolvimento econômico e social do país. E através do Projeto Inovar, “tem como
objetivo promover o desenvolvimento de pequenas e médias empresas de base tecnológica
brasileiras e gerar opções de financiamento para este segmento através de investimentos em
capital de risco” (Relatório de Atividades FINEP 2003). A FINEP conta ainda com o Portal
Capital de Risco Brasil (www.capitalderisco.gov.br), que segundo a FINEP descreve, “ é o
canal de acesso das empresas de tecnologia, que conta com um banco de dados para
cadastramento de planos de negócios. Além disso, é o primeiro portal brasileiro a tratar do
tema capital de risco, incluindo conceitos, artigos, estatísticas, links clipping com todas as
notícias sobre o tema e informações sobre as ações do Projeto Inovar da FINEP. O portal
II Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT’2005
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permite ainda o encontro virtual entre empresas e investidores e a participação em grupos de
discussão”. Segundo estatísticas da FINEP, o Portal Capital de Risco Brasil possui:
• média de 5.000 acessos/mês
• cerca de 1.700 empresas cadastradas
• mais de 100 investidores escritos
• comunidade virtual com 372 usuários cadastrados
• versões em Português, Inglês e Espanhol
• aprimoramento permanente.
No âmbito deste estudo, focaremos mais em uma das ações da FINEP: O Fórum Brasil
Capital de Risco. Conforme o “Relatório de Atividades FINEP 2003”; o Fórum Brasil Capital
de Risco (FBCR) é: “uma agenda permanente
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