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Ciências Em Metodologia

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Por:   •  8/11/2014  •  9.349 Palavras (38 Páginas)  •  281 Visualizações

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1 CIÊNCIA

O ser humano, diante da necessidade de compreender e dominar o meio, ou o mundo, em beneficio próprio e da sociedade da qual faz parte, acumula conhecimentos racionais sobre seu próprio meio e sobre as ações capazes de transformá-lo. A essa sequência permanente de acréscimos de conhecimentos racionais e verificáveis da realidade denominamos ciência.

Ciência é popularmente definida como uma acumulação de conhecimentos sistemáticos. Para alguns autores, é um conjunto de conhecimentos racionais, certo ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referencia a objetos de uma mesma natureza.

A apresentação das definições de ciência destaca a forma pela qual a pesquisa científica dá valor à evidência dos fatos ou objetos, mostrando como cada área das ciências geralmente se inicia com os dados oriundos da observação e da verificação, seguindo parâmetros da metodologia científica.

Nota-se que conhecimentos tradicionais e verificáveis foram aceitos, cooperando com várias descobertas cientificas. A eficiência, a segurança e os benefícios da vacinação contra muitas doenças não podem ser negados. A proteção oferecida pela vacina de varíola serve de exemplo notável.

Em virtude da constante busca da verdade cientifica efetuada pelo homem, a evolução da ciência tornou-se presente, ampliando, aprofundando, detalhando e, algumas vezes, invadindo conhecimentos anteriores. Assim, podemos dizer que a ciência é exata por tempo determinado, até que ela passe por novas transformações, sendo, portanto, falível.

Ao analisarmos a evolução histórica da ciência, concluímos que ela se trata de uma busca, uma investigação contínua e incessante de soluções e explicações para os problemas propostos. Como busca sistemática, ela revisa as teorias fundamentais em evidencia no passado, reformuladas pela análise de sua coerência interna, submetendo-as a uma revisão crítica, estabelecendo relações e confrontando-as com outras teorias, formulando novas hipóteses e propondo condições com o máximo de segurança para sua testabilidade. O resultado crítico do confronto empírico dirá se há ou não um novo conhecimento, que terá uma aceitação provisória.

Na verdade, a ciência é construída pela observação sistemática dos fatos. Por meio da análise e da experimentação, extraem-se resultados que passam a ser validados universalmente. O fato analisado e testado não tem condições de ser definido isoladamente; ele ganha sentido quando aliado ao sistema a que pertence ou, antes, às causas que lhe dão origem e às suas consequências.

Segundo Japiassu, a ciência construiu-se negando os saberes pré-científicos ou ideológicos, mas permanece aberta como sistema, porque é falível e, por conseguinte, capaz de progredir. É um discurso aproximativo, provisório e incessantemente suscetível de retificação e questionamentos, porque seu próprio método se apresenta sempre como perfectível.

A ciência se apresenta ao cientista como uma forma uniforme de achar alguma razão na observação dos fatos. Sua estrutura permite a acumulação do conhecimento de forma organizada e fundamentada em sistemas lógicos, sempre sob a direção de um elenco de procedimentos da metodologia cientifica. A classificação das diversas ciências é importante porque é uma preocupação que, ao longo do tempo, tem se tornado uma problemática intelectual do ser humano.

1.1 DIVISÃO DAS CIÊNCIAS AO LONGO DOS TEMPOS

Fontes históricas mostram que na Antiguidade já existia a preocupação da divisão das ciências. Como os cientistas sentiam dificuldades de dominar as ciências, isso gerou uma necessidade de dividi-las (pelas proporções universais das ramificações cientificas, tornou-se impossível a compreensão das subdivisões que as circulam). Assim, obedecendo a um esquema classificatório, as diversas ciências foram agrupadas com seus objetos particulares e dentro de suas áreas específicas (de estudo determinado). Dessa forma, a compreensão particular de cada ciência foi facilitada, e da divisão inicial foi possível maior abrangência do conhecimento do conjunto cientifico em seus aspectos gerais e universais.

Ao longo do tempo, as ciências foram classificadas de diversas formas:

Classificação de Aristóteles: adotada como critério, finalidade ou fim de cada ciência. Aristóteles foi criticado por sua classificação porque não se preocupou em relacionar as ciências e formar com elas um só conjunto; além disso, ciências importantes da época, como a historia, são omitidas, enquanto outras, com objetos diferentes, são agrupadas em um mesmo quadro, como aconteceu com a física e a metafísica.

• Teóricas - têm por objeto o conhecimento puro (física, matemática e metafísica).

• Prática - têm por finalidade o comportamento humano.(ética, economia e política)

• Poética - (têm por objeto as obras produzidas pelo homem)

Classificação de Bacon: filosofo inglês que desenvolveu o método experimental na época renascentista, segue sua formação peculiar para a classificação das ciências. Naturalmente, classifica-as de acordo com as faculdades humanas exigidas para sua compreensão e para a época.

• Memorativa ou da memória (historia natural, civil e sagrada)

• Imaginação (poesia épica,dramática e alegórica)

• Razão ; Deus ; Filosofia ; Homem ; Natureza

Podemos observar que, embora exista maior unificação, a classificação de Bacon se ressente, também, de algumas falhas, sendo a principal delas o critério adotado. Para todas as ciências são empregadas todas as faculdades humanas. Por outro lado, a historia, abrigando em um mesmo quadro preocupações de ordem tão distintas, não poderia jamais ser compreendida em seu verdadeiro sentido.

Classificação de Ampère: físico e matemático do século XIX, fez a seguinte classificação: Cosmológicas ou da natureza, Noológicas ou do espírito.

Posteriormente, partindo dessa divisão, elaborou um grande quadro em que aparecem inúmeras ciências. O excesso de divisões, sem um sentido lógico, prejudicou irremediavelmente o seu trabalho.

Classificação de Augusto Comte. Positivista e um dos precursores da sociologia, a importância de Augusto Comte, para o desenvolvimento do espírito cientifico, é significativa.

Segundo

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