Comunicação Empresarial
Artigos Científicos: Comunicação Empresarial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alinebella • 7/9/2014 • 1.000 Palavras (4 Páginas) • 344 Visualizações
26.) Leia o texto para responder à questão abaixo
"Arrumar o homem"
(Dom Lucas Moreira Neves Jornal do Brasil, Jan. 1997)
Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar. Não posso, porém, duvidar
da veracidade da pessoa de quem a escutei e, por isso, tenho-a como verdadeira. Salva-me, de qualquer
modo, o provérbio italiano: "Se não é verdadeira... é muito graciosa!”.
Estava, pois, aquele pai carioca, engenheiro de profissão, posto em sossego, admitido que, para um
engenheiro, é sossego andar mergulhado em cálculos de estrutura. Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não
cessava de atormentá-lo com perguntas de todo jaez,tentando conquistar um companheiro de lazer.
A ideia mais luminosa que ocorreu ao pai, depois de dez a quinze convites a ficar quieto e a deixá-lo
trabalhar, foi a de pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça trazido da última viagem à Europa. "Vá
brincando enquanto eu termino esta conta.” sentencia entre dentes, prelibando pelo menos uma hora, hora e
meia de trégua. O peralta não levará menos do que isso para armar o mapa do mundo com os cinco
continentes, arquipélagos, mares e oceanos, comemora o pai-engenheiro.
Quem foi que disse hora e meia? Dez minutos depois, dez minutos cravados, e o menino já o puxava
triunfante: "Pai, vem ver!" No chão, completinho, sem defeito, o mapa do mundo.
Como fez, como não fez? Em menos de uma hora era impossível. O próprio herói deu a chave da proeza:
"Pai, você não percebeu que, atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem? Era mais fácil. E quando eu
arrumei o homem, o mundo ficou arrumado!""Mas esse garoto é um sábio!", sobressaltei, ouvindo a palavra
final. Nunca ouvi verdade tão cristalina: "Basta arrumar o homem (tão desarrumado quase sempre) e o mundo
fica arrumado!"
Arrumar o homem é a tarefa das tarefas, se é que se quer arrumar o mundo.
Assinale o item cuja afirmativa está de acordo com o primeiro parágrafo do texto.
a) O autor do texto nos narra uma história de cuja autenticidade não está certo, apesar de ter sido contada por
pessoas dignas de confiança.
b) Embora o autor do texto não confie na veracidade da estória narrada, conta-a por seu valor moral.
c) Como o autor do texto confia na pessoa que lhe narrou a estória, ele a transfere para o leitor, mesmo
sabendo que não é autêntica.
d) A despeito de ser bastante graciosa a história narrada, o autor do texto tem certeza de sua inautenticidade.
e) A estória narrada possui autenticidade, veracidade e, além disso, certa graça.
27.) Leia o trecho seguinte, associando-o com o texto anterior, do jornal Folha de S. Paulo. A letra ilegível, que “popularmente” ficou conhecida como a letra de médico, é uma tradição antiga. Essa
característica marcante advinha da relação de poder, no caso, do médico, em relação ao paciente. Essa
tradição foi tão enraizada por esses profissionais que, mesmo aqueles que escrevem com letra legível,
adotaram esse “modelo” na escrita.
(www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual)
A leitura permite afirmar que o trecho
a) indica, assim como o jornal, a existência de uma força oculta, que impede os médicos de escreverem de
forma legível, apesar dos esforços das pessoas envolvidas.
b) apresenta a ilegibilidade com o mesmo significado do jornal, reconhecendo-a como um código da classe
médica para manutenção de seus valores, conforme previsto no código de ética da profissão.
c) acrescenta à ideia expressa no jornal o fato de que a letra ilegível corresponde a uma forma de identidade
profissional, apesar de pôr em risco o tratamento dos pacientes.
d) contesta as informações do jornal, pois, ao contrário deste, defende a ilegibilidade como necessária à
instauração e manutenção do poder do médico sobre seus pacientes.
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