Carta aberta para Esther Maria GROSSI

20 de março de 2016

Filipe Kunzler Rebés

Av. Paraguassu, 1969

Centro - Imbé - RS

Prezada Sra. Esther,

No momento em que tomamos conhecimento, de forma clara e inegável, de fatos que denunciam práticas governistas impróprias, conivência do executivo federal para apropriação de altíssimos valores desviados da maioria das grandes empresas públicas, para as quais esse mesmo governo indica os timoneiros, tanto para aplicação na campanha eleitoral da Dra. Dilma, quanto para criação de patrimônios particulares, como sítios de luxo e apartamentos triplex, me sinto emocionalmente obrigado a dizer que a Sra. está muito errada ao apoiar e, assim, concordar com toda essa roubalheira aos cofres públicos que armazenam, sob os cuidados e controle desse mesmo governo, valores extraídos na forma de altíssimos impostos extraídos de pessoas como eu, microempresários e trabalhadores.

Sou engenheiro civil e no final de 2014 criei uma construtora. Logo participei de licitações públicas e fomos vencedores de três licitações de obras públicas, cuja verba era proveniente de convênios firmados entre a União e municípios gaúchos, dois postos de saúde e uma quadra poliesportiva escolar coberta. Nos mobilizamos, contratamos trabalhadores, etc., iniciamos os trabalhos e, para nossa surpresa, três meses depois, com todas essas obras em torno de 20 a 25% executadas, dentro dos prazos previstos, com muito boa qualidade, a União dá um calote, sem motivo e sem aviso, descumprindo o convênio assinado com os municípios, ao não repassar as verbas conforme pactuado. Então, sem nenhuma previsão de continuidade, de forma totalmente ilegal, ficamos com as três obras paradas, por mais de seis meses, tendo ainda a obrigação de desmobilização de máquinas e equipamentos, materiais adquiridos e não utilizados, indenização de trabalhadores que tiveram que ser demitidos. Tudo isso enquanto nosso executivo federal gozava a vida com pedalinhos, adegas, viagens, crescimento ilícito de empresas de familiares, altíssimas quantias de dinheiro no exterior, etc, etc, que, graças à coragem de alguns, como o juiz Moro, não conseguiram esconder, foram desmascarados, embora sem vergonha nenhuma - e esse é um dos maiores defeitos desse poder que rouba a todo o custo - ainda continuam tentando nos enganar, negando tudo descaradamente, chegando a inventar nomeação de ministro para escapar da cadeia.

Chega dessa exploração, desse impostos mal aplicados e, pior, desviados, chega dessa roubalheira.

De forma alguma a Sra. pode justificar a continuidade desse poder totalmente corrupto, ladrão e sem vergonha, dizendo que outros o mesmo farão, então não adianta mudar. Ora, então vamos aceitar e engolir essa falcatrua toda? Só quem dela está se beneficiando faria isso, que, tenho certeza, não é a maioria da população brasileira. Os outros, que substituirão os criminosos que ainda aí estão, também sofrerão fiscalização e investigação, se indícios houverem. Isso é democracia, é liberdade, é não ficar submisso a um poder corrupto.

Não somos cegos ! Precisamos desses instrumentos legais sim, como a ação da PF e da justiça,

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