COMPORTAMENTO OPERANTE, REFORÇO, EXTINÇAO E MODELAGEM
Pesquisas Acadêmicas: COMPORTAMENTO OPERANTE, REFORÇO, EXTINÇAO E MODELAGEM. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 97875501 • 9/10/2014 • 1.067 Palavras (5 Páginas) • 4.292 Visualizações
COMPORTAMENTO OPERANTE, REFORÇO, EXTINÇAO E MODELAGEM.
Segundo Skinner, comportamento operante é uma ação voluntária do sujeito, que produzirá uma resposta qualquer. Ele opera sobre o ambiente, ou seja, há uma ação ou reação do sujeito sobre o ambiente, modificando-o de alguma maneira. O comportamento operante é adquirido e mantido devido às suas consequências. Logo, pode ser aprendido.
Pode-se dizer que o comportamento operante, ao invés de ser influenciado por estímulos (condicionados ou incondicionados) antecedentes, é controlado por suas consequências.
O comportamento operante ocorre sem qualquer estímulo antecedente externo observável. A resposta do organismo parece ser espontânea, sem ter relação com qualquer estímulo observável conhecido. Isso não significa que não haja um estímulo que influencie a resposta, mas sim, que não é possível ser detectado quando ocorrer a resposta. No entanto, na visão do observador, não existe estímulo porque ele não aplicou e não consegue vê-lo.
Na década de 1930, Skinner (baseando-se também em estudos de Thordinike), propôs que nem todas as ações eram reflexas, mas que havia uma categoria de comportamentos operantes, cuja principal característica era a de operar sobre o ambiente. A frequência dessas ações seria determinada pelas consequências que elas produziam no ambiente, e os estímulos antecedentes marcavam a ocasião em que essas ações, ou respostas, quando emitidas pelo sujeito, seriam reforçadas. Skinner chamou então, de estímulos reforçadores, ou apenas reforços, os eventos ambientais consequentes, que aumentavam as frequências das ações. Pavlov também usou o termo “reforço” para todos os eventos que fortaleciam um comportamento e “condicionamento” para todas as mudanças resultantes.
Reforço primário é natural e de ordem filogenética, independente da vontade do sujeito, como a dependência por alimento, água, abrigo e etc. São elementos que reforçam o comportamento naturalmente. Já o reforço secundário é condicionado e é de ordem ontogenética, em que algo é aliado ao reforço primário e o sujeito aprende a reconhecer esse elemento como reforçador, ou seja, um estímulo neutro, como um barulho aliado com a necessidade de água (reforço primário), após um determinado tempo esse estímulo neutro passa a ter um valor maior.
Reforço positivo é a apresentação de um estimulo agradável após um comportamento desejado aumentando a frequência do comportamento; por exemplo, se o pombo tocar a campainha recebe alimento suplementar.
Eventos ambientais, imediatos a um comportamento operante, afeta sua probabilidade de ocorrência futura, podendo aumenta-la. No entanto, isso é válido para a ocorrência em situações semelhantes.
Segundo Galvão e Barros (2001):
Chamamos de modelagem a técnica de ensino de respostas inexistentes no repertório de um organismo, a partir do reforçamento diferencial de respostas já existentes, com mudança gradual no critério de reforçamento e com exigência de que, para serem reforçadas, as respostas emitidas tenham que apresentar características cada vez mais próximas daquela definida como resposta final, ou seja, o objetivo da modelagem. Assim, quando você for executar no laboratório a modelagem da resposta de pressão à barra por um rato privado de água, com o uso de gotas d'água como reforço, será de grande valia o conhecimento de alguns dos princípios comportamentais envolvidos na produção de novas respostas operantes ou modificação de propriedades das respostas já existentes no repertório de um sujeito.
De acordo com SKINNER (2003, p.103) “assim, o comportamento é fracionado para facilitar a análise. Estas partes são as unidades que consideramos e cujas frequências desempenham um importante papel na busca das leis do comportamento”.
Para modelar um comportamento, utiliza-se o procedimento de aproximações sucessivas, ou seja, através do qual se passa a reforçar os comportamentos mais próximos ao comportamento final desejado, de modo gradativo. O reforço precisa ser disponibilizado contiguamente no momento em que o comportamento desejado for emitido, para que o resultado seja mais preciso.
A modelagem resume-se a sucessivas variações de respostas na direção de uma resposta a ser instalada, de maneira que, por força da variabilidade comportamental, uma classe de respostas cuja probabilidade anterior era praticamente zero passe a ocorrer com frequência e seja reforçada. O que caracteriza a modelagem é, portanto, o reforçamento diferencial de classes de respostas
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