Comportamento Operante
Trabalho Universitário: Comportamento Operante. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: comrhcp • 31/10/2014 • 387 Palavras (2 Páginas) • 759 Visualizações
O Comportamento Operante" - Cap. 4 de "SOBRE O BEHAVIORISMO"
No capítulo anterior Skinner fala dos comportamentos inatos, enfatizando como eles foram aprendidos pela espécie, diferente dos comportamentos operantes, aprendidos pelo organismo. Agora é hora de falar dos comportamentos operantes em si. Esse tema, para alguns, foi a maior inovação do trabalho de Skinner, fazendo com ele a ruptura com o Behaviorismo Metodológico de Comte-Pavolv-Watson.
Cap. 4 - "O Comportamento Operante"
Trata-se, a grosso modo, do comportamento aprendido mediante reforçamento. O reforçamento é um efeito gerado pelas conseqüências das ações. Assim, quando algo é agradável o comportamento de fazer esse algo é reforçado, pois suas conseqüências foram positivas.
O organismo que emite comportamentos operantes está agindo para alterar de alguma forma o ambiente e assim obter reforço. Essa é sua principal diferença do comportamento respondente ou "por reflexo": o operante funciona pela fórmula
R -> S
que pode ser lida como "A Resposta altera o Ambiente"
Enquanto o comportamento reflexo funciona pela fórmula
S -> R
que significa "O Ambiente desencadeia uma Resposta"
Mediante essa distinção, Skinner comenta como os desejos, necessidades, expectativas, motivações e a liberdade podem ser explicadas mediante o comportamento operante.
A saber:
Expectativa é o que sentimos antes de um reforço chegar. Se sempre apertamos o interruptor e a luz acendeu, e uma vez apertamos e ela não acende dizemos que tivemos uma "expectativa frustrada".
Motivação diz respeito a natureza do reforço buscado. Assim se uma pessoa trabalha pela realização enquanto outra trabalha pelo dinheiro ambos estão se comportando de forma operante, porém o reforço (ou "motivação" ) é diferente nos dois casos.
Já liberdade é um fruto do reforçamento positivo. Quando fazemos o que gostamos e obtemos recompensa tendemos a dizer "Sou livre, faço o que gosto". Por exemplo, se escolhemos o sorvete de chocolate ao invés do de morango dizemos "Sou livre para escolher o de chocolate". Na verdade houve todo um passado de condicionamentos que determinou a probabilidade dessa escolha. Mas uma vez que a escolha foi feita e resultado foi gratificante tendemos a dizer que fomos "inteiramente livres" para escolher.
O problema dessa visão ingênua de liberdade (que diz "Eu sou livre porque nada me controla") é que ela exclui o histórico do sujeito: via de regra o passado e o presente nos influencia o tempo inteiro. Ser livre não é estar livre de controles: é poder controlar as situações que nos controlam.
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