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Cloreto de polivinilo

Tese: Cloreto de polivinilo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/12/2014  •  Tese  •  887 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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O poli(cloreto de vinila) (PVC, [CH2-CHCl]n) é um dos polímeros mais usados atualmente, embora apresente, quando puro, elevada rigidez e sofra degradação quando exposto à luz solar ou mesmo a temperaturas perto da ambiente, com eliminação de cloreto de hidrogênio.1 A melhora na propriedade mecânica e na estabilidade do PVC é feita através da inserção de aditivos, tais como plastificantes e estabilizantes.

A adição de plastificantes diminui as forças intercadeias, aumentando a mobilidade das mesmas, tornando assim o polímero mais flexível e de fácil processamento.2 Os plastificantes podem ser classificados como internos ou externos. As moléculas de plastificante externo não estão ligadas à cadeia polimérica e podem ser liberadas por evaporação, extração ou difusão, enquanto que o plastificante interno é parte inerente da cadeia polimérica, oferecendo uma melhor estabilidade mecânica ao polímero.3 A adição de plastificantes ao PVC permite que este polímero seja vendido no comércio como filmes esticáveis utilizados como, por exemplo, em embalagens para alimentos em supermercados e na culinária doméstica. Os plastificantes externos do PVC mais usados na indústria são líquidos inodoros de coloração amarelada tênue, insolúveis em água e com alto ponto de ebulição. Dentre os plastificantes externos mais comuns estão o di(2-etil-hexil) ftalato e di(2-etil-hexil) adipato comumente abreviados e conhecidos pelas siglas em inglês DEHP e DEHA, cujas estruturas são apresentadas no Esquema 1.

Os ftalatos são utilizados há mais de cinqüenta anos como plastificantes do PVC em diversas finalidades. Entretanto, estudos toxicológicos recentes demonstraram que DEHP em ratos e camundongos causa embriotoxicidade, atrofia testicular e anomalias no sistema nervoso central.4 Em humanos a toxicidade destes plastificantes leva a problemas hepáticos.5,6 Nos Estados Unidos a US Consumer Product Safety Commission considerou o DEHP um produto carcinogênico ao ser humano. A via de exposição aos ftalatos do filme de PVC esticável deve-se principalmente à difusão dos plastificantes da matriz polimérica para os produtos alimentícios embalados, principalmente para alimentos que contenham uma alta porcentagem de gordura.

Diversos órgãos governamentais e não governamentais no Brasil têm voltado suas atenções ao emprego do PVC em brinquedos, materiais hospitalares e em embalagens de alimentos. A legislação brasileira estabelece a permissão do uso de DEHP em quantidade não superior a 3% da matéria plástica para embalar alimentos contendo níveis superiores a 5% de gordura.7 Tratando-se de um assunto de saúde pública, a restrição ao uso de plastificantes ftálicos em embalagens alimentícias tem sido abordada em diversos trabalhos, assim como a necessidade de sua determinação quantitativa e substituição por plastificantes menos nocivos à saúde humana.8

Atualmente algumas propostas de plastificantes alternativos aos ésteres ftálicos foram apresentadas. Alguns grupos sugerem a utilização de bioésteres do ácido cítrico como plastificantes, pois estes não possuem rejeição quando presentes em produtos alimentícios.9 Outros propõem como alternativa a utilização de líquidos iônicos.10 Tais plastificantes, porém apresentam preços elevados quando comparados aos ésteres de ftalatos normalmente utilizados. Atualmente, os adipatos são compostos economicamente viáveis e menos perigosos.11

Ao contrário do plastificante DEHP, não é observada qualquer disfunção renal ou toxicidade testicular resultante da administração de DEHA. Os resultados foram confirmados em ensaios em ratos 12 e em seres humanos, observando-se que a administração

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