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Caso Apsen Farmaceutica

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Por:   •  10/5/2013  •  1.473 Palavras (6 Páginas)  •  856 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Num tempo em que o silêncio gritava, gemia, chorava, esperneava e a gente nem sabia que a internet estava chegando para aproximar as pessoas, para tornar o mundo mais bonito, para dissipar a solidão, para amenizar a saudade, para eternizar momentos felizes, para compartilhar as dores, para incrementar os amores, para estreitar afetos, para ampliar horizontes, para derrubar barreiras, para multiplicar saberes, e para fazer, de cada um de nós, um elo forte nessa corrente mundial de raízes, de asas, e de sangue, sem a qual não saberíamos mais viver.

A era antes e após a internet e o computador: impacto para pessoas e empresas

O mundo não dispunha da rede mundial de computadores, e o ser inteligente que atende pelo nome genérico de homem, era circunscrito a um composto social formado pelos familiares e amigos que habitavam o mesmo núcleo cultural.

Nas organizações não existiam e-mails para a comunicação entre as pessoas.

Os registros, pilhas de papel acumuladas. A marcação do ponto era “bater cartão”.

As pessoas escreviam cartas e esperavam receber a resposta, na melhor das hipóteses, dentro de uma semana. Se a comunicação fosse além continente poder-se-ia contar um tempo maior: algo em torno de 30 dias.

Tempo em que as pessoas não tinham o Google para buscar conhecimento. Elas compravam enciclopédias e uma delas era tão conhecida que o seu nome virou sinônimo de pesquisa. Havia também muitos livros avulsos nas estantes, adquiridos para atualizar o conhecimento cientifico e tecnológico que a ciência havia conquistado, depois da compra dessa tal enciclopédia. Nesse época, apenas os médicos conheciam os achado clínicos que caracterizavam as doenças, uma vez que a literatura científica só estava disponível em grossos compêndios de medicina. Por causa disso, o paciente era mais paciente e o médico era mais médico. Por causa disso, as pessoas não discutiam diagnósticos com seus médicos, e nem os médicos perdiam tempo esclarecendo os seus pacientes. A relação entre o médico e o paciente não se caracterizava pela horizontalidade, mas pela verticalidade. Eles mandavam e a gente obedecia. A subserviência dos pobres mortais tornava os homens de branco uma máfia muito poderosa.

As pessoas não tinham acesso à previsão do tempo. Viajava-se para longe sem saber se encontraria chuva ou sol nos céus daquele rincão. O cidadão brasileiro comum e normal- diga-se classe média- economizava o ano todo para ir à praia, alugava um apartamento pagando os olhos da cara, e chegava ao destino no dia marcado, pedindo a Deus para que não chovesse nesse dia marcado. Mas se chovesse, ele entenderia perfeitamente que os transtornos climáticos e as precipitações fluviais a Deus pertencem e que o bom desígnio de antevê-los era da alçada exclusiva dos geógrafos que tinham acesso às mudanças atmosféricas, cujo conhecimento não lhes era acessível saber.

Compravam-se mercadorias nas lojas fisicamente estabelecidas, pegando na mão o produto desejado, tocando, analisando, e pagando o preço estabelecido pelo comerciante. Se o produto fosse o resultado de uma tecnologia evolutiva, e dependendo da região em que ele fosse comercializado, corria-se o risco de comprar um artigo completamente ultrapassado, por um preço não defasado, e sem a menor chance de entender a sua evolução ou a sua involução.

Houve um tempo em que as pessoas só se conheciam quando se encontravam. O conhecimento intuitivo não era medido em bytes recebidos, mas em encontros contabilizados em suspiros e beijos reais. Era olho no olho, mão na mão. E só. Mas esse só significava muito! Características como cheiro e pele eram levados em conta, e o perfume revelava a personalidade da pessoa mais do que as suas palavras.

A era da informação, que está trazendo novas perspectivas sócio-econômicas e novas formas de relacionamento entre culturas diferentes.

A Internet começa a mudar também as relações no trabalho, tornando as relações formais então existentes em informais, descontraídas, praticamente sem hierarquia, pois o novo empregado passa a ser um detentor da informação que coloca a disposição do empregador. Os vínculos passam a ser muito mais de participação e colaboração do que de subordinação. Os antigos, tradicionais e acomodados empregados que tinham o emprego como definitivo e estavam estagnados e passivos, muitos apenas esperando a aposentadoria, têm agora que passar por um processo de reciclagem tecnológica, adaptando-se às novas exigências do emergente mercado virtual, sob pena de ficar à margem do desenvolvimento. Agora, cada um terá que investir em si mesmo, em sua capacidade de adaptação e na obtenção de informações para acompanhar os novos tempos.

Já as empresas forçadas pelo dinamismo do crescente mercado virtual necessitam exigir mais responsabilidade e produção de seus empregados ou de suas contratadas. Passaram a aplicar menos em patrimônio concreto e tradicional, apostando a maior parte de seu potencial econômico no aprimoramento da informação tecnológica, na formação de seus funcionários – agora em menor número, e na obtenção de mão de obra especializada de terceiros. Em contrapartida ao enxugamento do quadro de funcionários, surgem milhões de pequenas e médias empresas que gravitam em torno

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