Como Fazer Placas De Circuito Impresso
Casos: Como Fazer Placas De Circuito Impresso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaopintaudi • 18/9/2014 • 1.971 Palavras (8 Páginas) • 377 Visualizações
Produzir placas de circuito impresso por processo fotográfico
é um sonho da maioria dos hobistas de eletrônica. O processo
fotográfico sempre foi cercado de mitos e as poucas empresas
ou pessoas que dominam alguma técnica exploram vendendo
kits a preços elevados.
Este trabalho é resultado do aprimoramento e da adaptação
de algumas técnicas já conhecidas, e da experiência em
laboratório fotográfico e computação gráfica, e permitirá em
poucos minutos, o preparo da placa e a confecção do fotolito
para produzir placas com trilhas de até 0.20 mm, o suficiente
para passar duas trilhas entre as ilhas dos terminais de um
CI, e com qualidade que irá surpreender qualquer amador.
Exemplo das trilhas feitas por este processo com uma escala
em mm:
Obs: Trilhas muito finas requer o domínio desta técnica,
comece com layouts mais básicos para não desanimar.
Diretrizes que guiaram o meu trabalho:
Não depender de produtos que apenas uma empresa
fabrica e/ou que são caros e difíceis de encontrar.
Poder gerar o fotolito pelo computador e com
impressoras jato de tinta de razoável qualidade e não
depender unicamente de fotocópias laser.
Não depender unicamente do Sol para expor as placas e
poder contar com uma fonte de luz alternativa eficiente
e de baixo custo.
Poder executar todo o processo sem ter que sair de casa.
Ser de baixo custo.
Contrariando a tendência de muitos no Brasil, divulgarei totalmente a técnica após o sucesso dos testes.
Materiais e equipamentos necessários:
Computador e impressora com boa qualidade (eu uso uma HP 930).
Um software de confecção de placas de Circuito Impresso (recomendado).
Transparência para jato de tinta.
Placas virgens de CI.
Emulsão foto-sensível para Silk-Screen e respectivo sensibilizante ( 1 litro custa de R$15,00 a R$23,00 com o sensibilizante e tem validade para 2 anos). Pode ser encontrada em qualquer loja de produtos de serigrafia. Cola branca a base de PVA, lavável (tipo Tenaz lavável)
também funciona bem e pode ser comprada em quantidade menor.
Pincel de pelo de lontra de 12 mm (pode ser encontrado facilmente em casas de tintas).
Rolo de espuma pequeno, 40 mm
Esponja Scotchbrite ou esponja de aço
Secador de cabelo
Duas placas de vidro um pouco maior que o tamanho da placa a ser feita
Fita crepe
Cola Super Bonder ou similar
Lâmpada halógena de 500 w ou 1000w com refletor. É possível usar o Sol caso não tenha a lâmpada.
O processo passo a passo:
Produzindo um bom fotolito:
Eu recomendo o uso de um software de elaboração de circuito impresso, pois produz a imagem da placa em modo vetorial, que independe de resolução e podem gerar traços muito finos com qualidade e sem os serrilhados causados pelos pixels dos arquivos de imagens convencionais ou “mapa de bits”, além de poupar o trabalho de capturar converter e tratar layout de outras fontes. Em muitos casos compensa transcrever o layout de uma revista ou internet para o software de circuito impresso, pois permitirá uma qualidade maior e facilidade para editar. Existem vários softwares de circuito impresso que têm versões grátis ou limitadas, mas que permitem gerar e imprimir a imagem do layout . Tente baixar com algum software P2P o PCBWizard versão 2.6 que é uma versão beta porém funcional ou a versão 2.7 . O 'Ares Lite' também é um bom programa e permite gerar o layout.
Impressão e montagem do fotolito:
Deve se ter o cuidado de imprimir o fotolito invertido (fundo preto e trilhas brancas) e espelhado (visto pelo lado dos componentes). Os softwares de CI já têm este recurso para impressão, mas se o layout vier de outra fonte preste atenção
na orientação correta e faça a inversão com o software de imagem que costuma usar.
Imagens do layout após a impressão em transparência:
Uma deficiência que percebi na impressão das transparências por jato de tinta é que o preto não ficava opaco o suficiente para uma foto-impressão adequada, e este era o principal ponto fraco do processo.
Apelando para um processo semelhante ao que é usado em algumas técnicas fotográficas, para aumento de contraste, consegui corrigir esta deficiência. A solução consistiu em sobreporem duas ou três imagens até conseguir a opacidade necessária.
Diferentes tipos de transparências e impressoras darão resultados diversos e é bom testar várias combinações e escolher a que proporcionar o preto mais carregado e opaco. Usar resolução fotográfica também não deu bom resultado na minha impressora, deixando a camada de tinta mais fina e transparente. O melhor resultado foi obtido com as transparências da HP que têm a camada de gelatina levemente fosca, o que deixou a tinta mais opaca de que as transparências lisas e usando resolução para papel comum e no modo “ótimo”.
Seque bem a impressão com o secador de cabelo tomando cuidado para não esquentar muito e empenar a transparência. Corte as imagens deixando 0,5 cm de margem, manipule as transparências pela borda para não mancha-las. Sobreponha duas imagens sobre um fundo claro e iluminado e ajuste até que as imagens estejam coincidentes,
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