Comunicação De Massa
Monografias: Comunicação De Massa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brubsgunsbrubs • 13/10/2013 • 1.450 Palavras (6 Páginas) • 541 Visualizações
Comunicação de Massa
25/04/2007
Apesar de a comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação num único sentido (mesmo que disponham de vários feedbacks, como índices de consumo, ou de audiência, cartas dos leitores). Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou não, e leva alguns teóricos da mídia a afirmar que aquilo que obtemos mediante os meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.
Podendo ter diversas interpretações e significados, se referindo às mensagens transmitidas para a massa pelos meios de informação, também através dos indivíduos que englobam essa comunicação social. Ou seja, um sistema produtivo que visa gerar e consumir idéias para diversos objetivos e públicos.
A divulgação em grande escala de mensagens, a rapidez com que elas são absorvidas, a amplitude que atingem todo tipo de público, cuja própria sociedade através da Indústria Cultural criou e se alimenta, gera um enorme interesse e abre espaço para o estudo de nosso comportamento.
Tipos de meios de Comunicação de Massa
Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são: Televisão, Rádio, Jornal, Revistas , Internet, E-mail.
Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos.
Indústria Cultural e Comunicação de Massa
Não podemos separar a Comunicação da Massa da Indústria Cultural, já que por sua vez elas são dependentes uma da outra, pelo fato de existirem diversos meios de comunicação que são capazes de atingir através de uma mensagem um grande número de indivíduos. Essa indústria é conseqüência de uma sociedade industrializada, muitas vezes alienada (veja alienação), que aceita idéias e mensagens sem um pré-julgamento, entrando diretamente na “veia” dos indivíduos não existindo nenhuma barreira, tornando assim uma sociedade de consumo e global, sem restrições.
Horkheimer, Adorno, Marcuse e outros pesquisadores frankfurtianos criaram o conceito de "Indústria Cultural" para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.
Manipulação através da Comunicação de Massa
Estamos acostumados a receber informações diariamente de tudo que se passa ao nosso redor e em todo mundo. Assistimos notícias, anúncios, filmes, detalhes de atores e celebridades, e assuntos gerais que ocupam o tempo e nos isolam da realidade. Toda essa comunicação nos impõe um padrão de vida e felicidade a ser alcançado, com objetivos e ideais muitas vezes impossíveis para todos, mas diante a televisão isso se torna possível. Assim os indivíduos abdicam de sua liberdade pelos meios de comunicação e deixam-se ser controlados. Os principais responsáveis são, o governo e classes sócio-econômicas dominantes, tanto financeiramente como culturalmente, utilizando essas mídias de modo a manipular a sociedade.
Muitas das correntes analíticas abordam o tema mídia e ideologia, em especial podemos citar duas – Estudos Culturais e Economia Política. Os Estudos Culturais, baseados principalmente em leituras de Gramsci, e a Economia Política, que enfatiza os determinantes políticos e econômicos na produção da mídia, apesar de terem significantes diferenças, percebem ambos a conexão entre os interesses econômicos e a ideologia expressa. Nos dois casos, aponta-se que a Mídia serve mais aos “interesses dominantes que aos socialmente universais” (CURRAN, 1990 p.139 apud GUEDES) .
Estudos Culturais: Raymundo Williams, grande expoente na abordagem dos Estudos Culturais, traz grande contribuição para nosso estudo acerca das relações entre ideologia, cultura e mídia. Como vimos, esta corrente se baseia principalmente na leitura de Gramsci, que introduz o conceito de hegemonia (em oposição à visão, considerada por ele mais simplista, de antagonismo total de Marx). Hegemonia pode ser entendida como uma constante disputa entre (as diferentes) classes capitalistas e delas com os trabalhadores. Neste campo de batalha, são selados pactos políticos, culturais e econômicos. Para Gramsci, ideologia é representada como o ‘cimento social’ que gera alianças entre classes sociais diferentes. De acordo com este autor, nós podemos julgar se uma ideologia é eficiente se esta é capaz de se ‘conectar’ ao senso comum das pessoas e mobilizá-las para mudanças (GRAMSCI apud GUEDES) .
A produção e difusão das tradições e cultura ainda é muito dependente de instituições como os meios de comunicação de massa e o sistema escolar. Essa transmissão cultural, por esses meios, ajudam a formar o citado consenso dominante na sociedade contemporânea. Por essa razão Williams vê como essencial analisar as instituições MCM para entender os proces-sos de formação ideológico-culturais de nossos tempos (WIILIANS, apud GUEDES).
No entanto, outras escolas admitem que, embora o fator político-econômico seja sim influente, ele não explica as diferentes nuanças na diversidade de culturas e pensamentos. Ele pode sim, se apropriar dessa diversidade e muitas vezes colocá-la a seu serviço. Citamos o exemplo das camisetas com estampa do líder revolucionário Che Guevara
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