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China

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Por:   •  4/10/2013  •  Resenha  •  292 Palavras (2 Páginas)  •  155 Visualizações

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A China, dado o intenso e acelerado processo de transformação econômica e social,

constitui rico laboratório para o estudo de várias áreas das ciências sociais. O presente artigo

focou em uma dessas áreas, relacionada ao modelo econômico e a relação muito particular

desenvolvida entre o Estado e o mercado. O intenso desenvolvimento econômico, verificado

nos últimos 30 anos, deveu-se às potencialidades representadas pela liberalização das forças

de mercado. Mas dependeu também de certo grau de capacidade estatal, responsável pela

correção das falhas de mercado, pela condução bem-sucedida do processo de transição e pelas

medidas de estímulo à atividade econômica. Apesar dos bons resultados até o momento, esta

combinação tem importantes implicações e armadilhas.Devido a suas particularidades, a China vem conseguindo frear o ritmo da abertura

comercial e financeira e conservar certos padrões de intervenção. Há, no entanto, dúvidas

sobre a capacidade de preservar esse poder. Uma vez consumado um maior ritmo de abertura

e liberalização financeira, surgem fortes apreensões relativas às fraquezas do sistema

financeiro e ao atraso do sistema de direitos de propriedade. Devem-se lembrar os casos tanto

do Japão como da Coreia do Sul, em que as pressões por liberalização se mostraram letais

para o Developmental State e para o modelo econômico, provocando fortes custos

econômicos e sociais (autor, 2007; 2008).

Existe, portanto, uma contraposição de fatores. Por um lado, há a força do Estado chinês,

voltado para fortalecer a capacidade produtiva e tecnológica e para avançar os interesses

externos do país, iniciativas que se vem fortalecendo nos últimos anos. Por outro lado, há os

constrangimentos e exigências levantados pela maior complexidade da economia de mercado,

assim como as demandas por direitos e participação advindos da nova estrutura social. E há os

riscos relacionados a crises financeiras, à acumulação de capacidade ociosa e ao aumento do

desemprego e dos custos sociais, que podem ter impactos muito negativos para a preservação

da ordem social.

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