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Casamento - Planejamento Estratégico

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Por:   •  9/3/2015  •  4.473 Palavras (18 Páginas)  •  699 Visualizações

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SUMÁRIO

1. A HISTÓRIA DO CASAMENTO ................................................... 5

2. MISSÃO, VISÃO E VALORES ....................................................... 8

3. DEFINIÇÃO LEGAL DE CASAMENTO ..................................... 8

4. ANÁLISE SWOT ................................................................................ 10

5. ESTRATÉGIAS ................................................................................ 11

5.1. ESCOLHA DO REGIME DE CASAMENTO CIVIL ................... 11

5.2. ESCOLHA DA MORADIA ............................................................. 12

5.3. DEFINIÇÃO DA QUANTIDADE DE FILHOS ............................. 12

5.4. FUTURA APOSENTADORIA ....................................................... 12

6. CONTROLE ...................................................................................... 13

6.1. CASAMENTO COMO UMA EMPRESA ..................................... 13

6.2. OS OBJETIVOS DE UMA EMPRESA ........................................... 14

6.3. COMO AS EMPRESAS RESOLVEM PROBLEMAS ................. 15

6.4. SOBREVIVÊNCIA DE UM NEGÓCIO: DUAS REGRAS ........... 16

7. DIVÓRCIOS ........................................................................................ 16

8. CONCLUSÃO .................................................................................... 18

9. BIBLIOGRÁFIA ................................................................................ 19

1. A HISTÓRIA DO CASAMENTO

O casamento é uma das instituições mais antigas do mundo e sofreu mudanças e adaptações ao longo da história de acordo com aspectos emocionais e socioculturais envolvidos. O ser humano de alguma forma está conectado com seus semelhantes e para vivermos é necessário nos relacionarmos com outros seres humanos. O crescimento físico, emocional e espiritual, passa pelo contato com outros seres humanos.

Na idade Antiga o casamento era um acordo formal entre o noivo e o pai da noiva que implicava no pagamento de um dote por parte do pai e havia uma celebração religiosa domiciliar. Assim, esta forma de união conjugal não levava em conta a vontade da noiva e nem o seu consentimento.

Na Idade Média (séculos XI – XII) o casamento passa a ser um sacramento da Igreja constituindo um modelo conjugal cristão, no qual a indissolubilidade do casamento era exigida assim como a imagem da pureza da união. Não se dava importância ao amor no relacionamento e a validade do sacramento do matrimônio residia na fidelidade e em filhos em comum, portanto, o amor entre os cônjuges era considerado um resultado da união e não a base do relacionamento.

O casamento tinha por função ligar duas famílias e permitir que elas se perpetuassem mais do que satisfazer o amor de duas pessoas. Um novo ideal de casamento constitui-se aos poucos no Ocidente, em que se impõe aos cônjuges que se amem e que tenham expectativas a respeito do amor.

Segundo FOULCAULT (1985, P. 152), “o casamento não é mais pensado somente como uma forma matrimonial, fixando a complementaridade dos papeis na gestão da casa, mas também e, sobretudo enquanto vínculo conjugal e relacionamento pessoal entre o homem e a mulher”. Nessa obra, FOUCAULT explica que o relacionamento sexual era condenado sendo permitido exclusivamente para fins de procriação, assim não se constituiria em um pecado mortal. Acreditava-se que “o calor do excesso amoroso poderia gerar crianças com doenças e enfraquecer a descendência”.

FOUCAULT (1977) estudou a articulação do papel da aliança e do papel da sexualidade e suas implicações institucionais e formulou um conceito de “dispositivos” para explicar como a aliança e a sexualidade se articulam. Para ele, a produção da sexualidade está ligada a dispositivos de poder. Num primeiro momento, a sexualidade fez parte de uma técnica de poder centrada na aliança, onde ficou estabelecido todo um sistema de casamento, de fixação e desenvolvimento de parentescos, de transmissão de nomes e bens. Os pais tornam-se, na família, os principais agentes deste dispositivo, e o sistema de aliança passam então para a ordem da sexualidade. A função do dispositivo de sexualidade na forma de família permite compreender por que a família, além de manter a homeostase do corpo social, se tornou lugar dos afetos, dos sentimentos e amor.

Para LÉVI-STRAUSS (1982), aliança é uma das formas de intervenção do grupo sobre bens considerados escassos e essenciais para sua sobrevivência. Assim, é sempre um sistema de troca que encontramos na origem das regras do casamento, mesmo daqueles cuja aparente singularidade poderia justificar interpretações especiais. A família é pensada como agente da lei da cultura: organizando-se a partir da interdição, garante a produção da sociedade humana.

Segundo MCGOLDRICK (1995) existiam papéis e funções rigidamente exercidos; o homem era tido como provedor, e responsável pelo sustento daquela família, enquanto a mulher numa postura mais servil tinha como função nutrir a tornar conta da educação da prole, o que já lhe era passado na própria educação. As mulheres sempre foram centrais no funcionamento da família. Suas identidades eram determinadas primeiramente por suas funções familiares como mãe e esposa; passavam maior parte do tempo ligadas às atividades relacionadas à criação dos filhos.

O casamento por amor passa a ocorrer depois da revolução industrial com o capitalismo quando as mulheres entram no mercado de trabalho e deixam de ser propriedade privada da família e adquirem o papel de produtoras o que possibilitou um importante passo para sua libertação. É na cultura do século XIX que o casamento passa a ter uma condição de relacionamento amoroso com conotação sexual, a partir da profissionalização da mulher, dos métodos anticoncepcionais e com a liberação do divórcio, pois estes fatores afastaram o casamento da influência familiar, religiosa e do Estado. Em função de todos esses fatores os valores e padrões familiares foram colocados em questionamento. Para MINUCHIN (1990) a família

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