Caso Richthofen
Ensaios: Caso Richthofen. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: vaneessabueno • 5/11/2014 • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 606 Visualizações
Suzane Louise Von Richthofen
03/11/1983
39 anos de prisão
• VIDA:
I. Nasceu em uma família de classe média-alta, morava na zona sul de São Paulo, no bairro nobre (Brooklin). Filha do engenheiro Manfred, 49, e da psiquiatra Marísia, 50, irmã de Andreas Albert, 15.
II. Estudava direito na PUC de São Paulo
III. Começou a fazer caratê quando era adolescente e na mesma época seu irmão, Andreas começou a fazer aulas de aeromodelismo, por meio do qual Suzane conheceu Daniel Cravinhos. Suzane acompanhava as aulas do irmão, ministradas por Daniel, aos finais de semana e começou a namorá-lo com o consentimento de sua mãe, Marísia. Segundo conhecidos, Andreas ainda teria ajudado a irmã a se aproximar do rapaz. "Suzane achou Daniel bonitinho e mandou um bilhete por Andreas", disse uma amiga de infância de Suzane em depoimento.
IV. Daniel Cravinhos vem de uma família simples da capital paulista. Existem hipóteses de que este era o motivo pelo qual os pais de Suzane não aceitavam o namoro; porém, a versão mais aceita era a de que isto se devia ao envolvimento de Daniel com drogas. Suzane sustentava que passou a consumir drogas por influência dele. Também experimentou ecstasy.
V. No final de 2001 os pais começaram a tentar convencer que Suzane desse um fim ao namoro, pois descobriram o envolvimento de Daniel com drogas e a filha "desmotivada" ao estudo. Suzane começou a passar as noites com Daniel, às escondidas. Dizia aos pais que ia ficar na casa de amigas, estudando. 'Ela nos avisava e a gente encobria a mentira', lembra uma das amigas. Numa noite de abril de 2002, a estratégia deu errado. Marísia ligou para a melhor amiga de Suzane e descobriu que a filha não iria=a dormir lá. Exigiu explicações na manhã seguinte, quando a garota voltou para casa. Suzane contou que passou a noite em um motel. Marísia e Manfred resolveram proibir definitivamente o namoro.
VI. Com a proibição, Suzane, que costumava passar tardes inteiras conversando com a mãe, afastou-se de vez dos pais. Brigava com a família a cada vez que chegava em casa com o namorado. 'Em julho, meus pais foram passar um mês fora. Aquele mês foi como um sonho', disse Suzane. Quando eles chegaram, Suzane sugeriu que lhe comprassem um apartamento ou flat para que ela pudesse morar com Daniel. Manfred recusou. Disse que a filha deveria se formar, trabalhar e - aí sim - morar com quem quisesse. A negativa incentivou o planejamento do assassinato.
VII. No início de setembro de 2002, o 12º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo foi chamado para apartar uma briga numa casa em Campo Belo, bairro de classe média na Zona Sul de São Paulo. Os policiais chegaram ao lugar às 2h da manhã. Encontraram o engenheiro Manfred von Richthofen no portão, vestindo bermudas, camisa e chinelos. Transtornado, Manfred batia boca com o namorado da filha, Daniel Cravinhos, de 21 anos. A garota, Suzane, de 19 anos, tentava acalmá-los. Aos poucos, os ânimos esfriaram. Mas pai e namorado saíram da discussão remoendo pequenas ameaças. 'Qualquer dia desses ainda quebro esse moleque', disse Manfred a um dos policiais. Um pouco menos calmo, Daniel contou que o engenheiro ameaçava bater na filha se eles continuassem o namoro. 'Tenho vontade de pegar esse velho', afirmou. Era a terceira intervenção da polícia em brigas entre os dois. Em maio e junho, telefonemas anônimos já haviam pedido ajuda para confusões semelhantes. O motivo era sempre o mesmo: Suzane chegava tarde em casa e tentava entrar com Daniel. O pai impedia. E começava o bate-boca.
• COMO OCORREU O CRIME:
I. Suzane foi a mentora de toda a ação segundo a promotoria. Suzane e os Cravinhos, dias antes do crime, fizeram um teste de barulho causado pelos disparos de uma arma de fogo e com isso descartaram a ideia de utilizar uma.
II. O irmão de Suzane, Andreas, na ocasião com 15 anos, foi tirado de casa. Foi levado pela garota e pelo namorado dela para um Cyber Café (Lan House), ele foi seduzido pela ideia de que no aniversário de namoro da irmã a comemoração do casal seria em um motel, e a dele seria na LAN House, e que Suzane iria convencer seus pais a deixar o irmão faltar a escola no próximo dia. Suzane e Daniel encontraram com Cristian perto do local. Os três seguiram para a mansão dos von Richthofen no Gol da estudante.24 Segundo a polícia, eles fumaram maconha. Dias antes da fatídica noite, Suzane havia meticulosamente desligado o alarme e as câmeras de vigilância da casa, de modo que nenhuma imagem do trio chegando fosse capturada.
III. Por volta da meia-noite, eles estacionaram o carro na garagem. Suzane subiu as escadas e acendeu a luz do corredor, para que os irmãos tivessem visão do quarto do casal. Marísia e Manfred dormiam. Os irmãos, armados com barras de ferro, entraram no quarto do casal. Daniel seguia em direção ao engenheiro Manfred e Cristian, em direção a Marísia. Eles foram golpeados na cabeça.24 Manfred faleceu na hora, Marísia acordou e tentou se defender com as mãos e por isso teve 3 dedos fraturados. Cristian disse à polícia que bateu em Marísia por cinco vezes, colocou uma toalha em sua boca para que a mãe de Suzane parasse de implorar para que os supostos "assassinos" não atacassem seus filhos, que, para ela, estavam dormindo. Por fim, ele amarrou um saco de lixo em sua cabeça. Depois, ela foi estrangulada, pois não parava de emitir um "som estranho". A dupla chegou a retirar as luvas e lavar as mãos. Uma jarra foi deixada no quarto.
IV. "Chegamos em casa, eu entrei e fui até o quarto dos meus pais. Eles estavam dormindo. Aí, eu desci, acendi a luz e falei que eles podiam ir. Fiquei sentada no sofá, com a mão no ouvido. Eu não queria
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