Como Construir E Desenvolver Os Princípios De Convivência Democrática Na Escola?

Memorial MÓDULO V

Progestão / 2014

Como construir e desenvolver os princípios de convivência democrática na escola?

A valorização da heterogeneidade de nossa identidade nacional perpassa obrigatoriamente pela neutralização dos preconceitos e discriminações e reconhecimento da riqueza cultural que a pluralidade propicia. Este trabalho se dá a todo instante e é baseado na tolerância, no respeito aos direitos humanos e na noção de cidadania compartilhada por todos os brasileiros.

A escola é um espaço importante no processo de integração da comunidade porque veicula conhecimentos, os quais devem ser resultado da recriação e interação dinâmica do saber escolar associado ao saber que s alunos levam para a escola.

No convívio democrático dentro da escola é necessário valorizar a cultura que determinado grupo pertence e extrapolá-la dando oportunidade aos alunos de ter acesso gradativo ao saber em âmbitos regional, nacional e universal. Este convívio está entranhado em todas as ações da escola e envolve todos os profissionais e setores que atuam na escola. A conduta e os cuidados dispensados à criança e o adolescente e os direitos e deveres dos agentes escolares estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - e no Regimento Escolar consolidam princípios e regras da convivência democrática.

É missão da escola criar oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais, cognitivas, afetivas, étnicas e estéticas pelo processo de construção e reconstrução do conhecimento. Paralelamente, a escola precisa desenvolver o sentida da individualidade e da identidade do aluno, através da participação no processo social, na assimilação cultural e no desenvolvimento de valores e atitudes. Isso implica em dizer que, a escola precisa formar e capacitar os estudantes para a aquisição de novas competências em função de novos saberes que surgem e exigem um novo tipo de profissional. Cabe à instituição, imprimir uma dinâmica de ensino que favoreça o descobrimento de potencialidades não só do trabalho individual, como também, e sobretudo, do trabalho coletivo.

Nessa perspectiva, o gestor escolar deve liderar ações, contudo, o sucesso dessa liderança está atrelado ao nível de autoconhecimento da figura que lidera. Ou seja o gestor precisa compreender o seus próprios valores, aonde quer chegar e o caminho que deve percorrer. A sua convicção a respeito de suas metas é fundamental para que elas se concretizem. Além do mais, o trabalho da gestão escolar exige que conquiste a confiança de parceiros, colaboradores e subordinados para os possíveis momentos de dificuldade quando precisará de apoio, inclusive de possíveis opositores.

Todo ambiente escolar é cheio de contradições e possibilidades que exige o nosso discernimento. É o cenário perfeito para fazermos intervenções no sentido de mudar uma realidade recusando a ideia de que é impossível alterar as situações que nos forem apresentadas como a violência, o antagonismo e os conflitos de modo geral.

Não se pode extinguir a violência, mas controlá-la sim, e é exatamente nesse sentido que a escola atuar oportunizando o autodesenvolvimento para exercício ativo da cidadania e da democracia, traçando junto à